REFORMA DO ENSINO MÉDIO É UM GRANDE ATAQUE CONTRA A
EDUCAÇÃO. É NECESSÁRIO ORGANIZAR A RESISTÊNCIA!
O governo Temer (PMDB) publicou nesta sexta-feira (23) o
texto da Medida Provisória sobre a Reforma do Ensino Médio. A publicação
confirma o conteúdo apresentado no dia anterior pelo Ministro da Educação,
Mendonça Filho (DEM). O texto da reforma estabelece uma mudança estrutural da
base curricular. Entre outros ataques, disciplinas como Sociologia, Filosofia,
Educação Física e Artes deixarão de ser obrigatórias, ficando a “critério das
redes de ensino”.
Qual a proposta da Reforma do Ensino Médio?
O quadro abaixo, publicado pelo Portal G1, ajuda a
compreender as mudanças propostas pelo Governo em comparação com o modelo
atual:
A Reforma do Ensino Médio é um ataque contra a Educação
Joaninha Oliveira, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, destaca o caráter
autoritário da proposta, imposto sem qualquer debate com a sociedade. “Essa
Reforma merece ser chamada de ditatorial. É escandaloso que mudanças dessa
magnitude sejam aprovadas sem que haja um amplo debate que envolva os
profissionais em educação, os pais, comunidade e também os estudantes”,
declarou.
A Educação no Brasil, que é mundialmente reconhecida como
precária, tende a piorar. Apesar de defender “escola em tempo integral”, a
proposta não oferece qualquer estrutura e tampouco valorização dos professores.
“A medida prevê que as redes de ensino poderão contratar profissionais de
notório saber. Notório saber é um nome bonito para justificar a contratação de
pessoas sem diploma, rebaixando a qualidade de ensino para os estudantes. Para
a elite desse país, os filhos da classe trabalhadora devem se contentar com uma
formação técnica, para que no futuro sejam mão-de-obra barata e precarizada”,
constatou Joaninha.
É verdade que o governo tem pressa, a medida será levada
imediatamente ao Congresso, que terá até 120 dias para a votação e depois
encaminhada para o Senado. Mas, também é necessário pontuar que não estamos
diante de um projeto novo. Essa Reforma foi defendida pelo PT durante a
campanha eleitoral em 2014.
Temer, que possui apenas 5% de aprovação popular,
declaradamente governa para os banqueiros, latifundiários e empresários. Quer
aplicar a fundo reformas contra a educação, a previdência e os direitos
trabalhistas, além de privatizar todas as riquezas do país. Está marcado para o
dia 29 de setembro paralisação nacional dos metalúrgicos pelos direitos dos
trabalhadores, que também mobilizará outras categorias. Está na hora de
organizar uma greve geral no país que barre os ataques!
*Fonte: CSP-Conlutas
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