segunda-feira, 8 de março de 2010

Luta


Trabalhadores de São Gonçalo fazem protesto no Dia da Mulher

Na manhã desta segunda-feira, 8 de março, o Dia Internacional da Mulher foi marcado por um protesto em São Gonçalo do Amarante/RN. Cerca de 70 pessoas, entre trabalhadores da saúde e educação, realizaram uma manifestação pública contra a exploração, o machismo e em defesa da mulher trabalhadora.
A atividade foi convocada pelos Núcleos do Sinte/RN e do Sindsaúde de São Gonçalo, além da Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas/RN), e contou com a participação dos servidores estaduais do Hospital Santa Catarina, em greve desde o início do mês. Com faixas, bandeiras, carro de som, apitos e panfletos, o protesto seguiu pelas principais ruas do Centro da cidade e denunciou também as medidas autoritárias do prefeito Jaime Calado (PR).

"Neste 8 de março, as mulheres trabalhadoras precisam lutar contra o machismo, os patrões e os governos. Nosso protesto é para denunciar a violência de todos os dias e a exploração que existe de forma maior sobre nós. Mas é também um protesto contra o prefeito Jaime Calado, que está retirando direitos da saúde e educação. A saúde não chega a toda a população e é um crime o prefeito exigir comprovante de residência em nome do paciente para que as pessoas possam ser atendidas.", afirmou Simone Dutra, enfermeira e coordenadora do Núcleo do Sindsaúde no município.

Além de denunciar a exploração sofrida pelas mulheres no capitalismo, o protesto também criticou as péssimas condições da educação em São Gonçalo e demais serviços oferecidos à população. "As escolas estão caindo aos pedaços, o transporte público é ruim e a prefeitura não para de cobrar altos impostos dos mais pobres. Nessa situação, as mulheres são as mais atacadas, porque sofrem a exploração da dupla jornada, no trabalho e em casa, além da opressão machista de um governo que não atende as nossas necessidades de creches, abrigos e salários dignos.", disse Cristiane Nunes, professora e coordenadora do Sinte/RN de São Gonçalo.

O ato público também reivindicou o cumprimento dos direitos históricos das mulheres, como o aumento da licença maternidade para seis meses, a construção de creches e abrigos e o pagamento de salários iguais para as mulheres que fazem o mesmo trabalho dos homens.

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