segunda-feira, 24 de maio de 2010

Comunicado

Eleição para Conselho Fiscal do IPREV é adiada

Na última sexta-feira (21),
os Núcleos dos Sindicatos da Saúde e da Educação de São Gonçalo descobriram que a eleição para o Conselho Administrativo e Fiscal do IPREV (Instituto de Previdência), marcada para amanhã, foi adiada. De acordo com a prefeitura, a decisão ocorreu porque havia uma contradição entre os artigos 17 e 18 do edital de convocação. Enquanto o artigo 17 afirmava que os servidores teriam direito a ocupar três vagas no conselho, o artigo 18 mencionava a ocupação de quatro vagas. A nova data da eleição ainda não foi divulgada.

Entretanto, os sindicatos da Saúde e da Educação do município suspeitam do adiamento. Para os diretores do Sinte e do Sindsaúde, o prefeito Jaime Calado (PR) só adiou a eleição do Conselho porque percebeu que os sindicatos estavam mobilizando os servidores para ocuparem as três vagas a quem têm direito, garantindo que os trabalhadores teriam representantes honestos e lutadores que fiscalizariam o dinheiro das aposentadorias. “Ao que parece, Jaime Calado não quer que os sindicatos de luta e independentes do governo façam parte do Conselho. É muito estranho que a prefeitura só tenha notado o erro no edital às vésperas da eleição, justamente depois de perceber nossa campanha para eleger nossos representantes.”, disse Vivaldo Júnior, do Sindsaúde.

Além disso, os sindicatos denunciam a não divulgação do edital da eleição, que ficou restrito ao Diário Oficial do município. Os Núcleos do Sinte e do Sindsaúde não foram informados e só descobriram o processo um dia antes do fim das inscrições. Entretanto, o sindicato dos servidores municipais (Sindsem), dirigido por José Inácio, que é ligado ao prefeito Jaime Calado, já sabia da eleição para o Conselho do IPREV.

“Isso prova que a prefeitura realmente não quer que os trabalhadores de luta e independentes fiscalizem o dinheiro das aposentadorias. Resta saber, apenas, quais são as razões do prefeito. Por que o interesse em que nós não participemos do Conselho? Afinal, o que Jaime Calado tem a esconder?”, questiona Socorro Alves, o Sinte.

Os diretores dos sindicatos denunciam, também, a falta de democracia e autoritarismo de Jaime Calado na condução do processo.

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