sábado, 30 de abril de 2011

Deu na Imprensa

Brasil tem 3,5 milhões de casas sem banheiro; número é quase o mesmo para as residências com três toaletes

Enquanto as discussões se concentram no acesso à rede de coleta de esgoto - que chega a apenas 55,5% dos lares brasileiros - uma parcela significativa desses domicílios sequer tem banheiro em casa para ser ligado a ela. São 3.562.671 domicílios sem banheiro no país, o que representa 6,2% das casas, de acordo com os números do Censo 2010, divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE.

O número fica ainda mais impressionante ao se constatar que 3.050.945 casas têm três banheiros, revelando pelo número de sanitários, a desigualdade que assola o país. Já no topo da pirâmide sanitária estão os 1,2 milhão de casas com quatro banheiros ou mais. A grande maioria das casas tem um banheiro. São 67,14% nessas condições.

A grande maioria dos 'sem-banheiro' está no Nordeste: são 63,3% dos lares nessas condições, com 2.257.051 domicílios. Por estado, Maranhão assume a liderança do ranking, com 587.657 lares sem banheiro. A menor proporção é no Sul, com 2,4% dos lares.

Fonte: O Globo – 29/04/2011

Censo 2011

Brasil tem quase 14 milhões de analfabetos

Em dez anos, o analfabetismo no país caiu só quatro pontos percentuais. Hoje, há ainda 13,9 milhões de brasileiros, com 15 anos ou mais, analfabetos, diz o Censo de 2010 divulgado nesta sexta-feira pelo IBGE. É o equivalente a 9,63% da população nessa faixa etária - no Censo de 2000, esse percentual era de 13,64%. Apesar de ser uma das áreas do país com maior crescimento econômico e aumento de mercado consumidor, o Nordeste continua sendo a região com maior número de analfabetos.

O Nordeste está em pior situação. Enquanto no Sudeste os analfabetos são 5,5% e no Sul, 5,1%, no Centro-Oeste são 7,2%; no Norte, 11,2%; e no Nordeste, 19,1% - pior do que o pior percentual de analfabetismo no Sul, aquele das pessoas com 60 anos ou mais (16,6%). De cada dois nordestinos com 60 anos ou mais, um é analfabeto.

Fonte: O Globo - 29/04/2011

Dia 28 de abril

Ato político e cultural no Dia Nacional de luta em Natal

REPRESENTANTES DO MOVIMENTO SINDICAL E POPULAR participaram de um ato político e cultural nesta quinta (28/4) no centro de Natal.

A atividade fez parte da pauta do movimento social que programou mais um Dia Nacional de Lutas em todo o país. São trabalhadores da cidade e do campo, servidores públicos federais, estaduais e municipais, além de estudantes e diversos outros setores do movimento popular, como o Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST).

O manifesto na rua João Pessoa teve início com o grupo Artes e Traquinagem, que apresentou "O julgamento do trabalhador”, mostrando que o teatro de rua ajuda a refletir a sociedade em que vivemos. Em seguida, representantes do movimento sindical e popular levaram seus protestos para a população.

Fonte: CSP-Conlutas/RN

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Rede Estadual

Trabalhadores em educação do Estado deflagram greve

Após meses de negociações com o governo do Estado sem obter sucesso, os trabalhadores em Educação resolveram entre em greve. A suspensão das atividades nas escolas da rede já iniciaram e não há previsão para fim. A decisão foi tomada em assembleia geral realizada nessa quinta-feira (28), que teve a participação de mais de mil trabalhadores.

O principal fator que estimulou a deliberação foi a solicitação feita pela governadora na última assembleia que teve com a direção do Sinte, nessa quarta-feira (27). Na ocasião, o governo expôs a sua situação financeira e pediu mais 120 dias à categoria para dar uma resposta às reivindicações feitas. Os trabalhadores interpretaram a solicitação do governo como uma jogada para protelar o pagamento dos Direitos.

Entre as principais solicitações da categoria estão, a revisão do Plano de Carreira do Magistério; o pagamento do Plano aos demais servidores, que já foram enquadrados; o cumprimento da Lei que estabelece o Piso Nacional dos educadores e o pagamento de direitos em atraso.

Veja aqui o calendário de atividades da greve

29/04 (Sexta-feira) - Retorno dos professores às escolas, nos três turnos, para comunicar a comunidade escolar sobre a deflagração da Greve.
02/05 (Segunda-feira) - Acampamento em frente à Governadoria a partir das 9h. A atividade será apenas no turno Matutino.
03/05 (Terça-feira) - Acampamento o dia todo na Praça Tomás de Araújo, em frente a Assembleia Legislativa.
04/05 (Quarta-feira) - Caminhada no Bairro de Felipe Camarão com concentração às 15h em frente a Escola Estadual Maria Queiroz.
05 e 06/05 (Quinta e Sexta-feira) - A diretoria do Sinte fará o mapeamento do movimento no interior e na capital.
09/05 (Segunda-feira) - Plenária de organização da greve, às 9h, na Escola Estadual Winston Churchill. Toda a categoria deve estar presente.

Fonte: Sinte/RN Estadual

Atenção Trabalhadores!

EDITAL DE PUBLICAÇÃO DE CHAPAS INSCRITAS PARA A ELEIÇÃO DO NÚCLEO DO SINDSAÚDE SÃO GONÇALO DO AMARANTE – TRIÊNIO 2011 A 2014

A comissão eleitoral do Núcleo do Sindsaúde do município de São Gonçalo pública através deste edital as chapas inscritas a concorrer à eleição do núcleo que ocorrerá nos dias 25 e 26 de Maio do corrente ano. Conforme publicação do edital de convocação das eleições, o prazo para inscrição das chapas encerrou no dia 25 de abril, e as chapas inscritas foram:

Chapa 1- Resistir Lutar e Avançar: Vivaldo Augusto Dantas Filho, Verônica Simone Dutra Veras, Elineuza Maria da Silva, Ivete Silva Varela, Maria de Fátima da Silva, Vanilson França Paulo e Iara Maria Santiago Oliveira. Chapa 2 - Saúde de São Gonçalo em Ação e Renovação: Dalva Lucia da Silva, Paula Francinete da Silva, Francys Gleyzer Barbosa de Paiva, Francisca Canindé Costa Eugênio, Gilberto Cerqueira da Silva e Magda de Almeida Ferreira.

Haverá uma urna (01) fixa na sede do Núcleo do Sindicato e cinco (05) volantes que percorrerão os locais de trabalho nos turnos da manhã e da tarde. O roteiro das urnas será afixado nos locais de trabalho pela comissão eleitoral.

São Gonçalo do Amarante, 27 de abril de 2011

Rosália Maria Fernandes
Comissão Eleitoral

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Nacional

PREÇOS AUMENTAM E DILMA ATACA DIREITOS E SALÁRIOS

O próximo período terá de ser de luta para os trabalhadores. Caso contrário, perderemos direitos, salários e a vida se tornará ainda mais difícil.

O governo de Dilma Rousseff (PT) começou frustrando as expectativas da maioria do povo brasileiro. Já trouxe consigo um aumento geral dos preços, o anúncio de cortes nos gastos públicos e ameaças de retiradas de direitos dos trabalhadores.

Antes mesmo de assumir, ainda no governo Lula, foi aprovado um aumento de 62% nos salários dos parlamentares, e de 133% para presidente da República e ministros. Assim, seus salários subiram para R$ 26 mil. Enquanto isso, os mesmos parlamentares, decidiram que o salário mínimo deveria ter apenas 6,47% de reajuste, ou seja, aprovaram um salário mínimo de apenas R$ 545. Um absurdo!

O custo de vida está altíssimo em todo o Brasil. Transporte, alimentação, moradia. Tudo subiu de forma exorbitante. Segundo o Diesse (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), hoje em dia, para que o trabalhador possa ter uma vida decente com moradia, alimentação, saúde e educação precisa de um salário de R$ R$ 2.227,53.

Cortes nos gastos

O governo já anunciou oficialmente que pretende cortar R$ 50 bilhões dos gastos públicos. Esses cortes virão da redução dos investimentos em saúde e educação públicas, virão do arrocho salarial e das aposentadorias, assim como do congelamento dos salários dos servidores públicos, que estão em pé de guerra com o governo.

O objetivo é continuar dando dinheiro para empresários e banqueiros, por meio do pagamento da dívida pública. Somente de outubro de 2010 até o início de 2011 eles já receberam R$ 134 milhões. Agora, a presidente afirma que fará uma reforma tributária para diminuir os impostos previdenciários pagos pelos empresários. Dessa forma, atacará ainda mais a nossa previdência pública.

Os cortes no orçamento servirão para o govero continuar pagando a dívida pública que não acabou, como muitos pensam. Aliás, consome 44% das verbas do orçamento do país, de acordo com a organização Auditoria Cidadã.

A CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular), o FST (Fórum Sindical dos Tra-balhadores), Intersindical, Cobap, MTST e diversas outras entidades estão realizando plenárias para organizar as mobilizações no próximo período.

Vamos unificar as lutas dos servidores públicos com as diversas categorias que estão em campanha salarial e com as lutas que ocorrerem neste primeiro semestre. Esse é o caminho para barrarmos os ataques que estão sendo preparados pelo governo Dilma.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Atenção Trabalhadores!

SERVIDOR PÚBLICO DE SÃO GONÇALO JÁ PODE BAIXAR DOCUMENTOS NO BLOG

Os servidores de São Gonçalo dp Amarante já podem baixar para o próprio computador os seguintes documentos: Estatuto do Sinte/RN, Estatuto do Servidor de São Gonçalo, Plano de Carreira da Educação e Lei da Previdência Social do Município. É só clicar em cima do documento desejado.

Estatuto do Sinte/RN São Gonçalo (Clique para baixar)

Estatuto do Servidor de São Gonçalo (Clique para baixar)

Plano de Carreira (Clique para baixar)

Previdência Social do Município (Clique para baixar)

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Artigo

15 anos do massacre de Eldorado dos Carajás. Lembremos os nossos mortos

Jeronimo Castro*

Na tarde do dia 17 de abril de 1996, em um trecho da rodovia PA-150 conhecido como curva do S, 19 sem-terra foram mortos e outros 60 saíram feridos em um dos massacres mais impressionantes do Brasil “democrático”.

O grupo que marchava havia feito uma ocupação da fazenda Macaxeira e exigia sua desapropriação para reforma agrária.

Era o tempo das grandes ocupações de terra, do MST com um apoio popular imenso, da reforma agrária pautada em todas as discussões políticas. De uma tremenda polarização no campo, onde sem-terra e trabalhadores de um lado, e latifundiários e burguesia do outro, lutavam para disputar que forma de propriedade e desenvolvimento agrário deveria predominar.

O efeito do massacre na população foi espantoso. Em todo o país houve atos. Em Belém do Pará, estado onde aconteceu o massacre, no dia do protesto, a Polícia Militar foi retirada das ruas para evitar que a população se enfrentasse com ela. E, raridade na história recente do país, a manifestação atacou um quartel sem sofrer nenhuma retaliação.

Nos meses que se seguiram ao massacre, o prestígio do MST cresceu como nunca. Uma marcha convocada por eles levaria ao que seria a Marcha dos 100 mil.

Quinze anos depois, nenhum dos envolvidos no massacre está preso, a reforma agrária continua por fazer e o agronegócio avançou justamente no governo do partido que supostamente era o maior aliado do MST, o PT.

O governo Lula, como nenhum outro, apoio, financiou e defendeu o avanço do capitalismo no campo. Uma contrarreforma agrária, de caráter mercantil e reacionário, foi executada. Uma campanha midiática foi feita para satanizar o MST e toda a luta pela terra. O próprio MST mudou, ao acreditar que o governo Lula era seu governo, ocupou postos na estrutura federal e freou a luta direta pela terra.

É verdade que nenhuma homenagem trará de volta os mortos, nem suprirá a ausência dos que tombaram naquele dia para seus companheiros, amigos e parentes. Os órfãos continuarão órfãos, as viúvas continuarão viúvas. Mas é necessário não deixar cair no esquecimento estes 19 mortos (1). Mais do que artigos e protestos, nós queremos homenageá-los com lutas. Manter viva não apenas na memória, mas nos nossos atos cotidianos, a bandeira que eles defendiam, e reivindicar como mais atual que nunca a luta por uma reforma agrária ampla, radical e sob controle dos trabalhadores.

Nós mantemos viva a certeza cantada naqueles dias, de que “nosso lema é ocupar, resistir e produzir”, e de que só sairá reforma agrária com a aliança camponesa e operária. Esta é a homenagem que queremos fazer a esses mortos, estes são os nossos heróis e mártires. Nós reivindicamos plenamente suas lutas, nós as levaremos adiante.

Até a vitória, companheiros!

*advogado que estava em Eldorado na época do massacre

(1) Adílio Alves Rabelo, 57, Altamiro Ricardo da Silva, 42 anos, Amâncio Santos Silva, 42, Antônio Alves da Cruz, 59, Antônio Costa Dias, 27, Antônio (Irmão), Graciano Olímpio Souza (Badé), 46, Joaquim Pereira Veras, 32, João Carneiro da Silva, João Rodrigues Araújo, José Alves da Silva, 65, José Ribamar Alves Souza, 22, Leonardo Batista Almeida, 46, Lourival Costa Santana, 26, Manoel Gomes Souza (Leiteiro), 49, Oziel Aves Pereira, 17, Raimundo Lopes Pereira, 20, Robson Vitor Sobrinho, 25, Valdemir Ferreira da Silva (Bem Te Vi).

terça-feira, 19 de abril de 2011

Artigo

Senado propõe plebiscito sobre comércio de armas e munição. Isso vai resolver?

Antônio Radical*

O presidente do Senado, o latifundiário José Sarney (PMDB/MA), aproveitando-se de forma oportunista da comoção nacional que envolve o caso do assassinato em massa de 12 alunos/as em Realengo, no Rio de Janeiro, lançou a proposta no Senado, onde este é presidente, da realização de um plebiscito nacional sobre a questão do comércio de armas e munição. Segundo o eterno senador peemedebista, o plebiscito ocorreria no dia 1º de outubro deste ano e teria uma única pergunta a ser respondida pelo eleitorado brasileiro, que seria a seguinte: "O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?”.

Afirmamos que a proposta é oportunista por duas razões: 1ª) em 2005, foi realizado um referendo nacional sobre a mesma matéria e a ampla maioria do povo foi CONTRA a proibição de comércio de armas de fogo. Portanto, se existe no Brasil uma verdadeira democracia, como Sarney e seus aliados no Congresso e no governo gostam tanto de afirmar várias vezes, então que prevaleça a vontade popular, já manifestada no referendo de 2005; 2ª) Sarney, como bom urubu que é, faz esta proposta de forma demagógica e oportunista por conta do sentimento de milhões de brasileiros/as, comovidos/as ao extremo por conta das chocantes cenas ocorridas em Realengo, semana passada. E dessa maneira aproveita-se da situação para promover mais uma "politicanalhice" pura.

O senador maranhense, eleito pelo Amapá, quer fazer crer (mais uma vez, diga-se de passagem) ao povo brasileiro que a raiz da violência está no comércio de armas e munição em nosso país. Como bom membro da elite brasileira, procura com isso fazer a discussão pelo seu efeito e não pela sua causa. Com isso pretende mais uma vez ludibriar a opinião pública nacional.

O assassino de Realengo atende pelo nome de Wellington, mas poderia muito bem ser José, Antonio, Marcos, ou mesmo Sandra, Mônica, Maria. Qualquer um/a poderia ter protagonizado aquelas cenas de horror que assistimos no Rio de Janeiro. Como também o local poderia ser outro qualquer, tipo São Paulo, João Pessoa, São Luís. As causas do que ocorreu na escola Tasso da Silveira poderiam se reproduzir em qualquer escola pública (ou particular) de nosso país e suas causas não estão direcionadas apenas para o perfil do assassino, mas sim pelas razões político-sociais que a classe trabalhadora brasileira passa em nosso país.

Esta classe trabalhadora é superexplorada pelo capitalismo e, além dessa exploração, é também oprimida pelo machismo, racismo e homofobia. O capitalismo e seus possuidores e/ou representantes, como José Sarney e tantos outros, estão pouco se lixando para os problemas cotidianos que nossa classe sofre. Querem apenas manter esse status quo (cenário) para se perpetuarem no controle da situação.

Nossa sociedade, da forma como está organizada hoje, só faz gerar personalidades como a de Wellington Menezes. É sabido hoje que o jovem assassino de Realengo passou por problemas seríssimos de bullying na escola onde estudava, a mesma onde ele promoveu o massacre de jovens indefesos. E o que a escola fez para identificar e resolver este problema? Nada ou quase nada, como se sabe até agora. E de quem é a responsabilidade sobre isso?

O principal responsável por isso é o Estado brasileiro, que ano após ano, corta as verbas da educação pública e, com isso, faz com que as escolas deixem de contratar profissionais qualificados para fazer este trabalho no interior das escolas, como psicólogos, assistentes sociais, orientadores educacionais. O governo Dilma acaba de cortar mais de R$ 50 bilhões do orçamento deste ano e mais uma vez tal medida prejudicará ainda mais a área social, como Educação. E quem sofre com isso na ponta da tabela são os profissionais da educação pública, que terão que se virar para dar conta da precária situação por que passam as escolas públicas de nosso país, do Oiapoque ao Chuí.

Wellington Menezes poderia até ter tentado fazer o que fez, mas se houvesse um acompanhamento correto por parte da escola, isso poderia ter sido evitado. Mas o Estado brasileiro e seus dirigentes - presidente, governadores e prefeitos - não estão preocupados com isso, mas sim em procurar dar mais dinheiro público às escolas e universidades particulares e garantir o sono tranquilo dos banqueiros através da alta taxa de juros, as maiores do planeta.

Há muito tempo que é sabido por toda a sociedade que o espaço escolar atual tem sérios problemas, inclusive de segurança. Mas isso só entra em debate quando é período eleitoral e os representantes do capitalismo, ao se lançarem candidatos, ADORAM afirmar que em seu governo "educação é prioridade". Depois, quando eleitos, podemos assistir na prática a tal prioridade na educação. Corte de verbas, desrespeito a direitos trabalhistas elementares, assédio moral e sexual e muito mais.

Assim, é reconfortante para Sarney e outros aparecerem agora e sugerirem um plebiscito sobre o comércio de armas e munição em nosso país. Como se a vitória nesse plebiscito que eles pretendem (proibir o comércio de armas e munição) fosse realmente resolver o problema.

Assim como em 2005, somos CONTRÁRIOS ao desarmamento! Querem com isso desarmar o povo trabalhador e fazer com que o Estado, através de seu aparelho repressor, assuma a condição de protetores da sociedade. Mas quem confia, em sã consciência, na polícia como ela está organizada atualmente?

Da forma como é a proposta, os bandidos continuarão a ter armas e o povo ficará desprotegido, à mercê de uma polícia que a população não confia. Além de que a proibição do comércio de armas e munição, caso seja vencedora, NÃO acabará com o tráfico ilegal de armas e munição. Pois este existe hoje e continuará existindo após o plebiscito, com a conivência do Estado e de seus aparelhos de repressão.

* Antonio Ferreira Lima Neto é professor de História e sindicalista em João Pessoa (PB), e integrante da CSP-Conlutas. Texto publicado originalmente no blog http://antonioradical.blogspot.com

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Internacional

Sindicato do setor privado da Grécia convoca greve para 11 de maio

ATENAS - O sindicato do setor privado da Grécia (GSEE) convocou nesta segunda-feira, 18, uma greve de 24 horas para 11 de maio para protestar contra as mais recentes medidas de austeridade do governo.

Num comunicado, o sindicato, que possui 800 mil trabalhadores filiados, disse que as medidas continuam a pesar mais sobre os "assalariados, aposentados e desempregados, que têm de carregar o peso da crise".

Com informações do jornal O Estado de S. Paulo - 18/04/2011

Nacional

28 de abril: Unificar as mobilizações no dia nacional de lutas

A principal atividade da CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular) no calendário de mobilização deste mês será a construção do dia nacional de lutas em 28 de abril. Este dia foi definido por todas as entidades e movimentos que participam do espaço nacional de unidade de ação: CSP-Conlutas, Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), Cobap, Intersindical, MTST, MTL, Anel, Cnesf, entre outras entidades combativas do movimento sindical e popular.

Ataques do novo governo
Dilma acaba de completar três meses de governo, mas, apesar do pouco tempo, já ficou clara sua política de ataques aos trabalhadores e à maioria do povo. Foi assim com o aumento absurdo no salário dos políticos do Congresso, principalmente em comparação com o reajuste abaixo da inflação para o salário mínimo, com o aumento dos juros e as medidas contrárias aos direitos do funcionalismo público federal, especialmente a proposta de congelamento dos salários dos servidores.

A presidente realizou ainda o maior corte da história no orçamento da União, no total de R$ 50 bilhões, atingindo principalmente as verbas das áreas sociais, como saúde, educação e programas sociais.

Mais reformas neoliberais
Neste momento, estão em discussão no governo as propostas de reforma tributária e da nova reforma da Previdência. A grande imprensa vem divulgando, a partir de declarações de ministros e fontes ligadas ao próprio governo, as possíveis medidas que serão adotadas.

Está sendo pensada uma reforma tributária que, entre outras iniciativas, reduziria a contribuição patronal no financiamento da Previdência Social, e uma nova reforma da previdência que criaria a idade mínima para se aposentar por tempo de contribuição.

Em vez de simplesmente acabar com o famigerado fator previdenciário, o governo Dilma, com apoio e conivência das centrais sindicais governistas, está propondo substituí-lo pelo chamado fator 85/95, que condenaria os trabalhadores a ter direito à aposentadoria integral somente quando a idade somada ao tempo de contribuição atingisse 85 anos, no caso das mulheres, e 95, no caso dos homens.


Unificar as lutas
Portanto, não faltam motivos para sairmos à luta. O objetivo da CSP-Conlutas é unificar, num mesmo dia de luta, todas as mobilizações das campanhas salariais com as mobilizações do movimento popular e estudantil. Precisamos organizar um amplo movimento nacional que derrote os ataques dos patrões, do governo Dilma, dos governos estaduais e das prefeituras, e que consiga nossas reivindicações.

Após o dia 28 de abril, a CSP-Conlutas estará com outras entidades, movimentos e organizações políticas, em todo o país, na construção de atos classistas, de luta e socialistas no dia 1º de maio, Dia Internacional dos Trabalhadores.

Transparência

PRESTAÇÃO DE CONTAS DO MÊS DE JANEIRO DE 2011 - SINDSAÚDE SÃO GONÇALO

Repasse do Servidor (JANEIRO) R$ 2.566,33
Saldo de DEZEMBRO R$ 153,96
Saldo R$ 2.720,29

DESPESAS FIXAS

Repasse de 25% para Sindsaúde Estadual - R$ 641,58
Papel de luz - R$ 3,36
Papel de água - R$ 24,98
Aluguel - R$ 220,00
Internet - R$ 50,00
Telefone - R$ 60,00
Advogada - R$ 560,00
Jornalista - R$ 300,00
Prestação de serviço (Secretária) - R$ 100,00

VALOR R$ 1.959,52

DESPESAS NÃO FIXAS

Mobilização (passagens, aluguel de carro, combustível, táxi, carro de som e refeições)

Passagens - R$ 85,00
Táxi - R$ 50,00
Refeições - R$ 75,00
Material de (Xerox boletim mensal e notas) - R$ 86,00
Faixina - R$ 30,00
Tarifa bancária - R$ 21,00
Valor - R$ 347,00
Despesas totais - R$ 2.306,52

Saldo R$ 413,77

Transparência

PRESTAÇÃO DE CONTAS DO MÊS DE FEVEREIRO DE 2011 - SINDSAÚDE SÃO GONÇALO

Repasse do Servidor (FEVEREIRO) R$ 2.561,77
Saldo de JANEIRO R$ 413,77
Saldo R$ 2.975,54

DESPESAS FIXAS

Repasse de 25% para o SindSaúde estadual - R$ 640,44
Papel de luz - R$ 3,33
Papel de água - R$ 24,98
Aluguel R$ 220,00
Internet - R$ 50,00
Telefone R$ 60,00
Advogada - R$ 560,00
Jornalista - R$ 300,00

VALOR R$ 1.858,78

DESPESAS NÃO FIXAS

Mobilização (passagens, aluguel de carro, combustível, táxi, carro de som e refeições)

Passagens - R$ 165,00
Passagens (base assembleia) - R$ 15,00
Aluguel de carro - R$ 120,00
Combustível - R$ 80,00
Táxi - R$ 50,00
Carro de som - R$ 120,00
Refeições - R$ 30,00
Material de (Xerox boletim mensal e notas) - R$ 11,90
Material copa - R$ 15,60
Assessória jurídica (custas processuais) - R$ 150,00
Água Mineral - R$ 3,50
Tarifa bancária - R$ 21,00
Valor - R$ 782,00
Despesas totais - R$ 2.640,78

Saldo - R$ 334,76

Deu na Imprensa

Bullying já afeta 84,5% dos estudantes no Rio

O Globo

Uma pesquisa sobre bullying nas escolas do Rio revela que a grande maioria dos alunos - 84,5% dos entrevistados - já foi vítima (40,4%) ou conhece alguém que sofreu agressões físicas ou psicológicas no colégio (44,1%).

O levantamento, feito pelo Instituto Informa, mostra que o problema é mais grave nas unidades municipais. O percentual chega a 90,2% na rede municipal, contra 82,8% nos colégios particulares, e 72,7% nos estaduais.

Atos de intimidação e violência ocorrem, principalmente, no ensino fundamental. Por isso a menor incidência na rede estadual, que tem foco no ensino médio, mostra reportagem de Ludmilla Lima, publicada pelo GLOBO nesta segunda-feira.

Conforme O GLOBO revelou, domingo, as escolas ignoram uma lei estadual que obriga instituições de ensino a comunicar os casos de agressão entre alunos à polícia ou aos conselhos tutelares.

O bullying foi usado como justificativa pelo autor do massacre de Realengo. Welington Menezes de Oliveira, que tinha problemas mentais, matou 12 estudantes da Escola Municipal Tasso da Silveira, no último dia 7 de abril.

Durante a pesquisa, o instituto entrevistou 830 estudantes de 10 e 16 anos. Do total, 40,4% confirmaram já ter sido vítimas de bullying, e 44,1% disseram conhecer pessoas que foram alvo de perseguição.

Uma das constatações mais preocupantes da pesquisa revela que 93,1% dessas pessoas disseram que não houve qualquer tipo assistência psicológica às vítimas.

De acordo com a consulta, o problema mais comum são os apelidos pejorativos, que representam 42,7% dos casos. Deboches coletivos (18,8%) e ofensas pessoais (13,7%) vêm em seguida. Das vítimas, 57,9% não reagiram às agressões, e 19,4,2% pensaram em vingança. E 71% das pessoas que foram alvo conseguiram superar o trauma.

Fonte: O Globo - 18/04/2011

Atenção Trabalhadores!

SINTE SÃO GONÇALO FARÁ REUNIÃO NA ESCOLA VICENTE DE FRANÇA

O Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinte São Gonçalo) vai se reunir com os servidores da Escola Municipal Vicente de França, no Amarante, no dia 29 de abril. O sindicato fará três reuniões, nos períodos da manhã (9h), tarde (15h) e noite (19h). O objetivo é debater com os trabalhadores os problemas enfrentados pela unidade de ensino, conforme deliberado em assembleia da categoria. Depois da E.M. Vicente de França, o Sinte visitará as escolas Jéssica Débora, Maurício Fernandes e Dom Joaquim. As datas das próximas visitas ainda serão definidas.

sábado, 16 de abril de 2011

Deu na Imprensa

Trinta escolas precisam de reformas urgentes em Natal

Trinta das setenta e uma escolas municipais de Natal precisam de reformas estruturais urgentes. A constatação faz parte de um dossiê elaborado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do RN (Sinte/RN) que visitou 55 escolas municipais e fez o levantamento das condições estruturais de cada uma. O dossiê será entregue ao Ministério Público Estadual, Câmara Municipal dos Vereadores, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RN) e Secretaria Municipal de Educação (SME), no dia 5 de maio.

De acordo com o relatório, que está em fase de conclusão, das escolas visitadas 25 estão com problemas elétricos, 17 apresentam problemas nos banheiros e 25 precisam de material pedagógico. Na E.M. Djalma Maranhão, no bairro de Felipe Camarão, as aulas ainda não foram iniciadas porque o teto de algumas salas de aula ameaça desabar e os banheiros estão entupidos. "A reforma começou esta semana", justificou a coordenadora Eloine Maria. A expectativa da SME é que as aulas sejam iniciadas na próxima semana.

Na E.M. Dalva de Oliveira, no bairro Nossa Senhora da Apresentação, também foram encontrados problemas graves. Parte do teto da sala dos professores caiu e ainda não foi consertado. A edição de quinta-feira do Diário de Natal trouxe uma reportagem sobre a E.M. José Sotero, no bairro de Igapó, que está tendo aula em esquema de rodízio porque os tetos de duas salas que desabaram em novembro do ano passado ainda não foram consertados. Na edição de ontem o DN trouxe a notícia de uma estudante de Escola Municipal Maria Alexandrina Sampaio que foi atingida por um refletor que caiu da quadra de esportes.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Deu na Imprensa

Refletor cai e fere aluna de escola em Natal

Um refletor da quadra de esportes da Escola Municipal Maria Alexandrina Sampaio, localizada no conjunto Parque das Dunas, caiu na cabeça da estudante do Ensino Fundamental Maria Edilânia, no final da manhã de ontem. A menina foi levada pela equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do conjunto Pajuçara, Zona Norte de Natal.

O pediatra que atendeu a menina, Shekson Ribeiro, disse que ela chegou à unidade por volta de 11h50 com um corte na testa, porém consciente. "Fizemos um raio-x e constatamos que não havia fratura, por isso fizemos a sutura com cinco pontos e liberamos a paciente", declarou o médico. Em seguida, a equipe de reportagem do Diário de Natal esteve na escola na tentativa de saber mais informações sobre o ocorrido com o diretor Roberto de Oliveira Araújo, entretanto ele entrou na instituição sem falar com a imprensa. Enquanto isso, alguns alunos do turno noturno que estavam na calçada da escola diziam que a instituição enfrenta sérios problemas de infraestrutura como falta de iluminação, de ventiladores e, inclusive, um enxame de abelhas divide o espaço com os alunos na quadra esportiva.

Segundo o porteiro, o diretor estava acompanhando uma equipe da Secretaria Municipal de Educação em uma vistoria pela escola. Depois de aproximadamente 40 minutos, a equipe e o gestor saíram sem prestar qualquer esclarecimento sobre o acidente. O receio dos profissionais da escola era tanto que os alunos foram impedidos de se aproximar do portão para evitar qualquer contato com os jornalistas que aguardavam o diretor.

Fonte: Diário de Natal - 15/04/2011

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Gasolina em Natal

A maior margem de lucro do país

Dados repassados pela BR Distribuidora ao Procon/RN confirmam que a gasolina vendida em Natal pelos postos da bandeira BR está entre as três mais caras do Brasil, gerando o maior lucro bruto por litro para os postos de gasolina em todo o território brasileiro. Segundo as informações da distribuidora, o preço médio da gasolina repassada aos postos é de R$ 2,39, enquanto o preço médio de venda ao consumidor é de R$ 2,99%, uma margem de lucro de 25%, a maior do país.

Fonte: Diário de Natal - 13/04/2011

terça-feira, 12 de abril de 2011

Artigo

Podiam ser nossos filhos!

Miguel Malheiros, do Rio de Janeiro

Manhã do dia 7 de abril de 2011. O trânsito começa a ficar realmente complicado. As TVs apresentam as imagens das câmeras da CET-Rio e mostram os caminhos menos engarrafados. Nos rádios repórteres aéreos localizam os pontos congestionados. Ouvintes telefonam, opinam. Mais um dia de "normalidade” no caos urbano.

Num repente, a “normalidade” do caos é quebrada. À bala, o sagrado espaço da sala de aula é violado. 12 estudantes, 10 meninas e 2 meninos, tem suas vidas interrompidas pelas balas de dois revólveres do assassino Wellington Menezes de Oliveira. Ele mesmo um jovem: 23 anos. Impactadas, as pessoas se perguntam: Por quê?

Antes de tudo, solidariedade às vítimas e seus familiares. Cada um e cada uma das vítimas tinham irmãos, irmãs, primas e primos, pai, mãe, avós e avôs. Tios e tias. É a dor terrível da quebra da tendência natural da geração mais jovem sobreviver à geração mais velha.

Os bilhetes, flores, cartazes, afixados nos muros da escola mostram a dor e a solidariedade da população. Foram os filhos e filhas da nossa classe, a classe trabalhadora, que tombaram sob as balas assassinas. Neste momento, somos todos pais e mães, estudantes, professores, professoras, funcionários e funcionárias da Escola Municipal Tasso da Silveira. As balas na cabeça de nossos filhos e filhas atingiram nossos corações, e essa também é a nossa dor.

Dez meninas e dois meninos assassinados, chacinados

Wellington Menezes de Oliveira, assassino suicida. 23 anos, vítima de bullying quando estudante, passou pelas cadeiras escolares e seus problemas mentais não foram identificados. Ou não se teve mecanismos para encaminhar seus problemas. Não recebeu nenhum tratamento diferenciado.

O governo Dilma acaba de cortar 50 bilhões do orçamento da União. Continua a velha política de garantir os interesses dos banqueiros daqui e de fora. A política de seguir pagando a dívida pública à custa do resgate da dívida social. Mais de 3 bilhões cortados só na educação. Dilma não está sozinha. Antes dela, Lula, FHC, Itamar, Collor, Sarney, os governos da ditadura... A política de priorizar os interesses dos ricos e poderosos tem suas consequências.

Na prefeitura e no governo do estado, Eduardo Paes e Sergio Cabral privatizam espaços escolares, transferem recursos públicos da educação para a iniciativa privada. Atacam a aposentadoria, mantêm salários rebaixados.

A consequência é escolas fisicamente sucateadas. O ambiente escolar, por essa combinação de diferentes elementos, deixa de ser atrativo, não responde aos anseios dos estudantes que a frequentam, tão pouco aos anseios dos profissionais que a impulsionam.

Hoje o espaço escolar, infelizmente, é palco de diferentes formas de violência. Bullying, brigas violentas, agressões – físicas até – a professores.

Não é que faltem somente professores. As escolas públicas não possuem coordenação pedagógica, faltam psicólogos, assistentes sociais, pedagogos, médicos, dentistas. Faltam inspetores, porteiros, faltam professores.

Salas de aula lotadas, 30, 35, 40 estudantes em uma turma. Baixos salários obrigando a dobras de vários tipos, obrigando a ter vários empregos. Tudo isso impede qualquer tipo de atendimento mais individualizado por parte dos profissionais da educação.

Hoje uma professora ou um professor, mal consegue identificar nos estudantes problemas visuais ou motores, que dirá problemas mentais. Quando suspeitam do problema não há canais para encaminhar. Na escola não há profissionais capacitados para dar tratamento a estes problemas. Porém, também não estão na rede pública de saúde.

Ou seja, o capitalismo visa o lucro, desumaniza os seres humanos, produz doentes da sociedade, mas tratá-los, se não dá lucro, não será feito. A consequência, hoje, 10 meninas e 2 meninos assassinados, chacinados.

TV's, rádios, revistas, jornais, vídeos-game banalizam a violência. A pobreza e seus dramas inevitáveis são ridicularizados e explorados. O lucro fácil colaborando com a desumanização. Colaborando com a banalização da violência, onde homicídios passam a ser triviais. Ajudam, dessa forma, a abrir caminho para mais violência urbana, agora combinada com doses de fanatismo religioso.

Os mesmos rádios, TV's e jornais que banalizam diariamente a violência uivam por detectores de metal. Clamam por colocar pessoas armadas nas escolas. Lobos escondidos em peles de cordeiros, o que vocês querem realmente é mais controle social sobre a pobreza. Mais contenção social. Já não bastam as grades, os portões de ferro? Nossas escolas se assemelham mais a prisões que a um espaço de construção de seres humanos.

Ninguém viu que Wellington sofria intensamente. Ninguém viu que a família de Wellington estava despedaçada. Ninguém viu que dentro de Wellington a loucura crescia. Ter surgido um Wellington, no Brasil, foi só uma questão de tempo.

Imitação da tragédia, o assassino suicida copiou os ataques às escolas que não são raros nos Estados Unidos. O mais importante país desse sistema econômico em que vivemos, o sistema capitalista.

Wellington, assassino suicida, 23 anos, é fruto desse sistema. Esta é a sociedade onde um punhado de pessoas explora o trabalho de milhões e milhões de seres humanos. É no capitalismo onde o homem é lobo do homem.

Este é o sistema onde os seres humanos são desumanizados. São bestializados. São transformados em monstros. Embrutecidos, alguns se transformam em feras, animais. Sem perspectiva de vida, ou seja, sem perspectivas de realizar-se como seres humanos, o inumano floresce. Desemprego; baixos salários; trabalhos embrutecedores, alienantes. Um mundo onde o ter vale mais que o ser, onde a competição e o individualismo são incentivados, e a solidariedade e a fraternidade são vistas como curiosidades. O resultado é a cada vez maior desumanização. O mais belo do ser humano é esmagado todos os dias.

Este é o sistema, e o caldo de cultura, que geram assassinos suicidas no Rio de Janeiro ou em Columbine, nos EUA. É sintomático que Wellington tenha buscado mulheres, tenha buscado, preferencialmente, meninas para assassinar. Não há capitalismo sem machismo.

Dez meninas e dois meninos assassinados. Entre eles podia estar sua filha, podia ser seu estudante. Não foram poucos os professores a refletir: podia ter sido na minha escola, em minha sala de aula.

Wellington puxou o gatilho, mas não matou sozinho. As 10 meninas e os 2 meninos, cuja juventude foi tão violentamente interrompida, são vítimas do assassino, mas também são vítimas daqueles que lucram com este sistema econômico. São vítimas dos agentes dos ricos e poderosos instalados nas prefeituras, governos estaduais e no governo da União.

A luta pelo resgate da dívida social, contra o corte de verbas – que em última instância engorda o bolso dos banqueiros – a luta por salário, por melhores condições de trabalho e de vida, por moradias dignas e pela reforma agrária, são parte integrante da luta contra a desumanização.

Porém, estas lutas têm seus limites. É necessário ir além. É preciso cotidianamente fazer a ponte entre essas lutas imediatas e a luta pelo fim desse sistema desumanizador. A luta pela construção de uma sociedade sem explorados nem exploradores. A luta por um mundo onde homens e mulheres sejam realmente livres.

A luta por uma sociedade onde o homem ser lobo do homem faça parte da pré-história humana. A luta contra a barbárie, a luta pelo socialismo, coloca-se mais que nunca na ordem do dia. Impõe-se pela realidade.

Sim, a vida é bela. Mas para que a geração futura possa livrá-la de todo o mal para poder desfrutá-la plenamente, depende de poder sobreviver. Depende de ter garantido o mais básico dos direitos: o direito à vida.

Às 12 vítimas um compromisso: seguiremos lutando por esse mundo sem explorados nem exploradores. Seguiremos lutando para que a expressão: lugar de criança é na escola, seja sinônimo de um espaço livre de opressão, livre de violência. Um espaço onde a infância possa ser exercida plenamente e o melhor do ser humano possa florescer.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Desrespeito

Direção Estadual do Sindsaúde faz festas ao invés de organizar a luta dos servidores

A direção estadual do Sindsaúde/RN não tem feito o que um sindicato realmente precisa fazer. Ao invés de estar organizando as muitas lutas dos servidores municipais de Natal e do Estado, a atual diretoria prefere realizar festas pelo interior do RN. Já houve uma em Mossoró e outra está programada para Assu. O objetivo desta direção não é outro senão tentar ganhar os votos dos trabalhadores para as próximas eleições do Sindsaúde, em 2012, promovendo apenas atividades de lazer.

Enquanto a direção estadual do Sindsaúde faz festas, os servidores do Estado sofrem com o atraso no pagamento do terço de férias e dos plantões eventuais (indenizações). E o pior: além de não organizar a luta dos trabalhadores para cobrar do governo esses direitos, a diretoria estadual do sindicato ainda aceitou a proposta de parcelamento feita pela governadora Rosalba Ciarlini (DEM). Dessa forma, um trabalhador que tirou férias em fevereiro desse ano, por exemplo, só irá receber seu terço de férias em agosto. Como se não bastasse, a direção estadual do Sindsaúde aceitou uma proposta do governo sem consultar os servidores e sem realizar assembleia. A única assembleia convocada foi para discutir questões da área de lazer.

Direção estadual ataca autonomia de Mossoró

No dia 24 de março, a direção estadual do Sindsaúde veio a Mossoró para realizar um plantão jurídico com seu advogado. Um tremendo desrespeito, já que a Regional de Mossoró possui um advogado que atende os sócios toda semana. Além disso, a direção estadual esconde de Mossoró muitas informações, não convoca para cursos e ainda realiza atividades no município sem avisar aos diretores da Regional. Dessa forma, a estadual ataca a autonomia do sindicato em Mossoró e passa por cima de sua direção.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Movimento

Greves paralisam obras do PAC

Maus tratos, superexploração, baixos salários e mortes revoltam e levam quase 100 mil trabalhadores a cruzarem os braços

Uma onda de greves se espalhou pelas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em todas as regiões do país. No total, o número de trabalhadores que cruzaram os braços aproxima-se de 100 mil.

O tema ganhou maior evidência a partir dos episódios ocorridos nas obras de construção da hidrelétrica do Rio Madeira (Jirau e Santo Antônio), em Rondônia, onde 35 mil trabalhadores levantaram-se contra uma situação de total humilhação, desrespeito e superexploração.

No Ceará, nas obras da refinaria do Pecém, aproximadamente seis mil cruzaram os braços e exigem melhores condições de trabalho, enquanto outros 40 mil pararam suas atividades e realizaram protestos nas obras da refinaria Abreu e Lima e no pólo petroquímico em Suape, no estado de Pernambuco. Em Caraguatatuba, litoral de São Paulo, são aproximadamente três mil em greve, entre trabalhadores das obras e petroleiros da Unidade de Tratamento de Gás de Caraguatatuba (UTGCA) da Petrobras.

A última reação dos trabalhadores aconteceu nas obras da hidrelétrica de Mato Grosso do Sul onde, após um segurança agredir um trabalhador e atirar dentro do canteiro, houve manifestações que tiveram como consequência a queima de vários alojamentos.

Nas obras, o trabalho “mortifica” o homem!

O que estamos assistindo nessas manifestações é a revolta de milhares de trabalhadores contra uma situação insuportável, fruto do abuso das empreiteiras, da omissão do Estado e do aprofundamento de uma prática sindical de colaboração de classes e atrelamento desses “dirigentes” aos governos, especialmente ao governo federal.

É nesse quadro que as velhas práticas de humilhação, desrespeito, violência e preconceito são introduzidas e se espalham entres esses milhares de operários concentrados nas obras do PAC. Dessa maneira, grandes empreiteiras sentem-se à vontade para impor as mais atrasadas e nefastas formas de tratamento a seus empregados.

Um levantamento feito pelo jornal O Globo em 21 grandes empreendimentos do PAC registrou-se a morte de 40 trabalhadores. Apenas em Jirau já foram seis. Há um processo desenfreado de subcontratação e terceirização que provoca grandes diferenças salariais entre trabalhadores com a mesma profissão e num mesmo canteiro de obra. Grande parte dos operários vem de diversas cidades e regiões distantes e fica “alojada” no local da construção. Na maioria dos casos, eles só têm direito a uma “folga”, de apenas uma semana, a cada 120 dias trabalhados.

Como disse um operário, “na obra tem fila pro banheiro, fila pro almoço, fila pra receber o salário, tem fila pra tudo”. Todo esse cenário também ocorre em meio a uma pressão violenta dos encarregados e chefes de campo, que maltratam os trabalhadores. As empreiteiras adotam fortes esquemas de “segurança” que, como podemos ver nos noticiários, agridem e oprimem os operários frequentemente.

Humilhados e com baixos salários, sentem as dores da distância e da perda, sem amparo, nem proteção. Até mesmo o sindicato que devia defendê-los atira contra eles, como ocorreu em Suape e Rondônia. No Jirau, dois sindicatos (um filiado à Força Sindical e outro à CUT) se enfrentam numa disputa de representação, enquanto o caos segue no canteiro da obra.

Quem lucra com a superexploração

No entanto, se os trabalhadores sofrem com a falta de amparo, as obras do PAC são um verdadeiro presente para as empreiteiras. Todas elas contam com generoso financiamento público através do BNDES. Só em 2009, os empréstimos do banco para infraestrutura chegaram a quase R$ 49 bilhões. Para a construção civil, o volume foi de R$ 6,6 bilhões. O montante representou mais de 40% de todo o empréstimo feito pelo banco em 2009. Ou seja, o financiamento público das obras do PAC garante lucro certo às empreiteiras que, para aumentar sua taxa de retorno, impõem esta situação de barbárie nos canteiros de obras.

Mas as empreiteiras agradecem a generosidade do governo petista com polpudas doações de campanha. Na eleição passada, as construtoras doaram para a campanha de Dilma mais de R$ 107 milhões, o que representou 41% das doações para a candidata e para o Diretório Nacional do PT. As principais doações vieram da Camargo Corrêa (R$ 13 milhões), Andrade Gutierrez (R$ 15,7 milhões), OAS (R$ 9,7 milhões), Queiroz Galvão (7,8 milhões) e Odebrecht (R$ 2,4 milhões). Todas elas tem contratos com as obras do PAC.

Fonte: CSP-Conlutas

Atenção Trabalhadores!

Natal/RN

Sem merenda, alunos são liberados no intervalo

Há quase um ano, na Escola Municipal Mereci Gomes, no Passo da Pátria, Zona Leste de Natal, as aulas terminam às 10h. Falta um muro de proteção que separe as 400 crianças do Canal do Baldo, que passa por dentro da unidade, e pode ser considerado um local de risco. Nessa semana, a situação piorou com a falta de merenda, forçando o horário a sofrer nova redução, para 9h. Os pais dos alunos estão revoltados com a situação e questionam quando essas aulas serão repostas. A Secretaria Municipal de Educação promete terminar o muro em 60 dias e disponibilizou recursos para a merenda.

Gilton Sérgio de Medeiros, pai de uma estudante de sete anos, relatou que na última segunda-feira faltou o lanche dos alunos e eles foram liberados às 9h. "Assim que o ano começou os professores fizeram greve. Quando as aulas voltaram, a direção chamou os pais e comunicou que o horário seria até às 10h porque o muro não foi terminado. Agora, vem dizer que não tem merenda", reclamou o pai. "Ano passado colocaram uma madeira para segurar o muro. Depois caiu e terminou que a aula precisou acabar mais cedo. Eu sei que a escola faz isso para proteger as crianças, mas elas não podem ser prejudicadas por tanto tempo".

A diretora da escola, Maria Aparecida Barbosa, falou que o muro vem sendo construído desde o ano passado, e a partir dessa data as aulas passaram a terminar às 10h. "A secretaria não deu previsão para a conclusão", salientou. A diretora explicou que nas últimas chuvas o Canal do Baldo transbordou e criou buracos no entorno da escola. A Prefeitura decidiu fazer o muro para afastar as crianças da área de risco, mas a obra nunca foi concluída. "Não tem como repor as aulas, já estamos fazendo um calendário para resolver as que não foram dadas com a greve", disse a diretora.

Sobre a merenda escolar, Aparecida afirmou que o repasse foi feito pela Prefeitura na última segunda-feira. Porém, com o dinheiro foi possível comprar apenas biscoitos, polpas de fruta e açúcar. Aparecida não nega que os problemas relativos à merenda sejam repetitivos. A falta de alimentação também tem atingido outras escolas do município.

Promessa

A Secretaria Municipal de Educação informou que a conclusão do muro será feita com a verba emergencial liberada pela Prefeitura nesta semana. A prefeita de Natal, Micarla de Sousa, assinou na segunda-feira uma ordem de serviço para reformar emergencialmente 55 escolas da rede. A assessoria explica que o alambrado do muro será feito junto com a revisão da cobertura ginásios esportivos, e das redes elétrica e hidráulica. O prazo é de 60 dias. Em relação à merenda, o órgão informou que o secretário, Walter Fonseca, autorizou o repasse para todas as escolas. Porém, algumas apresentaram problemas na documentação. No caso da Mereci Gomes, a assessoria disse que foi feito um repasse no dia 28 de março de R$ 306. No dia seguinte foi repassado mais R$ 1,2 mil e no dia 1º de abril foi feito o último de R$ 2.346.

Fonte: jornal Diário de Natal - 07/04/2011

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Denúncia

CORPO DE BOMBEIROS INTERDITA ESCOLA ESTADUAL MONSENHOR CELSO CICCO

A Escola Estadual Monsenhor Celso Cicco, em Ceará-Mirim/RN, foi interditada no início da tarde de ontem (5) pelo Corpo de Bombeiros após inspeção realizada no prédio. Toda a estrutura da escola apresenta risco para alunos e funcionários. Para se ter uma ideia da situação, os bombeiros constataram que o teto das salas de aula está comprometido e ameaça desabar. Além disso, boa parte da instalação elétrica está exposta e oferece risco de choques e incêndio. Em um dos banheiros da escola, por exemplo, ninguém pode tocar as paredes sem receber choques elétricos. O Corpo de Bombeiros fotografou todas as irregularidades e fechou o prédio. A Secretária Estadual de Educação será informada para que providências sejam tomadas para resolver a situação.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Educação

Após denúncias do Sinte, Promotor de Justiça de São Gonçalo inspeciona escolas do município

Nos dias 17 e 23 de março, o Promotor de Justiça de São Gonçalo do Amarante/RN, Mac Lennon Lira dos Santos Leite, inspecionou oito escolas do município com o objetivo de apurar diversas irregularidades. A visita do Promotor foi motivada por denúncias feitas pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação de São Gonçalo (Sinte). No primeiro dia, foram inspecionadas as escolas municipais Dom Joaquim, Baixinhos Educados, Varela Barca e Maurício Fernandes. Nestas unidades de ensino, foram encontradas falhas na instalação elétrica, ausência de refeitórios e carteiras quebradas, além de infiltrações e mofo nas paredes. Salas de aula quentes e sem ventilação também foram vistas pela Promotoria.

No dia 23 de março, data da segunda visita do Promotor Mac Lennon, as escolas inspecionadas foram Maria das Neves, Vicente de França, Poti Cavalcanti e Francisco Potiguar. Nestas unidades de ensino, também foram encontrados vários problemas, mesmo as escolas tendo passado por reformas. Telhado quebrado, rachaduras no teto, cupim, ventiladores sem funcionar, presença de baratas nas dependências dos prédios e esgotos abertos. Foi esse o cenário visto pela Promotoria: o descaso completo do prefeito Jaime Calado (PR) com a educação do município.

O Promotor Mac Lennon ainda presenciou uma situação que ultrapassou os limites do absurdo. Na Escola Municipal Francisco Potiguar, foram encontrados vários pacotes de cuscuz com validade vencida. E o pior: o Promotor foi informado de que no dia anterior a merenda servida foi cuscuz. Ou seja, os estudantes receberam alimento fora da validade, prova de que a Prefeitura além de não se preocupar com a qualidade da educação também é irresponsável com a saúde das crianças.

Após a inspeção nas escolas, o Promotor de Justiça informou que haverá uma reunião com o sindicato para anunciar as medidas a serem tomadas. Mas já pediu que alguns dos problemas encontrados fossem solucionados com urgência.

Diante das terríveis condições de estrutura das escolas, o Sinte/RN de São Gonçalo exige que nem a Prefeitura nem o Ministério Público esperem que aconteça no município o mesmo o que aconteceu em São Tomé no último dia 22 de março, quando as paredes de uma escola desabaram sobre os alunos e a professora.

Deu na Imprensa

Cesta básica fica mais cara na maioria das capitais do País

Levantamento do Dieese mostra que o conjunto de itens básicos subiu em 14 das 17 cidades pesquisadas em março

SÃO PAULO - O valor médio da cesta básica apresentou elevação em março, na comparação com fevereiro, em 14 das 17 capitais do País pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). De acordo com a Pesquisa Nacional de Cesta Básica, divulgada hoje pelo Dieese, as altas mais expressivas no preço do conjunto de produtos alimentícios essenciais foram observadas em Natal (6,19%), Salvador (4,90%), Vitória (4,88%) e Rio de Janeiro (4,33%).

No mês passado, houve queda apenas em Recife (-0,77), Manaus (-0,54%) e Brasília (-0,05%). Em São Paulo e Belo Horizonte, a cesta apresentou aumentos de 2,45% e de 0,87%, respectivamente. No primeiro trimestre de 2011, o conjunto de produtos acumulou variação positiva em 16 das 17 capitais que participaram do levantamento. As cestas das capitais que registraram as maiores variações foram as de Salvador (9,44%), Aracaju (9,36%) e Brasília (7,14%). Apenas Manaus teve variação negativa (-0,27%), enquanto as cestas de São Paulo e do Rio de Janeiro tiveram altas acumuladas de 0,92% e de 7,06%, respectivamente.

No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em março, todas as 17 capitais pesquisadas apresentaram variações acumuladas positivas, mas o Dieese destacou que apenas cinco localidades registraram aumentos acima de 10%: Fortaleza (19,99%), Natal (17,93%), Goiânia (17,22%), Vitória (11,23%) e Belo Horizonte (10,87%). Em São Paulo, por exemplo, a variação acumulada em 12 meses foi de 5,45% e, no Rio de Janeiro, de 8,15%. Em três cidades o aumento inferior a 4,0%: Porto Alegre (1,58%), Recife (3,84%) e João Pessoa (3,90%). O Dieese realiza, mensalmente, a Pesquisa Nacional da Cesta Básica em Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória.

Salário mínimo

Levantamento divulgado pelo Dieese mostrou que o salário mínimo do trabalhador brasileiro deveria ser de R$ 2.247,94 em março para suprir suas necessidades básicas e da família. A avaliação foi feita por meio da utilização da Pesquisa Nacional da Cesta Básica do mês passado, realizada pela instituição em 17 capitais do País.

Com base no maior valor apurado para a cesta em março, de R$ 267,58, em São Paulo, e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência, o Dieese calculou que o mínimo deveria ser 4,12 vezes superior ao piso em vigor no período, de R$ 545.

Em fevereiro, o salário mínimo necessário calculado pelo Dieese era menor, o equivalente a R$ 2.194,18. Em março de 2010, o valor era de 2.159,65.

O Dieese também informou que o tempo médio de trabalho necessário para que o brasileiro que ganha salário mínimo pudesse comprar em março o conjunto de bens essenciais aumentou, na comparação com o mês anterior e com o mesmo período do ano passado. Na média das 17 cidades pesquisas pela instituição, o trabalhador que ganha salário mínimo necessitou cumprir uma jornada de 96 horas e 13 minutos para realizar a mesma compra que, em fevereiro, exigia a execução de 95 horas e 9 minutos. Em março de 2010, a mesma compra necessitava a realização de uma jornada de 94 horas e 38 minutos.

Fonte: jornal O Estado de S. Paulo - 05/04/2011

Educação

SERVIDORES DA ESCOLA ESTADUAL MONSENHOR CELSO CICCO PARALISAM ATIVIDADES

Os servidores da Escola Estadual Monsenhor Celso Cicco, em Ceará-Mirim, decidiram, no dia 29 de março, paralisar as atividades até que o governo do estado tome providências para resolver a situação precária da escola. A Secretaria Estadual de Educação foi informada da decisão.

A Escola Monsenhor Celso Cicco apresenta graves problemas estruturais. As salas de aula possuem rachaduras e buracos, as janelas e o madeiramento cederam e há um déficit de 150 carteiras. A sala de vídeo e os banheiros estão sem condições de funcionamento. Além disso, a quadra de esportes foi interditada pelo Ministério Público e durante o ano letivo de 2010 os alunos do 6º e 7º anos da manhã não tiveram aulas de matemática por falta de professor.

Como se vê, o descaso com a educação pública também já é uma das marcas do Governo Rosalba (DEM).