quinta-feira, 10 de junho de 2010

Congressos em Cena

Congresso da Conlutas e da Classe Trabalhadora avançam na unificação dos trabalhadores

Nos dias 3, 4, 5 e 6 de junho, ocorreram em Santos (SP) dois importantes congressos para a unificação das lutas dos trabalhadores. O 2º Congresso da Conlutas e o Congresso da Classe Trabalhadora (Conclat) marcaram de forma importante a história do novo momento que vive a reorganização dos trabalhadores no Brasil.

Plenário do Conclat: mais de 4 mil participantes


Depois da traição das Centrais Sindicais governistas, como a CUT, que se venderam ao governo Lula, a classe trabalhadora, os estudantes e os movimentos populares brasileiros se viram obrigados a construir uma nova ferramenta de luta que pudesse organizar todos os explorados para enfrentar os governos, os patrões e defender o socialismo.

Plenário do Conclat no momento de aprovação de resoluções


Durante seis anos, a Conlutas construiu as bases para que esse momento fosse possível. Enfrentou o Governo Lula e defendeu os trabalhadores quando todas as outras Centrais negociavam direitos e aceitavam acordos rebaixados. Agora, depois de intensos debates, polêmicas e votações importantes no Conclat, os 3.180 delegados decidiram, através de uma ampla democracia, fundar uma nova organização: a Conlutas - Central Sindical e Popular.

Delegados da Educação de São Gonçalo

Os delegados da educação de São Gonçalo do Amarante/RN, Socorro Alves e João Batista, eleitos em assembleia do Núcleo do Sinte, participaram ativamente dos congressos, discutindo as teses e debatendo as polêmicas nos grupos de discussão. Socorro Alves, que também é diretora do sindicato em São Gonçalo, destacou a importância do novo instrumento de luta que milhares de trabalhadores fundaram no Conclat. "Pensar que agora nós temos uma nova organização, mais forte e maior do que a Conlutas, só nos enche ainda mais de disposição para lutar em defesa dos nossos interesses e contra toda forma de exploração capitalista. Nossa tarefa agora é seguir com a unificação de todos os setores que queiram lutar contra os governos e os patrões.", avaliou Socorro.

Socorro Alves ao lado de Ana Célia, delegada do Conclat por Ceará-Mirim

O Conclat foi um congresso amplamente democrático, que reuniu mais de 4 mil participantes e debateu 22 teses, todas tendo o mesmo tempo para defesa. "O Conclat foi muito democrático. Houve espaço para todas as polêmicas serem debatidas, completamente diferente dos congressos da CUT. Entre todos os trabalhadores, a democracia operária deve ser um princípio. O amplo debate e a vontade da maioria devem ser as bases da nova central que nós fundamos.", disse Socorro.

Delegações estrangeiras cantando o hino internacional dos trabalhadores


Os dois congressos tiveram vários momentos de emoção durante os quatro dias. Nos intervalos acontenciam apresentações culturais e declamação de poemas, mostrando que a classe trabalhadora também luta por suas manifestações culturais. Além disso, as saudações das delegações estrangeiras de 26 países provaram que a solidariedade internacional entre os trabalhadores não morreu. "Brasil, Europa, América Central! A classe operária é internacional", cantavam milhares de vozes emocionadas.

Coletivo de Artistas Socialistas (CAS) em apresentação durante o Congresso da Conlutas

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