segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Greve no Gancho de Igapó

SERVIDORES DA EDUCAÇÃO EM GREVE REALIZAM ATO PÚBLICO NO GANCHO DE IGAPÓ

Atividade será unificada com os professores de Extremoz e Ceará-Mirim. Nova assembleia de São Gonçalo acontece na quinta (13)


Desde a última quinta-feira (6), os trabalhadores em educação de São Gonçalo do Amarante paralisaram suas atividades por tempo indeterminado por causa do descaso da prefeitura municipal com os trabalhadores e a educação pública de maneira geral.

O retorno da greve de agosto de 2013 vem em um momento importantíssimo para a luta dos educadores do Rio Grande do Norte, que atualmente se encontram em greve também na rede estadual. Além disso, outros municípios da região metropolitana somam-se à nossa greve, provando que ela é legítima. Extremoz foi a primeira a enfrentar a truculência do governo municipal e, na última sexta-feira (7), foi a vez de Ceará-Mirim voltar à greve.

Nesta terça-feira (11), às 8h, os servidores da educação desses três municípios irão unir suas forças e farão um grande ato público na Av. Tomaz Landim, na Zona Norte, no trecho mais conhecido como gancho de Igapó, denunciando à população a falência das escolas públicas da Grande Natal. Desde a semana passada, o Sinte-RN, núcleo de São Gonçalo, vem percorrendo as escolas municipais conversando com professores, pais e alunos sobre a necessidade da greve, o ato desta terça-feira será um grande passo para o fortalecimento da categoria. Por isso, convocamos todos os servidores a participar.

Já na quinta-feira (13), a categoria de São Gonçalo se reúne em nova assembleia para avaliar a primeira semana de greve e tirar encaminhamentos para os próximos dias de luta. O encontro será no Clube dos Correios, às 8h. Todos devem comparecer!

CAOS NAS ESCOLAS E RESISTÊNCIA DA PREFEITURA

Quase uma semana desde que a greve foi anunciada e até agora a prefeitura de São Gonçalo não se manifestou para tentar negociar com os servidores. Essa é a hora de nossa categoria mostrar sua força para este governo que não se cansa de perseguir os trabalhadores, negando e até retirando nossos direitos.

A prefeitura não respeita o piso salarial dos professores e nem o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). Nossos salários estão extremamente defasados. Professores com graduação ganham praticamente a mesma coisa que professores com nível médio. E ainda temos dificuldades para conseguir mudanças de letras, quinquênios e licenças prêmios, direitos históricos conquistados pelos professores em muitos anos de luta.

Os ASGs e merendeiros não ganham insalubridade e ainda trabalham sem equipamentos de higiene dentro das escolas. Os alunos assistem aulas em salas inadequadas, sem ventilação e sem material básico para desenvolverem suas habilidades em busca de conhecimento.

Vamos lutar também por uma gestão democrática dentro das escolas, pelo 1/3 da carga horária em atividades extra sala de aula, para que os professores tenham o direito de planejar seus projetos e possam melhorar a aprendizagem dos alunos.

Não vamos nos calar diante de todo o descaso do governo. Somos uma só categoria e, portanto, precisamos nos unir. Não adianta nada ter alguns dentro da greve e outros dando aula como se nada estivesse acontecendo. Estamos falando de nossas vidas e da vida de nossos alunos, que estão sendo desvalorizadas. Vamos à luta porque juntos venceremos!

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