quarta-feira, 28 de março de 2012

São Gonçalo do Amarante

SINDSEM TENTA ENGANAR SERVIDORES MUNICIPAIS SOBRE REAJUSTE SALARIAL

Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de São Gonçalo (Sindsem), José Inácio, apóia prefeito e defende reajuste rebaixado para trabalhadores.

Recentemente, o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de São Gonçalo (Sindsem), José Inácio, deu declarações defendendo o reajuste salarial ínfimo de 8% imposto pelo prefeito Jaime Calado (PR) aos servidores do município. O dirigente sindical governista chegou ao absurdo de dizer que os trabalhadores do município teriam um ganho real de 2%, acima da inflação, com o aumento, como se 2% fosse um grande avanço na remuneração.

Não satisfeito em enganar a base dos trabalhadores do Sindsem, o presidente José Inácio ainda disse que o prefeito Jaime Calado, em três anos, já concedeu 21% de reajuste salarial para os servidores do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS). Uma mentira sem tamanho. Os reajustes nunca foram por dentro do Plano. A atualização do PCCS não é respeitada pelo prefeito, de modo que servidores com 15 anos de carreira, por exemplo, recebem o mesmo percentual de reajuste de um servidor recém-concursado.

Mas a traição do dirigente do Sindsem não para por aí. O sindicalista governista defende um reajuste minúsculo que nem mesmo ele e 80% de sua base de trabalhadores vão receber, já que o aumento de 8% é apenas para os servidores que recebem acima do salário mínimo. Nesse caso, garis (caso de José Inácio), vigias, merendeiras e auxiliares de serviços gerais, por exemplo, não tem reajuste desde o início do mandato do prefeito Jaime Calado.

É vergonhosa a postura deste dirigente sindical, defendendo uma Prefeitura que não faz outra coisa a não ser desvalorizar os servidores. O Sindsem, dirigido por José Inácio, é o exemplo de sindicato governista que não serve para lutar pelos trabalhadores. Os servidores públicos municipais precisam de uma nova direção sindical, democrática, combativa e independente dos governos.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Mobilização para a Greve da Educação

Mobilização

REAJUSTE SALARIAL DA PREFEITURA NÃO REPÕE PERDAS E DESCUMPRE PLANOS DE CARREIRAS

Os servidores públicos de São Gonçalo do Amarante estão diante de mais um ato de desrespeito do prefeito Jaime Calado (PR). A desvalorização do trabalho e dos salários dos trabalhadores do município virou uma regra nessa administração. A atual proposta de reajuste salarial apresentada pela Prefeitura, de 8% (4% em maio e 4% em julho), deixa de fora os que recebem um salário mínimo e não cobre nem mesmo a inflação de 2011, que foi de 6,5%. Isso porque quando chegarmos ao final de 2012 este reajuste já terá sido corroído pela inflação deste ano. Tudo não passa de uma farsa para não valorizar os servidores e descumprir os planos de carreiras. Essa é a situação dos profissionais de saúde, por exemplo.

Para os professores de nível médio, o prefeito ofereceu 22% de reajuste, conforme determina a lei do piso, e para os de nível superior a proposta foi de 11%. Entretanto, em São Gonçalo, existem cerca de 800 professores, dos quais apenas 30 possuem nível médio. E o pior: com a política de desvalorização da Prefeitura, a diferença salarial entre os professores de nível superior e os de nível médio será de R$ 1,87. Um completo desrespeito aos profissionais com graduação.

Abaixo, veja como vão ficar os salários dos professores com o reajuste da Prefeitura.


Por isso, o Sinte/RN e o Sindsaúde/RN de São Gonçalo convocam todos os servidores para comparecerem nesta terça-feira, dia 27, às 9 horas, na Câmara Municipal, quando os vereadores irão votar a proposta de reajuste da Prefeitura. "É preciso fazer pressão para que esta farsa de reajuste não seja aprovada. Vamos exigir o cumprimento dos Planos de Carreiras e um reajuste salarial de 63,70% para todos os servidores, repondo nossas perdas desde 2007.", afirmou Vivaldo Dantas, do Sindsaúde.

Internacional

CRISE NA GRÉCIA: AONDE NOS LEVA O CAPITALISMO

Os bancos levaram a Grécia à falência. Agora querem que os trabalhadores paguem pela crise de uma forma brutal. O salário médio já diminuiu entre 30% e 40% e 21% das pessoas estão desempregadas. As medidas econômicas dos governos são cada vez mais duras: a última cortou o salário mínimo em 20% e pretende demitir mais 150 mil funcionários. Tudo para pagar a dívida aos banqueiros, responsáveis pela crise.

Os trabalhadores gregos estão em luta, assim como seus irmãos espanhóis e portugueses. “A luta deles é a nossa luta também. Essa crise econômica mundial pode chegar ao Brasil e teremos de enfrentar problemas semelhantes se isso ocorrer. Dilma não vai poupar ataques contras os trabalhadores, como no caso dos cortes nos orçamentos da saúde e da educação.”, avalia Vivaldo Dantas, diretor do Sindsaúde de São Gonçalo do Amarante.

O governo federal já cortou R$ 55 bilhões do orçamento de 2012.

terça-feira, 20 de março de 2012

Deu na Imprensa

Medicamentos vão ficar até 5,85% mais caros

Os potiguares vão ter que desembolsar um pouco mais na hora de comprar remédios. O preço vai subir até 5,85% a partir de 31 de março. Ao todo, 22.622 medicamentos serão reajustados, para mais ou para menos. O reajuste, autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão formado por vários Ministérios e vinculado ao governo federal, e publicado ontem no Diário Oficial da União, vale para todo o país. O aumento, entretanto, não será o mesmo para todos os terapêuticos, divididos em três categorias.

O reajuste para a categoria com maior participação de genéricos (20% ou mais do faturamento), por exemplo, será de 5,85%. Para a categoria com participação entre 15 e 20% será de 2,8%. Já para categoria com menor participação dos genéricos o reajuste será de -0,25%. Ao invés de subir, o preço vai cair. Mais da metade dos medicamentos (55,2%), de acordo com tabela do Ministério da Saúde, subirão 5,85%. Eles estão enquadrados no nível 1, o que prevê maior reajuste.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Irresponsabilidade da Prefeitura

CRIANÇA RECEBE MEDICAÇÃO TROCADA EM POSTO DE SAÚDE DE SÃO GONÇALO

T.P.S é uma criança de 11 anos, mora na Comunidade de Canaã, em São Gonçalo do Amarante, e cursa o 7º ano do ensino fundamental. Há seis meses, um diagnóstico confirmou que o garoto sofre de epilepsia. Desde então, ele vem sendo acompanhado por uma pediatra do município e recebendo tratamento com o uso do remédio Gardenal. De posse da receita dada pela médica, os pais do menino, Francisca Canindé dos Santos e Manoel dos Santos, vão todos os meses ao Centro de Saúde de São Gonçalo buscar o medicamento. Entretanto, no último dia 5 deste mês, o remédio levado para casa foi outro. Ao invés de Gardenal, foi entregue uma caixa de Haloperidol, que é usado no tratamento da esquizofrenia. O garoto passou dois dias apresentando diversas reações, como dores de garganta, vômito, tremores e alucinações.

A troca acidental foi feita por uma técnica de enfermagem do posto, que abriu a farmácia e entregou o remédio, já que não há farmacêuticos nas unidades de saúde de São Gonçalo do Amarante. As caixas idênticas do medicamento e a falta de um profissional da área acabaram contribuindo para o erro, que poderia ter tido consequências muito piores. O Haloperidol é um dos remédios que mais registram o uso para cometer suicídio. Se os pais não tivessem suspendido o medicamento quando as reações apareceram, a criança poderia até ter morrido.

Para o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de São Gonçalo (Sindsaúde), a maior responsabilidade pelo o que aconteceu não é da funcionária que entregou o remédio errado, e sim da Prefeitura. “Se houvesse farmacêuticos nos postos de saúde do município, e não profissionais em desvio de função, o caso não teria ocorrido. Mas a Prefeitura insiste em desprezar o cuidado com os serviços de saúde e a vida da população. A presença do farmacêutico é obrigatória tanto nas farmácias privadas quanto nas públicas. E essa é uma responsabilidade da Prefeitura.”, disse Simone Dutra, diretora do sindicato.

Em São Gonçalo do Amarante, é comum outros profissionais, como técnicos de enfermagem, enfermeiros e auxiliares de serviços gerais entregarem medicamentos nas farmácias. Em sua maioria, fazem isso porque são obrigados pelos gerentes das unidades. Muitas vezes esses mesmos gerentes, que não possuem nenhuma formação na área, entregam os remédios. Atitudes assim mostram toda a irresponsabilidade da Prefeitura com saúde do município.

Curiosamente, quando uma equipe de jornalismo da INTERTV Cabugi foi ao Centro de Saúde de São Gonçalo para fazer uma reportagem sobre o caso, a Prefeitura providenciou às pressas um farmacêutico. Foi a prova que faltava para demonstrar o descaso da atual administração do município com a saúde pública. O cuidado da Prefeitura se resume apenas à vontade de não aparecer mal no filme. Em São Gonçalo, há uma lista de farmacêuticos, aprovados no concurso público do ano passado, que aguardam a convocação até hoje.

O Sindsaúde exige do prefeito Jaime Calado a imediata convocação de todos os concursados e que haja pelo menos um farmacêutico em cada unidade de saúde do município.


Clique aqui e reveja a reportagem da INTERTV Cabugi.

Mobilização

É HORA DE UNIR TODOS OS SERVIDORES DE SÃO GONÇALO EM DEFESA DOS PLANOS DE CARREIRAS

Os servidores públicos de São Gonçalo do Amarante estão diante de mais um ato de desrespeito do prefeito Jaime Calado (PR). A desvalorização do trabalho e dos salários dos trabalhadores do município virou uma regra nessa administração. A atual proposta de reajuste salarial apresentada pela Prefeitura, de 4% em maio e 4% em dezembro, não cobre nem mesmo a inflação de 2011, que foi de 6,5%. Isso porque quando chegarmos ao final de 2012 este reajuste já terá sido corroído pela inflação deste ano. Tudo não passa de uma farsa para não valorizar os servidores e descumprir os planos de carreiras. Essa é a situação dos profissionais de saúde, por exemplo.

Para os professores de nível médio, o
prefeito ofereceu 22% de reajuste, conforme determina a lei do piso, e para os de nível superior a proposta foi de 11%. Entretanto, em São Gonçalo, existem cerca de 800 professores, dos quais apenas 30 possuem nível médio. E o pior: com a política de desvalorização da Prefeitura, a diferença salarial entre os professores de nível superior e os de nível médio será de R$ 1,87. Um completo desrespeito aos profissionais com graduação.

Na tabela abaixo, veja como fica o salário dos professores com a aplicação do reajuste do piso de 22%.


Enquanto isso, o prefeito Jaime Calado está criando vários novos cargos comissionados para acomodar seus apadrinhados políticos que não passaram no recente concurso público. Tudo isso para manter sua base de apoio, em detrimento da valorização dos servidores efetivos. Diante dessa situação, o Sinte e o Sindsaúde convocam todos os trabalhadores para se unirem em defesa dos planos de carreiras e de um reajuste salarial que atenda as necessidades das categorias.

Por isso, nesta terça-feira, dia 20, às 9 horas, vamos todos à Câmara Municipal de São Gonçalo pressionar os vereadores para que nossos direitos, formação e trabalho sejam respeitados. É HORA DE UNIR TODOS OS SERVIDORES EM DEFESA DOS PLANOS DE CARREIRAS.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Paralisação da Educação

Professores da rede pública fazem greve de três dias pelo cumprimento da Lei do Piso

Paralisação nacional exige aplicação da lei, enquanto governadores do PT como Jaques Wagner e Tarso Genro se recusam a pagar o piso equivalente a pouco mais de dois salários mínimos

Após a série de greves e paralisações por todo o país que agitaram 2011, os professores da rede pública já iniciam o ano com novas mobilizações. A reivindicação é, mais uma vez, o cumprimento da lei.

Os trabalhadores da educação exigem a implementação da Lei Nacional do Piso que, apesar de ter sido aprovada em 2008, é sistematicamente descumprida por prefeitos e governadores. O valor do piso, atualizado com atraso no dia 27 de fevereiro pelo Ministério da Educação, é de R$ 1.451 para 40 horas semanais, o equivalente a pouco mais que dois salários mínimos. A exigência das 1/3 de ‘hora atividade’, ou seja, para atividades extraclasse, tampouco é cumprida.

Segundo a CTNE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), a paralisação atingiu 23 estados e o DF. “Essa greve nacional é muito importante, pois mostra à sociedade que o problema da educação não está localizado, ou seja, não se limita a determinado estado ou município, mas é fruto de uma política econômica”, afirma a professora de Natal, Amanda Gurgel, que se tornou nacionalmente conhecida através de um vídeo na Internet, em plena onda de greves no ano passado. “Essa greve agora unifica todos os segmentos de professores: pais, alunos das redes estaduais e dos municípos”, completa.

Governadores fora-da-lei
Levantamento da confederação aponta que pelo menos 17 estados não pagam o piso do magistério. O menor valor é o do Rio Grande do Sul, onde o piso é de apenas R$ 791. O governador e ex-ministro da Educação, Tarso Genro (PT), protagonizou recentemente um bate-boca com o atual ministro do MEC, Aloizio Mercadante. Genro criticou o reajuste de 22% do piso concedido de acordo com a lei (que leva em conta o repasse do Fundeb) e classificou de ‘totalmente furada’ a posição do ministro. “Então me dá o dinheiro”, chegou a dizer ao colega.

Polêmica que, na verdade, é uma espécie de ‘divisão de tarefas’, na avaliação de Neida Oliveira, da Executiva Nacional da CSP-Conlutas e dirigente do Cpers, o sindicato que representa os professores da rede estadual no Rio Grande do Sul.“Ao mesmo tempo em que aprovaram a Lei do Piso, tentaram atacar os Planos de Carreira nos estados”, informa. Foi o que ocorreu no estado gaúcho, onde o governador vem tentando alterar o Plano de Carreira dos professores, mas esbarra na mobilização dos professores. ”Como não conseguiu até agora, isso cria um problema para ele”, diz Neida.

A indignação da categoria com Tarso Genro se expressa na adesão à greve. No estado, a paralisação pelo piso atingiu 85% dos trabalhadores em mais de 3 mil escolas, tendo a adesão de 120 mil trabalhadores na base. No último dia 12, a direção do sindicato ocupou o Palácio Piratini contra o projeto de Plano de Carreira de Tarso, que continua não cumprindo o piso. “O governo Tarso passa por um descrédito muito grande, pois havia se comprometido antes de eleito a cumprir o piso, chegou a assinar que iria aplicá-lo”, denuncia Neida. A direção da CNTE (cuja direção é do mesmo partido que o governo), por sua vez, foi ao estado, mas para tentar convencer os professores a aceitar a mudança no Plano de Carreira, para que o governo cumprisse o piso.

Unificar e avançar na luta pelo piso
Para João Zafalão, dirigente da Apeoesp pela Oposição Alternativa, da qual a CSP-Conlutas faz parte, o chamado à greve pela CNTE foi importante, embora tardio. “No ano passado, enquanto existiam 20 greves por salário e pela aplicação do piso, faltou uma unificação nacional dessas lutas”, afirma. Com a fragmentação do movimento, grande parte dessas greves foi derrotada.

Para o dirigente, o fundamentel agora é unificar o magistério e avançar na mobilização por salário e condições de trabalho. “É importante agora que a CNTE convoque uma plenária nacional para que a categoria decida os próximos passos da mobilização”, reivindica Zafalão. “E que o Governo Federal obrigue os estados a cumprirem a lei. Não pode ser que ele apoie com palavras e governadores como Jaques Wagner e Tarso Genro digam publicamente que não vão aplicar o piso”.

Vídeo

CSP-Conlutas prepara seu 1° Congresso Nacional

quinta-feira, 15 de março de 2012

Atenção, Educadores!

Em São Gonçalo...

Adolescente passa mal após ingerir medicação trocada

Segundo família, troca de remédios foi feita dentro da Secretaria de Saúde de São Gonçalo.

Um adolescente de 11 anos passou mal, no município de São Gonçalo do Amarante. Depois de tomar uma medicação trocada. A família diz que a troca foi feita dentro do posto de entrega de remédios da Secretaria de Saúde da Cidade. (Clique aqui e veja a reportagem)

Fonte: INTERTV Cabugi - 15/03/2012

quarta-feira, 14 de março de 2012

Organizando os trabalhadores

CSP-CONLUTAS VAI REALIZAR 1º CONGRESSO NACIONAL EM ABRIL

De 27 a 30 de abril, em Sumaré/SP, ocorrerá o 1º Congresso Nacional da CSP- Conlutas (Central Sindical e Popular). A CSP-Conlutas é uma entidade que está sendo construída para apoiar a luta dos trabalhadores, já que a CUT apoia o governo.

O 1º Congresso da CSP-Conlutas acontece no momento em que os trabalhadores da Europa estão sofrendo demissões, rebaixamentos de salários e vendo a destruição dos seus serviços públicos.

Os ataques aos trabalhadores europeus servem para que os governos paguem a dívida dos Estados que desembolsaram muito dinheiro para salvar empresas e bancos na primeira fase da crise econômica. Agora, quem paga a conta são os trabalhadores e a população em geral. No Oriente Médio, a luta é contra as ditaduras e a pobreza, caso hoje da Síria.

No Brasil, o crescimento do PIB foi de 2,7% em 2011, abaixo dos anos anteriores, mostrando que o país não está imune à crise econômica mundial. Isso levará o governo a tomar medidas duras contra os trabalhadores.

O governo Dilma segue aplicando os planos dos governos anteriores: corte de R$ 55 bilhões no orçamento; privatização dos aeroportos; privatização da saúde pública; pagamentos da dívida pública, entre outros.

O 1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas terá três objetivos. 1º) organizar os trabalhadores para as lutas futuras e fortalecer uma nova direção para nossa classe no Brasil; 2º) buscar a unidade entre aqueles que romperam com a CUT e 3º) fortalecer o trabalho de base.

A escolha de delegados será de 1º de março a 15 de abril, em assembleias das categorias. Em São Gonçalo, teremos direito a eleger 1 delegado (a), que será eleito no dia 10 de abril, às 10 horas, no Clube dos Correios.

terça-feira, 13 de março de 2012

Cruzando os braços

SERVIDORES MUNICIPAIS DA EDUCAÇÃO APROVAM GREVE EM SÃO GONÇALO DO AMARANTE

Reunidos em assembleia nesta terça-feira 13, mais de 100 servidores da rede municipal de educação de São Gonçalo do Amarante, entre professores e funcionários, decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir do dia 20 de março. A decisão foi tomada depois que o sindicato da educação no município (Sinte/RN de São Gonçalo) e a categoria avaliaram como insatisfatórias as respostas da Prefeitura às reivindicações dos trabalhadores. A assembleia também aprovou a realização de um ato público nesta quinta-feira, dia 15, às 9 horas, na Praça Dinarte Mariz, no centro de São Gonçalo.

Os professores reivindicam o cumprimento do reajuste de 22,22% do piso nacional, proporcional para 30 horas semanais, e o retorno do pagamento da Regência de Classe, que reduziu a remuneração dos educadores em 30%. A categoria ainda pede Adicional de Insalubridade para merendeiras e auxiliares de serviços gerais, reajuste de salário para todos os profissionais, escolas com estrutura adequada, gestão democrática nas unidades de ensino e cumprimento do Plano de Cargos da educação. Garantia de fardamento e merenda escolar para todos os alunos, vale-transporte para funcionários e descongelamento de promoções horizontais, quinquênios e licenças-prêmios também estão na pauta.

Segundo a Prefeitura, seria preciso fazer um levantamento da situação financeira do município para avaliar a possibilidade de atender ou não as reivindicações dos servidores da educação, inclusive o pagamento do piso nacional dos professores. Para o sindicato, esta tem sido a resposta da Prefeitura desde o início da atual gestão. "Para se ter uma ideia, hoje a Prefeitura não está pagando nem mesmo o piso dos professores determinado em 2011, no valor de R$ 950 para 30 horas semanais. As reivindicações são as mesmas desde 2009.", afirma a diretora do Sinte/RN de São Gonçalo, Socorro Alves.

Na próxima segunda-feira 19, um dia antes do início da greve, professores e funcionários visitarão as escolas, junto com o sindicato da categoria, para informar e conversar com pais e alunos sobre os motivos da paralisação.

Atenção, Educadores!

segunda-feira, 12 de março de 2012

sexta-feira, 9 de março de 2012

Nota à população de São Gonçalo

SE O PREFEITO NÃO PAGA, A EDUCAÇÃO PARA!

Com a mesma política dos governos anteriores, o prefeito Jaime Calado (PR) está fazendo da educação pública de São Gonçalo do Amarante uma NEGAÇÃO. Aqui, na terra dos Mártires de Uruaçu, vivemos um verdadeiro martírio, pois os direitos mais básicos são negados aos trabalhadores da educação e à população que precisa dela. Não há respeito ao Piso Salarial Nacional dos professores, não há Adicional de Insalubridade para merendeiras e auxiliares de serviços gerais, não há reajuste de salário para os educadores, não há escolas com estrutura adequada, não há gestão democrática nas unidades de ensino e não há cumprimento do Plano de Cargos da categoria. Resumindo: não há educação de qualidade em São Gonçalo.

Em pouco mais de três anos de governo, as dezenas de audiências entre a Prefeitura e o Sindicato dos Trabalhadores da Educação de São Gonçalo (Sinte) deixaram claro o desrespeito do prefeito com os educadores, pais e alunos. As reivindicações de professores e funcionários seguem as mesmas desde o início da administração e os ataques aos nossos direitos não param de acontecer. Para se ter uma ideia, o prefeito Jaime Calado não está pagando nem mesmo o piso dos professores determinado em 2011, no valor de R$ 1.187 para 40 horas semanais. Agora, com o novo reajuste do piso em 22,22%, que fixou o salário em R$ 1.451, o prefeito disse que fará um levantamento das contas do município para ver a possibilidade de pagar ou não um direito nosso, garantido por uma lei federal.

Como se não bastasse, no início da gestão de Jaime Calado, a Prefeitura ainda reduziu em 30% a remuneração dos professores quando cortou a Regência de Classe da categoria. Além disso, mesmo depois de realizado concurso público, os contratos de professores com dupla jornada continuam sendo feitos. Para completar a situação de desrespeito, o prefeito não cumpriu a promessa de reajustar em 7% os salários de todos os servidores do município que recebem acima do mínimo nacional.

Em função do não cumprimento desses e de muitos outros direitos dos servidores, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação de São Gonçalo informa à população que aprovamos nosso indicativo de greve para o dia 13 de março. Caso a Prefeitura não negocie e garanta o pagamento de nossos direitos, a paralisação será inevitável. SE O PREFEITO NÃO PAGA, A EDUCAÇÃO PARA!

quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia Internacional da Mulher

8 DE MARÇO É DIA DE LUTAR PELOS DIREITOS DA MULHER

Chega o 8 de março e as lojas se pintam de lilás, oferecem flores, fazem promoção de eletrodomésticos, sorteiam sessões no cabeleireiro e a data parece nem se referir a um dia de luta das mulheres. A verdade é que esse dia nada tem a ver com comércio e presentes, e só existe porque foi uma conquista das mulheres lutando ao lado dos trabalhadores para modificar esse sistema.

Nesse processo, elas tiveram muitos avanços, como o direito ao divórcio, ao voto, ao casamento civil, entre outros. Mas ainda há muito que se conquistar. Os dados brasileiros chocam. Apesar de elas estarem cada vez mais no mercado de trabalho, ainda recebem 30% a menos do que um homem para fazer os mesmos serviços, e são as que tem menos direitos sociais e os menores salários. A cada dia, 12 mulheres morrem vítimas do machismo, de um sistema de saúde que não lhes garante o direito ao aborto, e sofrem com a falta de creche e a falta de moradia.

Não basta ser mulher
Essas dificuldades continuaram no país, mesmo com a eleição da primeira mulher à presidência. Isso porque mudou a figura do governante, mas não a forma de governo, que continua privilegiando os ricos e explorando os trabalhadores. Uma mulher no poder, para defender uma trabalhadora, precisa romper as alianças com a burguesia, não retirar dinheiro de áreas sociais, não privatizar os serviços públicos, aumentar os salários, investir em saúde, construir creches e ter um governo para os que mais necessitam.

Hoje, Dilma faz exatamente o contrário e com isso não defende as trabalhadoras, porque não governa para todas as mulheres, mas para atender os interesses da burguesia e dos setores conservadores. Assim, apesar de ser mulher, não defende as trabalhadoras. Os problemas por elas enfrentados denunciam isso.

A mortalidade materna é uma das principais causas de morte de mulheres no país e vitima principalmente as mais jovens. Um dos graves problemas é o aborto clandestino, que mata ou deixa com seqüelas cerca de 200 mil por ano.

Alegando encontrar uma medida para resolver o problema, a presidente Dilma Roussef apresentou a Medida Provisória 557 como um incentivo ao pré-natal e um controle das grávidas. Essa medida prevê uma ajuda de custo para o deslocamento durante o pré-natal e R$50,00 para o deslocamento no dia do parto. Não é uma medida nova, programas como esse já foram implantados pelo PSDB em São Paulo, “Mãe Paulistana” e em Curitiba, “Mãe Curitibana”. Em contrapartida, todas as mulheres que chegarem à unidade de saúde com suspeita de gravidez serão incluídas em um cadastro.

Essa MP é uma porta de entrada para criminalizar as mulheres e, ao contrário do que diz, não resolve o problema da falta de amparo à maternidade, porque não prevê investimento para construção de hospitais ou melhoria de atendimento à população para garantir a maternidade. Além disso, está contra todos os avanços do SUS no atendimento integral às mulheres, uma conquista da década de 1980.

O problema da mortalidade materna só pode ser resolvido com a construção de hospitais nas periferias, para que as mães não precisem de transporte para o dia do parto, com mais investimentos na saúde. E também com educação sexual e anticoncepcionais gratuitos e sem burocracia nos postos de saúde e a legalização do aborto, porque muitas mortes poderiam ser evitadas caso a interrupção da gravidez fosse feita em hospitais públicos, com segurança.

Pelo direito ao trabalho e à educação dos filhos
O Anuário de mulheres do DIEESE, publicado em 2011, mostrou que a falta de creches é o principal problema para as mulheres conseguirem um emprego ou permanecerem empregadas. E também um grave problema de exclusão das crianças do sistema educacional, pois menos de 20% das crianças de 0 a 3 anos estão matriculadas em creches em nosso país. Somente as crianças cujos pais podem pagar uma creche é que tem o direito assistido, já que o Estado não prevê garantias para elas. Hoje, há mais de 70 mil crianças sem poder freqüentar uma creche por falta de políticas e investimento em educação.

O Fim da Violência
A violência contra a mulher é muito grave em nosso país. A cada dia mais, assistimos cenas bárbaras de estupros nos meios de transporte, mortes por ciúmes, por não querer se relacionar. A cada 2 horas, uma mulher é morta. A Lei Maria da Penha não tem sido suficiente para resolver esse problema. Apesar de ser um passo diferente do Código Penal para abordar o problema, não saiu do papel até hoje porque não se investiu na aplicação da Lei. Isso porque a Lei não prevê a obrigatoriedade de investimentos para construção de casas-abrigo, delegacias, centros de referência, entre outros.

O Supremo Tribunal Federal ampliou recentemente o poder da lei, permitindo que todos possam denunciar um caso de violência contra a mulher. O problema é que sem investimento acabará em letra morta e as mulheres continuarão morrendo. Mas mesmo que a Lei Maria da Penha fosse aplicada não acabaria com todos os problemas, porque parte do combate à violência depende de investimentos em áreas essenciais, como moradia, saúde e educação.

Para acabar com o machismo e a exploração, o socialismo é o caminho!
O capitalismo tenta demonstrar que as mulheres conquistaram seu espaço e que o machismo não existe mais. Isso é uma grande mentira. As mulheres continuam sofrendo a cada dia com a exploração e com a opressão que sustentam esse sistema. A crise internacional e os seus efeitos contra os trabalhadores e trabalhadoras vem demonstrando cada vez mais isso. Para mudar a situação, é necessário construir uma sociedade sem que ninguém necessite explorar ou oprimir ninguém, uma sociedade socialista. Somente nela, as mulheres poderão ter seus direitos assegurados e se libertar da opressão!

Neste 8 de março, vamos sair às ruas para denunciar e exigir do governo Dilma Roussef:

- Imediata desapropriação do Pinheirinho e a devolução das terras aos moradores.
- Punição severa a todos os envolvidos nos casos de estupro do Pinheirinho!
- Pela revogação da MP 557!
- Anticoncepcionais para não abortar. Aborto legal, seguro e gratuito para não morrer!
- Investimento de pelo menos 6% do PIB na saúde.
- Licença-maternidade de 6 meses, sem isenção fiscal, rumo a um ano.
- Construção imediata de 70 mil creches públicas, gratuitas e de qualidade!
- Investimento de 10% do PIB para educação.
- Investimentos para coibir a violência contra a mulher. Aplicação e ampliação da Lei Maria da Penha!
- Salário Igual para Trabalho Igual!

quarta-feira, 7 de março de 2012

Em São Gonçalo do Amarante...

NÚCLEO DO SINDSAÚDE PROTOCOLA PEDIDO DE AUDIÊNCIA

O Núcleo do Sindsaúde protocolou, nesta quarta-feira (07), um pedido de audiência junto à Prefeitura
de São Gonçalo do Amarante com o objetivo de discutir a pauta de reivindicações dos trabalhadores da saúde do município, aprovada em assembleia no dia 16 de fevereiro. Abaixo, segue o ofício entregue a Prefeitura.

Ofício Nº 14/2012 São Gonçalo do Amarante, 07 de março de 2012

Sr. Prefeito,

Solicitamos a V.Sa. audiência para tratarmos da pauta aprovada em assembleia, no dia 16/02/12, abaixo descrita:

1. Implementação do Plano de Cargos e Salários através:
a. Reajuste das tabelas salariais em 63,68%, incorporando os reajustes salariais concedidos de 2008 a 2012;
b. Inclusão dos agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias na Tabela II do Plano de Cargos e Salários;
c. Garantia da progressão (mudança de nível);
d. Implantação das promoções (padrão para os servidores que tem direito)
2. Reconhecimento da carga horária de 30 horas com alteração no Estatuto do Servidor;
3. Gratificação do PSF para técnicos de enfermagem, técnicos de saúde bucal, auxiliares de consultório dentário e agentes comunitários de saúde;
4. Gratificação do NASF e CEO;
5. Reajuste da produtividade em 30%;
6. 88 vales transportes para os servidores que usam quatro transportes coletivos diários, no 1º dia útil de cada mês;
7. Instituir o auxílio-transporte de modo opcional;
8. Implantação do vale refeição para os profissionais do PSF;
9. Garantia de condições de trabalho para os serviços de psicologia, fonoaudiologia, CAPS, fisioterapia, entre outros;
10. Construção de unidades de saúde do PSF em substituição às atuais unidades adaptadas, incluindo a estruturação de copa;
11. Garantia de abastecimento das unidades de saúde com água potável, gás, copos descartáveis e papel toalha;
12. Concurso público para agentes comunitários de saúde, agentes de combate às endemias e demais cargos não preenchidos no último concurso público;
13. Apuração e afastamento de gestores acusados de práticas de assédio moral.

____________________________________
DIREÇÃO DO SINDSAÚDE/RN- Núcleo São Gonçalo do Amarante

MD Prefeito de São G. do Amarante
Sr. Jaime Calado
Nesta

Vai parar!

TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO DE SÃO GONÇALO PREPARAM INDICATIVO DE GREVE

Reunidos em assembleia na tarde desta terça-feira, dia 6, os trabalhadores da educação pública de São Gonçalo do Amarante decidiram que estão dispostos a paralisar suas atividades no próximo dia 13 de março. Convocada pelo Núcleo do Sinte/RN de São Gonçalo, a assembleia reuniu professores e funcionários no Clube dos Correios e deliberou pela realização de um ato público nesta quinta-feira (08), na Câmara Municipal, às 9 horas. Na ocasião, a categoria vai confirmar o indicativo de greve para o dia 13 desse mês.

As reivindicações de professores e funcionários seguem as mesmas desde o início da administração do prefeito Jaime Calado (PR) e os ataques aos direitos da categoria não param de acontecer. Para se ter uma ideia, a Prefeitura não está pagando nem mesmo o piso dos professores determinado em 2011, no valor de R$ 1.187 para 40 horas semanais. Agora, com o novo reajuste do piso em 22,22%, que fixou o salário em R$ 1.451, o prefeito disse que fará um levantamento das contas do município para ver a possibilidade de pagar ou não um direito garantido por uma lei federal.

Além do cumprimento da Lei do Piso, os professores lutam pelo retorno da Regência de Classe, que reduziu em 30% suas remunerações, pelo Adicional de Insalubridade para merendeiras e auxiliares de serviços gerais, reajuste de salário para os educadores, escolas com estrutura adequada, gestão democrática nas unidades de ensino e cumprimento do Plano de Cargos da categoria.

terça-feira, 6 de março de 2012

Denúncia em São Gonçalo

MAMÓGRAFO DA MATERNIDADE BELARMINO MONTE ESTÁ COM DEFEITO, DIZEM PACIENTES

Mais uma denúncia envolvendo a saúde pública de São Gonçalo do Amarante. Na semana em que a Prefeitura faz sua campanha contra o câncer de mama no município, a direção do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do RN (Sindsaúde) tomou conhecimento de dois casos de desrespeito à saúde da mulher. Na Maternidade Belarmino Monte, hospital privado que faz parte da rede complementar do SUS, o aparelho que realiza exames de mamografia é bastante antigo e estaria apresentando defeito. Quem conta é a dona de casa Francisca Dantas.

Ao fazer o autoexame das mamas, ela encontrou um nódulo em um dos seios. Procurou uma unidade de saúde em São Gonçalo e o médico solicitou que fizesse uma mamografia no Hospital Belarmino Monte, pelo SUS. A dona de casa foi até a maternidade e fez o exame. Entretanto, o resultado deu negativo. Não satisfeita, ela voltou ao médico queixando-se do problema e foi encaminhada para a Liga (Liga Norte-riograndense Contra o Câncer), a fim de realizar um novo exame. Dessa vez, o resultado deu positivo. Mas os problemas de dona Francisca não pararam aí. Ela ainda precisou pagar do próprio bolso a biópsia, já que o município de São Gonçalo se negou a fazê-lo. A dona de casa chegou a denunciar o caso ao Ministério Público da cidade, mas a Promotoria não tomou nenhuma providência.

Há um ano houve um caso ainda mais escandaloso. Uma mulher, com câncer de mama já diagnosticado pelo médico e bastante evidente, fez uma mamografia no mesmo Hospital Belarmino Monte e o resultado deu negativo. Hoje, ambas estão em tratamento quimioterápico e radioterápico.

É lamentável e inadmissível que o único mamógrafo de São Gonçalo esteja com defeito, ainda mais quando a Prefeitura julga estar fazendo uma ótima campanha contra o câncer de mama.

sábado, 3 de março de 2012

Educação Pública

Estado define adesão à greve nacional

A rede estadual aderiu à greve nacional. Essa foi uma das deliberações da assembleia da categoria, realizada na manhã dessa quarta-feira (29). A paralisação ocorre de 14 a 16 deste mês em todo o Brasil e poderá se prolongar no RN, caso o Governo não apresente uma proposta às reivindicações dos trabalhadores. A decisão sobre a manutenção da greve no Estado após o período definido para o país será tomada na próxima assembleia, a ser realizada no dia 14. Mas esse é apenas um dos pontos deliberados para a Campanha Salarial de 2012. Veja outras ações definidas pela categoria:

1 - Realização de assembleias em todas as regionais do Sinte;
2 - Participação de toda a categoria no ato político e cultural que será realizado no próximo dia 08. A atividade é promovida pelo Fórum dos Servidores e tem como objetivo a entrega da pauta de reivindicação das categorias, além de um pedido de audiência ao Governo. A concentração do evento será em frente à Secretaria de Agricultura, às 8h30;
3 - Mobilização nas escolas, Direds e na Seec;
4 - Denúncia da falta de compromisso do Governo com a Educação e com a valorização profissional. A ação será realizada nos bairros de Natal por meio de carro de som;
5 - Veiculação de anúncio na TV durante a semana da greve nacional.
6 - Realizar atividades em conjunto com a rede municipal que envolvam caminhada e panfletagem em todas as zonas da cidade durante a greve geral.


Fonte: Sinte/RN

Em Natal e no Estado...

Professores unificam paralisação

Os professores da rede estadual e municipal de ensino resolveram unificar o indicativo de greve para o próximo dia 14. A decisão foi tomada na manhã de ontem em assembleia depois de acalorada discussão entre quase dois mil professores que se reuniam na sede do clube Assem, em Natal. De um lado, aqueles que queriam iniciar a greve já na segunda-feira, 5, como estava prevista a data da rede municipal. Do outro, os que preferiam deflagrar a greve simultaneamente com a paralisação nacional, que ocorre dos dias 14 a 16 de março, estratégia que daria mais força ao movimento local. Por uma margem apertada de votos, venceu o segundo grupo.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (SINTE/RN), a greve, nesse momento, serviria apenas para mascarar os problemas estruturais das escolas e desviar a atenção da luta que a classe vem travando por melhores remunerações e condições de trabalho. Antes da votação, representantes das escolas e Centros de Educação Infantil vieram ao palanque para listar a situação em suas escolas: falta de merenda, atraso nos salários, equipamentos quebrados, bebedouros inutilizados e reformas inacabadas. A lista era imensa. A cada três minutos, um novo professor tinha a oportunidade de falar.

Na vez em que a proposta de reajuste do secretário da Educação de Natal foi citada, um intensa vaia invadiu o auditório. O aumento de 10% é considerado insuficiente pela maioria da classe, que espera 22% de acréscimo. Walter Fonseca, no entanto, mantém a posição da Prefeitura e ameaça iniciar o processo de judicialização da greve caso a paralisação siga adiante.

Enquanto a decisão não sai, os professores prometeram realizar passeatas próximo às escolas que apresentam as piores condições. A intenção é chamar a atenção da sociedade. "Queremos que os pais estejam do nosso lado. Nossa intenção é construir juntamente com eles um educação de qualidade", declarou o coordenador-geral do SINTE, José Teixeira. Um ofício com as revindicações debatidas na assembleia foi enviado às secretarias de educação. A comissão do SINTE espera que, em breve, uma nova oportunidade de diálogo seja dada aos profissionais da classe. Se a greve em Natal for deflagrada, mais de 4 mil professores cruzarão os braços.

Entre os dias 14 e 16 de março de 2012, as escolas públicas de nível básico em todo Brasil paralisarão as atividades para protestar contra situação da Educação no país. Na carta aberta à sociedade divulgada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), as exigências vão desde a separação de 10% do PIB para a área passando pela necessidade de vinculação do piso nacional à carreira de magistério. Em âmbito nacional, a greve marcará o início da jornada de luta dos trabalhadores por educação pública.


Fonte: Tribuna do Norte - 03/03/2012

quinta-feira, 1 de março de 2012

Em Natal...

Indicativo de greve: Professores decidem futuro

O primeiro assunto apresentado hoje nas salas de aula das escolas municipais de Natal deve ser a greve do próximo dia 5. Ao contrário dos professores do estado, os magistrados do município decidiram por não adiar o indicativo de greve para o dia 14, e irão votar a paralisação nesta sexta-feira, um dia após o retorno dos alunos das férias. Durante uma assembleia da categoria, na tarde de ontem, foi decidido, mesmo contra a vontade da direção do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinte), que a greve será decidida o mais rápido possível em razão do descontentamento dos professores com a proposta da Secretaria Municipal de Educação (SME).

Na última segunda-feira, o titular da pasta, Walter Fonseca, apresentou para a direção do Sinte uma proposta que apontava 10% de reajuste, dividido em três vezes. Os professores, que pedem aumento de 22,22%, não aceitaram a proposição do Município e optaram pelo indicativo. De acordo com a diretora do Sinte, Fátima Cardoso, o salário de um professor do município é de R$ 1.200 para 20 horas semanais, e R$ 1.400 para 30 horas.

"Se o secretário não apresentar uma proposta satisfatória vai ficar muito difícil", declarou Fátima Cardoso, que se mostrou favorável a esperar mais um pouco pela paralisação. "No nosso ponto de vista é inaceitável a proposta do secretário", declarou a secretária geral do sindicato, Janeayre Souto, mostrando a divisão de opiniões dentro da diretoria do Sinte.

Durante a assembleia, a categoria também ficou bastante dividida sobre quando deveria ser a votação do indicativo de greve. Mas independente de ser no dia 2 ou 14, a opinião dos professores era única sobre as condições de trabalho dos magistrados: insatisfação. "O secretário não deu resposta sobre os outros pontos da pauta", reclamou uma professora. Além disso, o grupo se mostrava revoltado com os 30 diretores exonerados dos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) que não receberam nenhuma justificativa.

Uma gestora de CMEI informou a reportagem do Diário de Natal que passou o ano de 2011 inteiro recebendo merenda de forma emergencial. "Chegava apenas o recurso federal, que é um complemento, e o da Prefeitura passou o ano todo sem ser repassado. A gente ficou recebendo merenda de forma emergencial, o que prejudicava muito, porque eles não sabiam das nossas necessidades e mandavam o que queriam".

Fonte: Diário de Natal - 01/03/2012