quarta-feira, 31 de março de 2010

Greve

São Gonçalo: professores e funcionários fazem passeata contra corte nos salários

Em greve desde o dia 4 de março, os trabalhadores da educação de São Gonçalo do Amarante/RN descobriram ontem que o prefeito Jaime Calado (PR) havia feito, ilegalmente, descontos em seus salários. Entretanto, as ruas do centro da cidade receberam, na manhã de hoje (31), uma passeata de professores e funcionários contra o corte dos dias parados. O protesto saiu da Secretaria de Educação do município e seguiu até a praça Dinarte Mariz, onde os trabalhadores denunciaram o abandono das escolas e os ataques aos direitos dos servidores. Além do prefeito, as críticas também atingiram o Secretário de Educação e ex-sindicalista, Abel Neto, e o professor, ex-diretor do Sinte e defensor do governo, Efigênio, que num programa de rádio chamou os professores de caloteiros.

Para a direção do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de São Gonçalo (Sinte), o prefeito está tomando medidas ilegais com o objetivo de reprimir a legítima paralisação dos educadores. "Jaime Calado pretende endurecer em seus ataques contra a categoria, mas nós não vamos recuar e também vamos endurecer o movimento. Com as escolas do jeito que estão, a retirada de direitos e os cortes em nossos salários, a greve não vai terminar.", afirmou Socorro Alves, uma das coordenadoras do sindicato.



Além do sindicato da educação, participaram também da manifestação o Núcleo do Sindsaúde de São Gonçalo e a Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas/RN).

Abusos

O autoritarismo de Jaime Calado não tem limites mesmo. Na tarde de hoje, a sede do sindicato recebeu alguns professores que não tinham aderido à greve, mas que tiveram descontos realizados em seus contra-cheques. Além disso, o prefeito já anunciou que no dia dez de abril irá contratar professores temporários, caso os grevistas não voltem. Assim como o corte do ponto dos trabalhadores, essa é outra medida ilegal tomada pela prefeitura. A assessoria jurídica do Sinte já tomou conhecimento da ameaça e vai encaminhar uma denúncia ao Ministério Público.

Na próxima segunda-feira (05), às 8h, na sede do Conselho Comunitário do Amarante, os professores e funcionários farão outra assembleia para preparar uma resposta aos ataques da prefeitura. O objetivo é ampliar ainda mais a campanha de denúncia contra a situação das escolas e da categoria em São Gonçalo. "Já estamos agilizando uma resposta judicial às ilegalidades de Jaime Calado. Mas também vamos aumentar a força de nosso movimento nas ruas.", concluiu Socorro.

terça-feira, 30 de março de 2010

Greve

Prefeito de São Gonçalo corta salários de trabalhadores da educação
Professores e funcionários, em greve há quase um mês, receberam seus contra-cheques com vários dias de desconto

Às vesperas do dia em que a Ditadura Militar no Brasil completa 46 anos, o prefeito de São Gonçalo do Amarante/RN, Jaime Calado (PR), mostrou mais uma vez o quanto seu governo é autoritário e repressor. Nesta terça-feira (30), quando os trabalhadores da educação, em greve desde o dia 4 de março, foram ao banco verificar o depósito de seus salários, perceberam que a prefeitura havia descontado parte dos dias parados. O mais absurdo dessa medida é que o corte nos rendimentos foi feito de forma ilegal, pois o pedido da prefeitura pela ilegalidade da greve não foi julgado pela Justiça e a paralisação continua sendo legal.

Professora Vanuza Alves, mostrando seu extrato bancário

A professora Vanuza Alves recebe um salário base de R$ 1181,33. Ao retirar seu extrato bancário, percebeu que tinham descontado sete dias de trabalho, o que equivale a R$ 345,43 de sua já reduzida remuneração. Vanuza é uma das mais dedicadas à paralisação e faz parte do comando de greve da categoria. Entretanto, com a professora Maria Diva Ferreira foi ainda pior. Ela recebe como salário base míseros R$ 806,36 e teve descontados 11 dias, o equivalente a R$ 360,00. Com o corte, ela recebeu R$ 553,37, um pouco mais que o atual salário mínimo.

Extrato bancário da professora Vanuza Alves, destacando os descontos

Mesmo sabendo que não poderia fazer os descontos, o prefeito Jaime Calado fez questão de anunciar, dias antes em um programa de rádio, que iria cortar os salários dos servidores grevistas. Essa não é a primeira vez que a prefeitura desrespeita o direito de greve dos trabalhadores. No ano passado, Jaime Calado também descontou parte dos salários dos funcionários da saúde, que realizaram uma paralisação contra as péssimas condições de trabalho.

Extrato bancário da professora Maria Diva; em destaque os dias descontados

A advogada do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do RN (Sinte) - Núcleo de São Gonçalo já preparou um madado de segurança para que a Justiça garanta o pagamento integral dos salários dos servidores, visto que a greve permanece sendo legal. Para a direção do sindicato, essa é mais uma prova de que o prefeito Jaime Calado e seu Secretário de Educação, Abel Neto (PT), não medem esforços quando o assunto é atacar os direitos dos trabalhadores. "A prefeitura vai sentir é nas ruas o peso de mais esse ataque aos nossos salários. O movimento não vai recuar diante do autoritarismo de Jaime Calado. Nossa greve é justa e continua forte. Nós vamos até o fim nessa luta.", afirmou Socorro Alves, uma das coordenadoras do sindicato.

Amanhã (31), às 8h, em frente à Secretaria de Educação do município, professores e funcionários farão um ato público contra o corte dos salários e em defesa da pauta da greve. Entre as principais reivindicações, estão o descongelamento das promoções horizontais e verticais, cumprimento do Plano de Carreira dos funcionários, reajuste salarial de 35%, melhoria nas condições físicas das escolas, cancelamento do Plano de Cargos que retira direitos dos professores e cumprimento do Piso Salarial da categoria.

Até o fim


Trabalhadores da educação mantêm greve e movimento ganha força

Na tarde de ontem (29), os trabalhadores da educação de São Gonçalo do Amarante/RN mandaram um recado para o prefeito Jaime Calado (PR): a greve da categoria não será derrotada. Reunidos em assembleia, cerca de 100 pessoas, entre professores e funcionários decidiram manter a paralisação por tempo indeterminado e reforçaram o movimento. O sentimento dos trabalhadores é de levar a greve até as últimas consequências. Mesmo diante da possibilidade de o prefeito cortar os salários, a categoria não recuou e resolveu ir com a luta até o fim.

Durante a assembleia, a direção do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinte/RN) - Núcleo de São Gonçalo avaliou que a greve segue forte, com cerca de 90% das escolas paradas. Além disso, o sindicato tranquilizou a categoria quanto ao fato de Jaime Calado ameaçar cortar salários. "Ele sabe que não pode fazer isso, é ilegal. Nossa greve não foi julgada. Mas se o prefeito cometer esse abuso, nós já vamos entrar com um mandado de segurança para garantir o pagamento dos trabalhadores", afirmou Socorro Alves, uma das coordenadoras do Sinte.

Ao final da assembleia, a categoria aprovou mais duas atividades da greve. Abaixo, confira as datas.

-Terça-feira (30/03) - panfletagem em frente ao Nordestão, na entrada de São Gonçalo, às 17h.

-Quarta-feira (31/03) - ato público em frente à prefeitura, às 8h.

sábado, 27 de março de 2010

Saúde-Campanha Salarial

Trabalhadores aprovam calendário de lutas

Reunidos em assembleia realizada na manhã de ontem (26), no Clube dos Correios, os trabalhadores da saúde pública de São Gonçalo do Amarante/RN aprovaram um calendário de lutas para enfrentar os ataques do prefeito Jaime Calado (PR) e iniciar a Campanha Salarial 2010.

A assembleia discutiu também as péssimas condições de trabalho na saúde, as perseguições a funcionários e a cobrança irregular do comprovante de residência em nome do paciente para atendimento especializado.

Além disso, o Núcleo do Sindsaúde apresentou uma proposta de reajuste de 34,22% para recuperar as perdas salariais de 2007 em todos os níveis e defendeu a realização de mobilizações nos locais de trabalho para construir uma possível greve. Após o debate, a categoria aprovou a proposta, juntamente com um calendário de lutas.

Calendário

-Quarta-feira (31/03) - Ida à prefeitura para marcar uma audiência;
-Manifestações nas unidades de saúde sobre a situação salarial dos servidores, contratos irregulares e condições de trabalho:
* 06/04 - Terça-feira, às 8h, em Regomoleiro
* 13/04 - Terça-feira, às 8h, em Santo Antônio
* 20/04 - Terça-feira, às 8h, no Amarante
* 28/04 - Quarta-feira, em Uruaçu
-Assembleia na primeira quinzena de abril.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Protesto

Sindicatos protestam contra Jaime Calado no Centro de Natal
Manifestação reuniu trabalhadores da saúde e educação de São Gonçalo do Amarante

O Calçadão da Rua João Pessoa, no Centro de Natal/RN, recebeu na tarde de hoje (26) um protesto de trabalhadores da saúde e educação de São Gonçalo do Amarante/RN. A atividade reuniu cerca de 70 pessoas e teve o objetivo de denunciar o prefeito do município, Jaime Calado (PR), que desde o ano passado ataca os direitos dos servidores e da população em geral. A manifestação também fazia parte do calendário de atividades do Sindicatos da Educação de Ceará-Mirim e de São Gonçalo, cujas categorias estão em greve há 22 dias.

Entre as entidades sindicais que participaram para prestar solidariedade, estavam a Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas/RN), o Núcleo do Sindsaúde de São Gonçalo e a Regional do Sindicato da Educação de Umarizal. Utilizando faixas, bandeiras e panfletos, os manifestantes denunciaram o abandono da educação pública, o trabalho precário na saúde e a intransigência de Jaime Calado em negociar a pauta da greve dos professores e funcionários de São Gonçalo.


Além disso, o ato público também denunciou o prefeito de Ceará-Mirim, Antônio Peixoto (PR), que não atende as necessidades dos trabalhadores da educação do município e desrespeita a população com o abandono das escolas.

A diretora do Núcleo do Sindsaúde, Elineusa, acusou Jaime Calado de impedir o acesso do povo de São Gonçalo aos serviços de saúde. A acusação tem como base o fato de a prefeitura cobrar das pessoas um comprovante de residência no próprio nome para poder receber atendimento especializado no município.

Alexandre Guedes, da Conlutas, e Gabriel da Costa, do Sinte de Umarizal, também defenderam a greve da educação em Ceará-Mirim e São Gonçalo, além de alertarem os trabalhadores para não confiarem nos seus respectivos governos.

Ao final do protesto, os manifestantes demonstraram muita disposição para continuar lutando por direitos, serviços públicos de qualidade e contra todos os ataques aos interesses do povo e da classe trabalhadora.

Caos nas escolas

Escola da Zona Rural de São Gonçalo está caindo aos pedaços

A Escola Municipal Leonel Mesquita, localizada na comunidade de Rio da Prata, Zona Rural de São Gonçalo do Amarante/RN, pode ser facilmente confundida com um cenário de fim de guerra. Paredes arrebentadas e mofadas, telhado apodrecido, carteiras e estantes quebradas etc. A impressão que se tem é de que um furacão passou pelo local. De acordo com alguns professores ouvidos pela direção do Sindicato da Educação de São Gonçalo (Sinte), a escola não apresenta condições de trabalho nem de aprendizagem.

Os diretores do sindicato visitaram a escola Leonel Mesquita na última terça-feira (23) para realizar uma reunião com professores e funcionários e puderam constatar o caos que vive a unidade de ensino. Para a direção do Sinte/RN, a responsabilidade pela situação da escola é do prefeito Jaime Calado (PR) e demonstra o completo desrespeito da prefeitura com pais, alunos e profissionais da educação.

Após a reunião com o sindicato, os trabalhadores de Leonel Mesquita decidiram aderir a greve da categoria.

Abaixo, veja as fotos da escola.

Telhado apodrecido

Paredes mofadas

Estante quebrada

quinta-feira, 25 de março de 2010

Protesto

Sinte fará ato público em Natal nesta sexta

O Sindicato dos Trabalhadores da Educação de São Gonçalo do Amarante/RN (Sinte) fará um ato público amanhã (26), às 16h, no Calçadão da Rua João Pessoa, no Centro de Natal. A manifestação é parte das atividades da greve e vai reunir professores e funcionários para protestar contra as péssimas condições das escolas do município, a perda de direitos, os baixos salários, a falta de democracia e a perseguição a funcionários. Além disso, o protesto ainda vai denunciar os ataques da prefeitura aos serviços de saúde.

O ato público também contará com a participação de outras entidades sindicais, como a Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas/RN) e o Núcleo do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de São Gonçalo. O objetivo do protesto é chamar a atenção da sociedade para o caos que existe na educação pública e o desrespeito do governo de Jaime Calado (PR) com a população e os trabalhadores do município.

Audiência

O sindicato foi informado de que está marcada uma nova audiência com a prefeitura de São Gonçalo para negociar a pauta da greve. Dessa vez, segundo informações recebidas, com a presença do prefeito Jaime Calado. A reunião será amanhã (26), às 14h, na sede da prefeitura.

Participe!

quarta-feira, 24 de março de 2010

Enquete


Queremos saber a sua opinião!

Baixos salários, retirada de direitos, aumento de impostos sobre os mais pobres, falta de democracia, perseguição a funcionários, assédio moral, destruição dos serviços públicos, entre outros graves problemas. É assim que a atual prefeitura governa São Gonçalo do Amarante/RN. O Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinte) e o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (Sindsaúde) não aceitam esta situação e lutam contra todos os ataques do governo.

Mas nós também precisamos saber a sua opinião sobre as posturas, as medidas e a política do prefeito Jaime Calado (PR). Por esta razão, queremos fazer uma ENQUETE com você, trabalhador. Vamos lá. Diga o que acha do governo. Basta escolher uma das opções na coluna da direita e votar.

Não deixe de dar a sua opinião!

Greve em São Paulo

“Queria trabalhar com ser humano, mas a Educação virou um produto e as escolas, são como fábricas”

Professor conta que o ensino piorou muito nos últimos anos




Diego Cruz, de São Paulo

Quando cursava a faculdade, o então estudante Luciano Lira sonhava em trabalhar com “ser humano”. Via na escola e na carreira de professor sua chance para isso. “A escola era o lócus em que se trabalhava com o ser humano”, explica Luciano, que começou a dar aula de Filosofia na rede pública de São Paulo em 1994.

Com o passar dos anos, porém, como outros incontáveis colegas, o professor se decepcionou. Não é difícil entender a razão. Ele testemunhou todo o processo de sucateamento e acelerada precarização do ensino naqueles anos. “Quando comecei, as condições não eram tão ruins, mas foram piorando muito”, conta. Em 1997, angustiado, chegou a deixar o Estado para trabalhar em Minas Gerais. Voltou em 2001, mas não gostou do que viu. “Percebi que as coisas não tinham melhorado, pelo contrário”.

Luciano reclama que a Educação passou a ser vista como um mero produto, e as escolas, como verdadeiras fábricas. Algo bem diferente do que queria quando se formou pensando em dar aulas. “Temos a sala superlotada, uma carga de trabalho multiplicada para que possamos pagar as contas, além de uma série de leis que vem aprovadas que, no mínimo, nos deixam bastante angustiados”.

O professor de Filosofia dá aulas há três anos numa escola do bairro do Rio Bonito, na Zona Sul da capital. O grande número de turmas que é obrigado a pegar impossibilita que suscite ou desenvolva qualquer tipo de reflexão, o que deveria ser o objetivo de uma disciplina como a sua. “Eu tenho 1 aula em cada sala, então, para pegar 20 aulas e receber R$ 920, tenho que pegar 20 turmas, de 40 a 50 alunos cada, então eu vou ter uma quantidade de alunos que torna praticamente impossível desenvolver um bom trabalho”, conta.

Hoje, ele dá aula para 17 turmas e só consegue sobreviver como professor por trabalhar também em outra escola. “É bem raro o professor que não tem um problema de estômago ou que não está estressado”, denuncia. “Algum professor deve ter feito mal pra esse governo, porque pra não gostar de professor assim... alguma coisa deve ter acontecido”.

Luciano se revolta ainda contra a imprensa, que diariamente manipula as informações sobre a greve e difunde as versões do governo Serra de que a greve atinge só 1% da categoria. A escola de Luciano, por exemplo, conta com 80% de paralisação. “A gente pelo menos queria confiar mais na imprensa. Tem 50 mil aqui hoje, isso vai contra qualquer coisa que a imprensa vem veiculado”, diz, olhando para os milhares de professores que se concentravam para a assembleia no vão do Masp.

O professor, mesmo indignado contra o que chama de desestruturação do Ensino Público nos últimos 15 anos, não se mostra prostrado ou desanimado. “Acredito que vamos conseguir com a nossa luta reverter muita coisa que foi feita contra a escola pública nos últimos anos”, diz, segurando uma bandeira da Conlutas e com uma faixa na cabeça com a frase “professores em greve”.

terça-feira, 23 de março de 2010

Greve


Trabalhadores e população fazem ato público em Rio da Prata

Na tarde de hoje (23), cerca de 70 pessoas, entre trabalhadores da educação, alunos e moradores, realizaram um ato público em frente à Escola Municipal Leonel Mesquita, em Rio da Prata, na Zona Rural de São Gonçalo do Amarante/RN. O protesto denunciou as péssimas condições das escolas da região, atendendo a um pedido das comunidades de Utinga, Barro Duro, Alagadiço e Rio da Prata.


Alunos e professores em frente à escola Leonel Mesquita

Participaram da manifestação professores e alunos da escola Leonel Mesquita, além de diretores do Sindicato da Educação (Sinte), do Núcleo do Sindsaúde e trabalhadores de outras comunidades de São Gonçalo.

Vivaldo Júnior, coordenador do Sindsaúde de São Gonçalo

O professor Francisco Varela atacou o descaso do prefeito Jaime Calado (PR) com a educação do município e defendeu o fortalecimento da greve. Já o coordenador do Sindsaúde, Vivaldo Júnior, prestou solidariedade à luta dos educadores e denunciou os ataques da prefeitura contra os trabalhadores e a população de São Gonçalo, como é o caso da exigência de comprovante de residência para garantia de atendimento.

Francisco Varela, professor

Após o ato, houve uma reunião com os profissionais de Rio da Prata e demais comunidades, que também aderiram à greve.

À beira do caos

Escolas de São Gonçalo pedem socorro

As escolas municipais de São Gonçalo do Amarante/RN estão à beira do caos. Há prédios destruídos, carteiras quebradas, salas sem ventiladores, instalação elétrica exposta, banheiros inadequados, paredes mofadas, entre outros graves problemas. Diante disso tudo, o prefeito Jaime Calado (PR) insiste em dizer que as escolas foram reformadas. Entretanto, até hoje a Secretaria de Educação não divulgou quais as unidades de ensino que passaram por reparos.

Essa atitude prova que a prefeitura não só não reformou as escolas como também não tem nenhum respeito pela população que precisa da educação pública.

Abaixo, veja o que Jaime Calado está fazendo com o ensino em São Gonçalo do Amarante.






Protesto

Sinte fará ato público em Rio da Prata

O Sindicato dos Trabalhadores da Educação de São Gonçalo do Amarante/RN (Sinte), em conjunto com os servidores em greve, fará um ato público hoje (23), às 15h, na Escola Leonel Mesquita, na comunidade de Rio da Prata, Zona Rural do município. O protesto é parte das atividades da greve dos trabalhadores da educação e atende a um pedido dos próprios moradores do local, assim como das comunidades de Utinga, Barro Duro e Alagadiço.

A manifestação vai denunciar as péssimas condições das escolas e o desrespeito do prefeito Jaime Calado (PR) com a educação pública.

domingo, 21 de março de 2010

Denúncia

Cobrança de comprovante de residência deixa criança sem atendimento médico

A dona de casa Maria de Fátima Fernandes é mãe de uma criança de 13 anos com problemas de crescimento. Como se já não tivesse muito com o que se preocupar, dona Maria precisa enfrentar também os abusos e as ilegalidades cometidas pelo prefeito de São Gonçalo do Amarante/RN, Jaime Calado (PR) e sua Secretária de Saúde, Zenaide Maia Calado.

Na última sexta-feira (19), dona Maria de Fátima procurou o Núcleo do Sindsaúde para fazer uma denúncia. De acordo com ela, seu filho de 13 anos não pôde realizar um tratamento médico porque não possui comprovante de residência no próprio nome. "Eu, que sou a responsável por ele, tenho comprovante. Mas o menino é de menor e não tem esse documento. Disseram que só pode ser atendido se tiver comprovante no nome dele. Agora eu fico aqui com meu filho sentindo dor, sem crescer direito e sem poder fazer o tratamento. Nunca vi isso.", desabafa a dona de casa.

Desde o final do ano passado, a Secretaria de Saúde exige comprovante de residência com o nome do paciente para permitir a realização de exames, consultas especializadas e cirurgias. Acontece que muitas pessoas moram de aluguel ou na casa de parentes e não possuem o documento. Alguns idosos e crianças, por exemplo, não têm como comprovar residência. Além disso, a exigência fere os princípios da saúde pública.

Dessa forma, a prefeitura e a secretaria de saúde estão impedindo o acesso da população ao SUS (Sistema Único de Saúde). Mas os abusos não param por aqui. As pessoas estão sendo orientadas a fazer dívidas (carnês, cartões de crédito etc) para conseguir um comprovante de residência. O Núcleo do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do RN (Sindsaúde) em São Gonçalo já tomou conhecimento de vários casos semelhantes ao de dona Maria e vai denunciar a ilegalidade ao Ministério Público Estadual.

Abaixo, veja o desabafo de dona Maria de Fátima.

Denúncia

Servidora da saúde de São Gonçalo denuncia perseguição no trabalho

A servidora pública da saúde de São Gonçalo do Amarante/RN, Dalva Lúcia da Silva, denunciou, na última sexta-feira (19), que está sendo vítima de perseguição no trabalho. Dalva, que há 16 anos trabalha na Unidade de Jardim Lola como arquivista, recebeu um memorando informando que ela seria devolvida à Secretaria de Saúde do município. O documento não diz o motivo da devolução nem apresenta provas da acusação feita pelo gerente do posto de saúde, Jean Queiroz, que afirma que a servidora teria tratado mal três pacientes.

De acordo com Dalva e o Núcleo do Sindsaúde de São Gonçalo, o objetivo é colocar no lugar da trabalhadora concursada um apadrinhado político do prefeito Jaime Calado (PR). Uma das supostas vítimas, inclusive, já negou a acusação contra Dalva Lúcia. "Estou sofrendo uma perseguição. Nunca tratei mal nenhum paciente. Conheço todo mundo aqui em Jardim Lola e todos sabem que jamais faria isso com qualquer paciente.", explica a servidora.

O sindicato fará amanhã (22), na Unidade de Jardim Lola, às 16h, um ato público em defesa da trabalhadora.

Abaixo, assista ao vídeo e veja o que diz a arquivista.

Comunicado

Nota para a população

O Núcleo do Sindsaúde de São Gonçalo do Amarante/RN chama toda a população para participar de um ato público nesta segunda-feira, dia 22, às 4 horas da tarde, em frente à Unidade de Saúde de Jardim Lola. Vamos defender os servidores e o direito de todos terem acesso à saúde.

Há 16 anos a servidora concursada Dalva trabalha na Unidade de Saúde de Jardim Lola. Nesse tempo, nunca se ouviu uma reclamação sobre ela. Porém, no último período Dalva vem sendo vítima de uma perseguição no trabalho. O gerente do posto acusa, sem prova nenhuma, a servidora de ter feito algo que ela não fez: tratar mal a população. Agora, estão querendo mudá-la de unidade e até mesmo retirá-la da saúde do município. Com isso, a prefeitura e o gerente querem colocar no lugar um apadrinhado político, ganhando hora extra.

A prefeitura de São Gonçalo também está dificultando o acesso da população aos serviços de saúde. Agora, as pessoas, se quiserem consultas especializadas, exames e cirurgias, precisam apresentar comprovante de residência no próprio nome. Aqueles que não tiverem o documento em seu nome ficam sem acesso à saúde.

Por exemplo: uma criança, de 13 anos, com problemas de crescimento, não pôde ser atendida porque não tinha um comprovante de residência em seu nome. A mãe foi informada de que o dela não serviria. Apenas o da criança. Além disso, a Secretaria de Saúde está orientando as pessoas a se endividarem (fazendo carnês etc) para poder comprovar residência. Isso é um crime. E nós vamos denunciar ao Ministério Público Estadual.

Não aceite essa situação. Venha protestar com a gente. Vamos defender o direito à saúde e os servidores concursados. É nesta segunda-feira, dia 22, às 4 horas da tarde, na Unidade de Saúde Jardim Lola.

Núcleo do Sindsaúde de São Gonçalo do Amarante/RN

Paralisação continua

Trabalhadores da educação de São Gonçalo mantêm greve


Na tarde da última sexta-feira (19), os trabalhadores da educação de São Gonçalo do Amarante/RN reafirmaram a decisão de permanecer em greve contra as péssimas condições das escolas, os baixos salários e a retirada de direitos. A assembleia ocorreu no Clube dos Correios e reuniu cerca de 90 pessoas, entre professores e funcionários. A categoria rejeitou novamente a proposta da prefeitura, que apresentou outra vez os mesmos 4,5% de reajuste salarial.

Durante a assembleia, os trabalhadores fizeram um balanço das paralisações nas escolas e avaliaram que a greve continua forte, chegando a 98% na zona urbana do município. A direção do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinte/RN) - Núcleo de São Gonçalo informou que a advogada da entidade, Juliana Leite, já protocolou a defesa da greve da educação no Fórum de Justiça da cidade. O documento é uma resposta ao pedido de ilegalidade da paralisação feito pelo prefeito Jaime Calado (PR).


De acordo com a direção do sindicato, a categoria não precisa temer o corte nos salários, pois enquanto a greve for considerada legal Jaime Calado não poderá cometer esse abuso.

Além disso, a assembleia também aprovou um comando de greve maior e um novo calendário de mobilização para esta semana. Confira as datas logo abaixo.

-Segunda-feira (22/03) - Visita às escolas durante os três turnos. Também haverá uma visita às redações de tvs e jornais.
-Terça-feira (23/03) - Visita às escolas, novamente durante os três turnos.
-Quarta-feira (24/03) - Assembleia da categoria, às 8h, n0 Clube dos Correios. Logo depois haverá um ato púbico em frente ao prédio da prefeitura.
-Quinta-feira (25/03) - Ato público em Natal/RN. O protesto ocorre no Calçadão da João Pessoa, no Centro, às 8h.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Denúncia

Funcionários e alunos da Escola Baixinhos Educados são obrigados a usar o mesmo banheiro

Professores e alunos da Escola Baixinhos Educados, no Centro de São Gonçalo, sofrem com o descaso da prefeitura. Além das condições inadequadas de funcionamento, a escola tem ainda apenas um banheiro para ser usado por alunos e trabalhaodores. É esse o tipo educação que Jaime Calado (PR) quer para São Gonçalo.




Educação

Secretário de Educação de São Gonçalo distorce fatos de greve


Em matéria publicada hoje (19), no Diário de Natal, o Secretário de Educação de São Gonçalo do Amarante/RN, Abel Neto, distorceu fatos da greve dos professores e funcionários do município. Segundo o Secretário, o Plano de Cargos (PCCS) da categoria foi aprovado após debate com os servidores. Além disso, Abel Neto afirmou que nenhum direito foi retirado, que 22 escolas foram reformadas e que o prefeito Jaime Calado (PR) montou uma comissão para negociar com os trabalhadores.

Para a direção do sindicato da educação em São Gonçalo (Sinte/RN), o Secretário não falou a verdade e distorceu fatos. "Não é verdade que a categoria discutiu o Plano de Cargos. A prefeitura aprovou de forma autoritária o PCCS e os direitos dos professores foram retirados, sim. Nós perdemos a Regência de Sala, por exemplo.", explica Socorro Alves, coordenadora do Sinte/RN. "E até o momento nós não recebemos o roteiro das escolas reformadas. Abel nunca apresentou estas reformas.", concluiu Socorro.

Deu na Imprensa

Greve dos professores em município da Grande Natal completa 15 dias

A greve dos professores municipais de São Gonçalo do Amarante completou 15 dias hoje. A categoria reclama da anulação e reformulação do Plano de Cargos, Salários e Carreiras, modificado, segundo os grevistas, sem participação dos servidores. O sindicato quer reajuste de 35%, alegando que cobriria as perdas salarias dos últimos dois anos, além de promoções. Outro anseio é a volta de um benefício através do qual a cada 15 anos de serviço, o professor passa a receber gratificação de 16,6% ou reduz a carga horária. Os professores também querem melhores estruturais.

De acordo com o secretário municipal de Educação, Abel Soares Neto, o Plano foi reformulado com participação de professores. Para ele, nenhum direito foi retirado. Abel acrescenta que o prefeito Jaime Calado nomeou uma comissão para negociar com o sindicato. Sobre a estrutura física, ele disse que há prédios de escolas antigos, que precisam de reforma, e disse que 22 dos 49 prédios já foram modificados.

Fonte: jornal Diário de Natal - 19/03/2010

quinta-feira, 18 de março de 2010

Movimento

Greve dos professores de SP: pelo direito de aprender, por emprego, salário e condições de trabalho

João Zafalão, de São Paulo (SP)*

No dia 26 de fevereiro, o secretário de Educação de São Paulo, Paulo Renato de Souza, anunciou uma melhora vigorosa nos índices educacionais da rede pública paulista, que é o Índice de Desenvolvimento do Ensino no Estado de São Paulo (Idesp). Numa escala de zero a dez, os alunos do ensino fundamental I (1ª a 4ª série) apresentaram média 3,85. Os alunos do ciclo II (5ª a 8ª série) ficaram com média 2,83, e no ensino médio, a média é de 1,97. Essa suposta melhora vigorosa foi tratada corretamente por toda imprensa como pífia, pois a conclusão mais alarmante é que estudantes que concluem o ensino médio têm aprendizado equivalente a alunos da 8ª série.

A Escola pública paulista esteve, até o final da década de 1990, entre as sete melhores do país e hoje se encontra entre as sete piores. Vejamos o que ocorreu.
Até a década de 1990, as salas de aula tinham limite máximo de 35 alunos. Portanto, se uma escola tivesse 54 alunos matriculados no primeiro ano do colegial, hoje ensino médio, se formariam duas salas com 27 alunos cada. Atualmente, se constitui uma única sala com os 54 alunos.

Os professores recebiam um piso salarial referente a cinco salários mínimos, cerca de R$ 5.100 em valores atuais. Hoje, o piso por 40 horas do professor do ciclo I é de R$ 1.309,17. A maioria desses professores, no entanto, tem jornada de 30 horas (R$ 981,88) ou de 24 horas (R$ 785,50). Vários professores estão cumprindo jornada de 12 horas (R$ 392,75).

No caso dos professores de ensino fundamental II e ensino médio, o piso por 40 horas é de R$ 1.515,53. Para 30 horas, é de R$ 1.136,65; por 24 horas é de R$ 909,32; e por 12 horas é de R$ 454,66. Ou seja, houve uma redução de mais de 200% nos salários dos professores nesses últimos 20 anos, tendo como referência o salário mínimo.

Além da superlotação das salas de aula e do arrocho salarial, se instituiu a chamada progressão continuada, que nada mais é que uma promoção automática, pois o único critério para aprovação é a frequência escolar e não o aprendizado. Essa situação, combinada com a falta de perspectiva profissional para a juventude brasileira, torna a escola pública um barril de pólvora. Por isso a crescente onda de violência que passou a atingir o ambiente escolar.

Diante dessa deterioração das condições de trabalho e de salários, os professores chegam a cumprir jornadas de até 64 horas semanais em sala de aula (permitido por lei), tornando a profissão um fardo.

Com essa significativa piora da escola pública paulista, motivada por estas políticas dos sucessivos governos e diante da impossibilidade de esconder o drama social nas escolas públicas, o governo de José Serra (PSDB), tentando se isentar de sua responsabilidade, iniciou uma campanha para culpar os professores por essa crise. Faz uma propaganda enganosa nos meios de comunicação, afirmando que existem dois professores por sala de aula, que as escolas estão equipadas com computadores e internet, inclusive aos fins-de-semana para a comunidade, que professores receberam até R$ 15 mil de bônus e que, com a promoção da carreira, os professores podem receber até R$ 7 mil de salário.

Que escola é essa, governador? Com certeza, não é a paulista, pois não existem computadores em rede nas escolas, não existem dois professores por sala, nenhum professor recebeu R$ 15 mil e a tal promoção da carreira em 13 anos permite que dos 220 mil profissionais, no máximo 352 professores cheguem ao teto que será de R$ 3.031,06, pois 100% sobre o maior salário não chega a nem perto dos tais R$ 7 mil.

Toda a política estadual, que conta com o apoio do governo federal e consta no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), de avaliar professores por meio de provas, literalmente não prova nada. Os professores estão submetidos a uma jornada estafante, salários defasados, número elevado de alunos por sala. Foram submetidos a trabalhar com material didático inadequado, não têm nenhum curso de formação durante seu tempo de trabalho e são submetidos a provas que contêm conteúdo adverso ao conteúdo trabalhado no cotidiano, pois entre a teoria das cadeiras universitárias e a prática das salas de aula existe um abismo imenso.

Não existe nenhum mérito em habilitar ou não um profissional apenas por sua nota em uma prova, que não houve tempo suficiente para ser feita e com conteúdo inadequado. Essa política de provas tem como objetivo apenas responsabilizar os professores que, na verdade, são vítimas de políticas irresponsáveis de sucessivos governos.

A greve dos professores estaduais de São Paulo é uma greve em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade para todos. É uma greve pelo direito de nossos alunos aprenderem. É uma greve para recompor nossos salários, por emprego e melhores condições de trabalho. Se a escola pública ainda não foi destruída, é por causa da coragem dos professores de resistir aos governos e a suas políticas educacionais medíocres.

*João Zafalão é secretário de Política Sindical da Apeoesp e membro da Oposição Alternativa – Conlutas

Greve

Sinte de São Gonçalo fará nova assembleia nesta sexta

O Sindicato dos Trabalhadores da Educação de São Gonçalo do Amarante/RN fará uma nova assembleia da categoria nesta sexta-feira (19), às 14h, no Clube dos Correios. O objetivo é discutir o andamento da greve e preparar as próximas atividades do movimento.
Os professores e funcionários ainda não foram recebidos pelo prefeito Jaime Calado (PR), que até o momento, através do Procurador do Município, apresentou duas propostas muito rebaixadas para as revindicações da categoria. A paralisação segue forte e com apoio da população.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Saúde


É hora de ir à luta!

Está na hora de começarmos nossa Campanha Salarial 2010! Nossas necessidades não podem esperar pela boa vontade de Jaime Calado (PR). Para derrotar seus ataques, precisamos ir às ruas e lutar por melhores condições de vida e trabalho. O prefeito não vai parar de nos explorar se nós não o enfrentarmos. Ou lutamos agora, ou não vamos conseguir nada.

Desde que assumiu a prefeitura, Jaime Calado vem atacando nossos salários e direitos. No ano passado, não houve nenhum reajuste e o prefeito ainda reprimiu nossa greve, afirmando que não tínhamos por que protestar. Como se não fosse o bastante, ele mentiu quando disse que a prefeitura de São Gonçalo não tinha dinheiro para reajustar nossos salários. Não podemos esquecer que, em 2009, Jaime Calado aprovou uma reforma administrativa que criou vários cargos comissionados a um custo de R$ 500 mil por mês e estes mesmos cargos comissionados ainda tiveram 100% de reajuste. Além do mais, se a prefeitura não tivesse dinheiro não teria feito a grande festa da padroeira da cidade.

Nós sabemos que nossas reivindicações são justas. O objetivo do prefeito é explorar ainda mais nosso trabalho, pagando salários cada vez mais baixos. E isto nós não podemos aceitar. O Sindicato está defendendo um reajuste de 34,22% para recuperar as perdas salariais de 2007 em todos os níveis. Hoje o salário inicial do Plano de Cargos e Carreira (PCCS) é de R$ 380, muito abaixo do atual salário mínimo. É por isso que o Núcleo de São Gonçalo faz um chamado aos trabalhadores. É hora de ir à luta e começar a Campanha Salarial 2010!

Piso salarial dos agentes

Em fevereiro, o Congresso Nacional aprovou a emenda constitucional 63, que prevê a fixação do piso salarial nacional dos agentes de saúde. De acordo com a emenda, os agentes comunitários de saúde e os agentes de endemias não poderão receber remuneração inferior a dois salários mínimos. Os recursos do piso sairão do Orçamento do Governo Federal e serão repassados aos estados e municípios. O valor deverá ser integrado de forma progressiva e proporcional dentro de 12 meses e corrigido anualmente de acordo com a inflação.

Ilegal

Sindicato denuncia prefeitura à PRT

O Núcleo do Sindsaúde denunciou a prefeitura de São Gonçalo do Amarante/RN à Procuradoria Regional do Trabalho por conta dos contratos irregulares, que não garantem os direitos mínimos aos funcionários do Programa Saúde da Família (PSF) e demais trabalhadores da saúde na mesma situação. A denúncia também foi feita à Procuradoria Estadual de Justiça, exigindo o fim dessas práticas ilegais e a realização de concurso público.

Esses trabalhadores possuem contrato de três meses e não recebem os direitos trabalhistas, como 13° salário, férias remuneradas e 1/3 de férias.

É assim que o prefeito Jaime Calado (PR) trata os trabalhadores da saúde. Com completo desrespeito.

Assessoria Jurídica

Núcleo do Sindsaúde agora tem Advogada


O Núcleo do Sindsaúde de São Gonçalo, em parceria com o sindicato da educação (Sinte/RN), contratou uma advogada para defender os interesses dos trabalhadores do município. O objetivo é, também, unir as categorias da saúde e da educação numa luta conjunta para derrotar os ataques da prefeitura à nossa classe. A advogada se chama Juliana Leite (Foto) e já começou a trabalhar. Ela atende na sede do Núcleo do Sinte/RN de São Gonçalo, na Rua Coronel Estevan Moura, 287 – Centro, nos seguintes horários: nas terças-feiras, das 13h às 16h e nas quintas-feiras, das 8h às 11h.

Saúde


Em assembleia, agentes de saúde discutem revisão das portarias

No final da manhã de ontem (16), cerca de 100 agentes de saúde de São Gonçalo do Amarante/RN se reuniram em assembleia, convocada pelo Núcleo do Sindsaúde, para discutir a revisão de suas portarias. A medida foi tomada pelo prefeito Jaime Calado (PR) e tem como objetivo demitir aqueles trabalhadores que estiveram lutando por seus direitos no ano passado.

Durante a assembleia, a advogada do sindicato, Juliana Leite, passou orientações de como os agentes de saúde devem proceder no momento em que forem chamados para comprovar a validade de suas portarias. Além disso, ela também informou que já está tomando as devidas medidas para impedir possíveis demissões.

"O prefeito quer demitir aqueles que não conseguirem provar que passaram por uma seleção. Mas esta ação representa um ataque ainda maior. Jaime Calado vai demitir trabalhadores para reduzir ainda mais os gastos com a saúde em São Gonçalo e cortar pela raiz aqueles que lutaram por seus salários e direitos no ano passado. Portanto, trata-se também de um ataque político aos trabalhadores.", denunciou Simone Dutra, uma das coordenadoras do sindicato.

Simone também fez uma garantia aos agentes de saúde. "O sindicato vai defender todos os trabalhadores independente de qualquer coisa.".

Na manhã da próxima sexta-feira (19), haverá uma mobilização dos agentes de saúde em frente ao prédio do Ministério Público de São Gonçalo.

Sem acordo


Professores e funcionários aprovam continuidade da greve em São Gonçalo


Na manhã de ontem (16), os trabalhaodores da educação de São Gonçalo do Amarante/RN decidiram, em assembleia, continuar a greve contra as péssimas condições de trabalho e os baixos salários na rede municipal de ensino. A proposta da prefeitura, apresentada no dia anterior pelo Procurador Geral do Município, Leonardo Galvão, foi rejeitada pela categoria por não atender as necessidades das comunidades e de professores e funionários.

A prefeitura ofereceu apenas 4,5% de reajuste para a categoria e prometeu, em dez dias úteis, apresentar um roteiro das escolas a serem reformadas. Para a direção do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinte/RN) - Núcleo de São Gonçalo, a proposta da prefeitura é um desrespeito aos pais, alunos e profissionais da educação do município.



"O magistério recebe hoje o salário inicial de R$ 712,00, quando deveria receber na verdade R$ 768,00. O pessoal do nível superior está recebendo R$ 925,00, mas o piso deveria ser de R$ 999,00. Isso é um absurdo. A prefeitura não cumpre nem o Piso.", denunciou a diretora do Sinte, Cristiane Nunes.

"Do jeito que está, não há condições de trabalho. Falta de tudo nas escolas e a estrutura está caindo aos pedaços. Além disso, o prefeito Jaime Calado está diminuindo os salários, retirando os direitos e descumprindo o Piso Salarial da categoria. Por isso, queremos chamar todos os trabalhadores para nos unirmos em defesa da escola pública e dos profissionais que nela trabalham. A greve é a nossa ferramenta de luta.", afirmou a também diretora do Sinte, Socorro Alves.

Em greve desde o dia 4 de março, os trabalhadores reivindicam o descongelamento das promoções horizontais e verticais, cumprimento do Plano de Carreira dos funcionários, reajuste salarial de 35%, melhoria na estrutura física das escolas, cancelamento do Plano de Cargos dos professores elaborado pela prefeitura e o cumprimento do Piso Salarial da categoria.

Caminhada

Após a assembleia, mais de 50 trabalhadores saíram em caminhada pelas ruas do Conjunto Amarante, na entrada do município. O protesto chamou a atenção da população, que mais uma vez deu apoio a greve.

A paralisação da educação segue forte, com atividades todos os dias. Abaixo, confira o calendário.

· Dia 17/03 (QUARTA-FEIRA) ato público em Santo Antônio, na Escola Roberto Freire, às 8h. À tarde, visitas às escolas, às 14h.

· Dia 18/03 (QUINTA-FEIRA) acampamento com exposição das condições das escolas, na praça Dinarte Mariz, às 8h. À tarde, visita à imprensa, às 14h.

· Dia 19/03 (SEXTA-FEIRA) ato público no Golandim. Concentração no Centro Educacional Poti Cavalcante, às 8h.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Greve


Trabalhadores da educação montam acampamento na porta da prefeitura

Após protesto, prefeito Jaime Calado fugiu de audiência com grevistas


Na manhã de hoje (15), mais de 50 trabalhadores da educação de São Gonçalo do Amarante/RN acamparam em frente ao prédio da prefeitura. O objetivo da manifestação era forçar o prefeito Jaime Calado (PR) a receber a categoria em greve. Durante o protesto, os trabalhadores denunciaram as mentiras, o autoritarismo e a falta de diálogo da prefeitura até o momento.

Desde o início da greve, no dia 4 desse mês, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação do RN (Sinte) - Núcleo de São Gonçalo tenta uma audiência diretamente com o prefeito Jaime Calado para resolver os problemas da educação. Mas o resultado é sempre o mesmo. Ou o sindicato é recebido por representantes da prefeitura, ou não é recebido.



Na tentativa de impedir a mobilização de professores e funcionários, o prefeito Jaime Calado colocou um carro de som para competir com o do sindicato. Enquanto os trabalhadores se alternavam no microfone, o veículo da prefeitura irradiava gravações mentirosas a respeito da educação do município, como as falsas reformas das escolas e o pagamento de salários e direitos.

Após muita insistência, os secretários da prefeitura anunciaram que o prefeito receberia uma comissão de trabalhadores a partir das 11 horas. Entretanto, tratava-se de mais uma mentira de Jaime Calado. Quando os representantes da categoria entraram no gabinete do prefeito, encontraram apenas o Procurador Geral do Município, Leonardo Galvão. Jaime Calado tinha saído por trás da prefeitura.

Depois de horas de conversa com o Procurador, não houve avanços nas negociações. A prefeitura continua oferencendo um reajuste salarial muito abaixo dos 35% pedido pela categoria. Dessa vez, Jaime Calado ofereceu ridículos 4,5%, a serem pagos em julho. A seguir, veja o restante da proposta.

-Apresentar, em 10 dias úteis, o rol de Unidades Escolares já reformadas em 2009, bem como apresentar o cronograma de previsão de reparos e manutenção para 2010;
-Implantação das progressões eventualmente devidas aos professores em 3 bimestres sucessivos a partir de abril de 2010;
-Estabelecer rotina para que as progressões horizontais sejam automáticas;
-Revisão das rotas do transporte de professores no sentido de viabilizar integralmente o atendimento dos pleitos de transporte dos citados profissionais;
-Constituir, em 10 dias úteis, comissão para avaliação e possível revisão do PCCS, juntamente com o sindicato;
-Reposição da inflação de 2009/2010 (IPCA) aos profissionais da educação;
-Contratação de profissional perito, com a participação dos sindicatos, para atualização do laudo pericial de insalubridades e periculosidades;
-Implantação do piso salarial nacional proporcional do magistério público retroativo a janeiro de 2010, em conformidade com o entendimento do STF.

Após saírem da prefeitura, os trabalhadores fizeram mais um protesto em frente à Secretaria de Educação para denunciar a cumplicidade dos ex-sindicalistas Célia e Abel, que também são responsáveis pelos ataques do prefeito.

O comando de greve e a direção do sindicato levarão a proposta de Jaime Calado para a assembleia da categoria, que ocorrerá amanhã (16), às 8 horas, no Clube dos Correios.

Greve


Trabalhadores da educação protestam em Poço de Pedra


Na noite da última sexta-feira (12), no distrito de Poço de Pedra, os trabalhadores da educação de São Gonçalo do Amarante/RN, em greve desde o dia 4 de março, protestaram contra as péssimas condições das escolas e por melhores salários. A manifestação ocorreu em frente à Escola José Francisco da Costa, na Zona Rural, e reuniu também a população das comunidades de Califórnia, Bela Vista, Belo Horizonte, Jenipapo e Campinas. O protesto teve a participação de mais de 100 pessoas, entre trabalhadores da educação e moradores.

Durante o ato público, a população usou o microfone do Núcleo do Sinte/RN para denunciar o prefeito Jaime Calado (PR). De acordo com os moradores, mesmo antes da greve, não havia professores nas salas de aula, faltava merenda, o transporte escolar era de péssima qualidade e a estrutura das escolas já estava aos pedaços. A mãe de um dos alunos da região defendeu os professores e culpou o prefeito pela greve.

Além disso, a população também denunciou as políticas de Jaime Calado na saúde, como a exigência de comprovante de residência em nome do paciente para receber atendimento.

Para a direção do sindicato, o apoio da população é importante para derrotar os ataques da prefeitura. "Precisamos de todo o apoio dos pais, alunos e da população em geral. Essa é uma luta de todos nós, que defendemos a escola pública e seus profissionais.", afirmou Socorro Alves.

Não quer negociar

O prefeito de São Gonçalo realmente não tem nada de democrático. Segundo um professor, a prefeitura realizou uma reunião com os diretores das escolas na última sexta-feira. Na ocasião, Jaime Calado fez questão de dizer que não dará aumento aos trabalhadores da educação e não receberá o sindicato da categoria.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Educação

Trabalhadores em greve protestam em Jardim Lola

Na tarde de ontem (11), no bairro de Jardim Lola, os trabalhadores da educação de São Gonçalo do Amarante/RN, em greve desde 1° de março, fizeram uma caminhada em protesto contra as péssimas condições das escolas da cidade. A manifestação saiu da Escola 1° de Maio e seguiu pelas ruas de Jardim Lola. Mais de 50 trabalhadores participaram do ato público, que ganhou o apoio de toda a população do lugar. Por onde passavam, os manifestantes eram aplaudidos.

Para a direção do Sinte/RN de São Gonçalo, o movimento demonstrou que a própria população não aceita a situação das escolas, nas quais faltam as mínimas condições de trabalho e estudo.

Repressão

Como prova de que o prefeito Jaime Calado é realmente antidemocrático e gosta de um abuso de autoridade, na manhã de ontem, antes do protesto, um delegado ameaçou prender o motorista do carro de som, pago pelo sindicato, que circulava anunciando a hora e o local da caminhada. O delegado chamou o motorista e mandou desligar o som, afirmando que havia uma lei que impedia esse tipo de atividade na frente de delegacias.

Entretanto, o próprio delegado não apresentou a tal lei. Para a direção do Sinte/RN de São Gonçalo, essa atitude da polícia mostra o quanto Jaime Calado é autoritário e quer de todas as formas impedir os trabalhadores de lutar por seus direitos. Além disso, o delegado nada diz quando os carros de som, pagos pela prefeitura, passam dizendo mentiras e fazendo falsas propagandas sobre as obras do prefeito. Na porta da delegacia, inclusive.

O fato ocorreu na delegacia próxima à sede do sindicato.

Ministério Público

Promotoria de São Gonçalo vai intermediar greve da educação

Na manhã de ontem (11), a direção do Núcleo do Sinte/RN de São Gonçalo reuniu-se em audiência com a promotoria do Ministério Público do município para discutir a pauta da greve dos trabalhadores em educação.

Para a diretoria do sindicato, a audiência foi muito positiva, já que a promotoria reconheceu uma série de irregularidades cometidas pelo prefeito Jaime Calado (PR). Sobre o Plano de Cargos que retira direitos dos professores, a promotora Lucy Ferreira Peixoto afirmou que direitos garantidos não podem ser retirados e solicitou uma cópia do Plano para que seja feita uma revisão e um relatório das perdas. A cobrança irregular de material escolar também será investigada. Quanto à prestação de contas dos investimentos em educação feitos pela prefeitura, a promotora vai agilizar cópias para o Sinte/RN.

Além disso, a promotoria admitiu as péssimas condições das escolas e pediu que o sindicato fizesse um levantamento dos problemas para ser entregue ao Ministério Público. A promotora Lucy Ferreira Peixoto ouviu atentamente as reclamações da categoria em greve e garantiu que iria intermediar uma audiência com o prefeito. Disse, também, que já falou com o juiz para que uma audiência com o sindicato seja realizada.