REUNIÃO DISCUTE PROBLEMAS DE GESTÃO DA UNIDADE DE SAÚDE DE JARDIM LOLA
O encontro envolveu o Sindsaúde de São Gonçalo, os servidores da unidade e a Secretária Municipal de Saúde, além dos administradores do posto de Jardim Lola
No final da tarde dia 10 de março, o Sindsaúde de São Gonçalo e os servidores da Unidade de Jardim Lola se reuniram com a Secretária Municipal de Saúde, Clotilde Macedo, e os com os gestores do posto. A reunião teve como objetivo discutir os problemas de gestão e de desrespeito ao Estatuto do Servidor que vem ocorrendo há mais de dois anos na unidade. Um documento elaborado pelo sindicato, com base nos relatos e denúncias dos servidores, foi lido na ocasião. O documento apontou a existência de casos de assédio moral, perseguição política, improbidade administrativa e posturas autoritárias por parte do gerente da unidade de saúde, Jean Queiroz.
Durante a reunião, os trabalhadores descreveram várias situações de constrangimentos e de assédio moral envolvendo o gerente de Jardim Lola. Duas funcionárias, por exemplo, relataram posturas autoritárias de Jean Queiroz ao comentarem que receberam gritos em público dentro da unidade de saúde durante o expediente. Foram ouvidas, ainda, reclamações quanto aos privilégios de tratamento que Jean Queiroz concede a um grupo de servidores, a exemplo de funcionárias que têm flexibilização nos prazos para apresentar atestado médico em caso de falta. Também foram feitas reclamações sobre desvios de função no trabalho, quando enfermeiras e técnicas de enfermagem foram obrigadas a ficar na farmácia da unidade. Inclusive, estas trabalhadoras receberam advertências por escrito do gerente ao se recusarem a trabalhar em funções que não são delas.
Caso Márcia
O caso da recepcionista do setor da fisioterapia, Márcia Régia, também foi abordado. Uma das principais reivindicações do sindicato quanto aos problemas de gestão da unidade foi a exigência do retorno imediato da funcionária para seu local de trabalho. Márcia Régia foi devolvida para a Secretaria de Saúde no dia 25 de fevereiro, após se apresentar para depor em favor da diretora do Sindsaúde, Simone Dutra, agredida verbalmente pelo gerente Jean Queioz.
Sobre este problema, houve contradições nos argumentos da Secretária de Saúde e do gerente da unidade. A Secretária Clotilde afirmou que a funcionária estaria sendo devolvida em função de uma necessidade do posto de saúde de Regomoleiro. Entretanto, o memorando entregue por Jean Queiroz à servidora Márcia Régia afirmava que a funcionária seria devolvida por se ausentar constantemente do local de trabalho. Além de a devolução da recepcionista estar ligada diretamente ao fato de a servidora se apresentar para depor contra o gerente, há também o descumprimento do Estatuto do Servidor.
Se a funcionária estava cometendo uma falha, antes de ser devolvida para a Secretaria de Saúde, ela deveria ter recebido duas advertências, uma verbal e outra escrita. Nenhuma das duas foi feita. Além disso, um processo administrativo precisava ser aberto, com direito de defesa para a servidora. Algo que também não aconteceu.
Solidariedade entre os trabalhadores foi importante
Ao final da reunião, houve o compromisso da Secretária de Saúde em se reunir com os gestores da unidade e os servidores para reverter os problemas através do cumprimento do Estatuto do Servidor e da Constituição Federal. Uma comissão de funcionários vai acompanhar junto com a Secretaria a mudança de postura da gestão da unidade. Em um mês haverá uma nova reunião para avaliar os avanços ou não na solução dos problemas apresentados pelo sindicato e pelos servidores.
Para a direção do Sindsaúde, o passo mais importante para resolver os casos de assédio moral, perseguição e todo tipo de constrangimento foi dado pela solidariedade entre os trabalhadores. “Quando todos os servidores decidiram se unir em defesa uns dos outros, acabaram mostrando de forma exemplar que não vão aceitar autoritarismo de ninguém. Isso também prova que juntos nós somos mais fortes e podemos alcançar nossos objetivos.”, declarou Simone Dutra, diretora do Sindsaúde.
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