quinta-feira, 20 de março de 2014

10 Anos Contra Reforma Sindical

CSP-CONLUTAS RELEMBRA OS 10 ANOS DO ENCONTRO CONTRA A REFORMA SINDICAL E TRABALHISTA, EMBRIÃO DA CONLUTAS


No dia 14 de março de 2014, o site da CSP-Conlutas publicou um texto relembrando os 10 anos do Encontro contra a Reforma Sindical e Trabalhista, que foi o início de nossa central sindical. O evento aconteceu em 2004, na cidade de Luiziania, Goiás. Confira o texto na íntegra:

Há exatamente dez anos, em 14 de março de 2004, acontecia em Luiziania (GO), o Encontro contra a Reforma Sindical e Trabalhista. As instalações da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI) ficaram pequenas para abrigar as 1.800 pessoas que estavam ali, número que superava em muito a expectativa dos organizadores.

As caravanas chegavam de todo o país, com ânimo e disposição pelos que vinham para organizar a luta contra o projeto de reforma do governo, aprovado no Fórum Nacional do Trabalho (FNT) e apoiado pelas centrais sindicais, inclusive a CUT.

Na época, o então presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Luiz Carlos Prates, o Mancha, dava o tom da atividade. “Não podemos deixar que os direitos duramente conquistados pelos trabalhadores sejam retirados. A reforma sindical é um golpe, que prepara o terreno para a reforma trabalhista, por isso precisamos resistir.”   O Encontro debateu a conjuntura nacional, as reformas e a Área de Livre Comércio das Américas (Alca), para ao final definir os encaminhamentos. Ali foi aprovado um calendário de mobilização para os meses seguintes e a formação de uma Coordenação Nacional de Lutas, surgindo assim o embrião da Conlutas, principal corrente da nossa Central, a CSP-Conlutas.

A presidente da Unafisco Nacional, Maria Lúcia Fattorelli, também coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida pela Campanha Jubileu Sul, estava na mesa sobre Alca e sentenciava: “É alarmante constatarmos que o governo já aplica medidas preparatórias para a implementação da Alca no país, como a liberalização e isenção tributária dos fluxos de capital financeiro, a flexibilização das normas aduaneiras – como o funcionamento em tempo parcial da aduana e a dispensa de visita da fiscalização às embarcações estrangeiras, aprovadas pela recente Lei 10.833/2003 -, e a reforma da Previdência.”   Ainda foi tema de debate o papel da CUT na condução do apoio à s reformas do governo.

O calendário de lutas apontava para a reprodução daquele encontro nos estados, a realização de seminários, plenárias e debates sobre a Reforma Sindical e Trabalhista, assim como a preparação de um 1º de Maio unitário, que pautasse, além das bandeiras tradicionais, o protesto contra a reforma do governo. Já convocava também para uma grande manifestação em Brasília contra essa reforma e em defesa dos direitos dos trabalhadores.

Segundo Zé Maria de Almeida, não era somente o número de presentes, mas a alegria presente eram expressões da importância da iniciativa como passo concreto na ruptura do bloqueio às lutas dos trabalhadores. “Não se trata apenas da revolta contra a reforma Sindical e Trabalhista, esse encontro expressou também uma explosão do descontentamento represado com o governismo da direção da CUT”, ressaltou.
A Coordenação Nacional de Lutas foi constituída nesse Encontro contando com a participação de todas as entidades que já tinham uma posição definida sobre a sua constituição. Era uma Coordenação aberta, permitindo que as entidades e setores pudessem aderir posteriormente.


Os números - O Encontro contava com 1.764 inscritos, 269 Sindicatos e Federações, assim divididos: 18 de Metalúrgicos, 28 de Professores (municipais, estaduais e universitários),  8 entidades representativas do Movimento Popular (sem-teto, campo, desempregados, aposentados) e 101 Funcionalismo (federal, municipal e estadual); assim como 114 de outras categorias e dez Oposições Sindicais.

Fonte: CSP-Conlutas

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