terça-feira, 31 de maio de 2016

Temer quer atacar outros direitos

TEMER QUER ATACAR FÉRIAS, 13º SALÁRIO E OUTROS DIREITOS; É HORA DA GREVE GERAL!


Temer prepara mais ataques aos trabalhadores. O Jornal “Folha de S. Paulo” abre matéria do dia 24 de maio comentando que “Enquanto todas as atenções se voltam para as mudanças que o governo pretende fazer na Previdência, discretamente a equipe do presidente interino Michel Temer já desenha outra medida polêmica: a reforma trabalhista.”

De acordo com a matéria, o objetivo é flexibilizar a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), por meio principalmente dos acordos coletivos – isto significa retomar o que o governo Dilma tentou aplicar lá atrás como proposta do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC: o negociado valer sobre o legislado. Ou seja, os acordos coletivos podem ser negociados sem que as leis trabalhistas prevaleçam.

Essa medida pode levar nossa classe perder direitos históricos como férias, 13º, horas extras, ter salários reduzidos e o que mais o patrão desejar. Isto, mesmo que o governo afirme que garantirá direitos que constem na Constituição significa um fortíssimo ataque aos trabalhadores brasileiros.

De acordo com a própria FSP: “Dessa forma, FGTS, férias, previdência social, 13º salário e licença-maternidade, entre outros, continuarão existindo obrigatoriamente, mas serão flexibilizados. Ou seja, as partes (empregadores e sindicatos da categoria) poderão negociar, por exemplo, o parcelamento do 13º e a redução do intervalo de almoço de uma para meia hora, com alguma contrapartida para os empregados. As horas gastas no transporte que contarem como jornada de trabalho — nos casos em que a empresa oferece a condução — também poderiam ser objeto de negociação.”

Essa ofensiva também daria base para que a regulamentação da terceirização, que já foi aprovada pela Câmara dos Deputados e aguarda aprovação no Senado, permitirá a contratação de trabalhadores terceirizados nas chamadas atividades-fim das empresas, o que não é permitido atualmente.

Para se ter uma ideia do que significa a fragilidade dos direitos no trabalho terceirizado, das 170 mil demissões que ocorreram na Petrobrás desde 2013, 85% são de empresas terceirizadas que prestavam serviço para a companhia, isto, além dos direitos reduzidos, jornada de trabalho extenuante e salários menores.

O atual ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira (PTB-RS), está discutindo a flexibilização do trabalho com o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Ives Gandra Filho, o mesmo que declarou em fevereiro deste ano que a justiça trabalhista precisa ser menos paternalista e que era necessário flexibilizar a CLT.

O empresariado já está alvissareiro com a notícia. O diretor da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Alexandre Furlan, defende a necessidade das mudanças para aumentar a produtividade. “Simplesmente proteger o trabalhador, esquecendo a sustentabilidade das empresas, a competitividade e a produtividade no ambiente de trabalho, você não conseguirá avançar para uma relação de trabalho mais moderna”, declarou o empresário à Folha.

O BRASIL PRECISA DE UMA GREVE GERAL!

“Para a CSP-Conlutas é urgente e necessário discutir nas bases das diversas categorias as reformas trabalhista e da Previdência e organizar a Greve Geral. Temer tentará impor o que o governo Dilma sempre quis fazer e não conseguiu. A classe trabalhadora precisa estar preparada para defender seus direitos”, frisa o membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Atnágoras Lopes.

Atnágoras lembra que ataques aos direitos dos trabalhadores faz parte de um ataque do capitalismo mundial: “Basta observarmos as lutas que vem sendo travadas por exemplo na França, os motivos são os mesmos; se não organizarmos uma forte resistência, perderemos direitos”, ressalta.

Por isso, nossa Central, mais uma vez, assim como está fazendo contra a reforma da Previdência, faz um chamado para que as centrais sindicais saiam em defesa dos direitos trabalhistas. CUT, CTB, Força Sindical e demais centrais.

“Chamamos essas centrais para que sejam coerentes com sua posição ao afirmarem estar contra mexer nos direitos trabalhistas e ajudem a convocar e organizar uma luta unificada dos trabalhadores rumo à Greve Geral em defesa dos direitos trabalhistas e previdenciários e defesa da aposentadoria, assim como para derrubar o governo Temer e seus planos, bem como todos aqueles que tentaram implementá-los”, conclama Atnágoras.

Fonte: CSP-Conlutas

Crédito da Charge: Bruno Galvão

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