Juiz dá 60 dias para prefeitura se pronunciar sobre transferência de servidora
A Justiça de São Gonçalo parece que só mostra agilidade quando os interesses da prefeitura estão em jogo. Em março, a servidora Dalva Lúcia, do posto de saúde de Jardim Lola, vítima de uma perseguição política, foi transferida para uma Central do Cidadão. O Núcleo do Sindsaúde entrou com uma liminar na Justiça, pedindo a manutenção da trabalhadora em seu local, já que não havia razões legais para a transferência.
Recentemente, o juiz Paulo Sérgio de Oliveira se pronunciou sobre o caso, dando o prazo de 60 dias para que a prefeitura explicasse o ocorrido. O problema é que quando as ações são contra os trabalhadores a justiça não perde tempo em atacar, como foi o caso do julgamento da greve da saúde no ano passado. Agora, como são os interesses da prefeitura que estão em jogo, a justiça dá a Jaime Calado um longo prazo para se pronunciar. Enquanto isso, a servidora injustiçada continua fora de seu local de trabalho e sem receber cerca de R$ 270,00, já que sua gratificação de produtividade foi retirada.
Ao que parece, em São Gonçalo, a justiça brasileira mostra mais claramente como de fato funciona: sempre com dois pesos e duas medidas.
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