sábado, 30 de julho de 2011

Educação Pública

Oposição CSP-Conlutas faz balanço da greve da educação no RN

Após o fim de uma greve de 80 dias, a maior desde 1984, a Oposição CSP-Conlutas na Educação apresenta um balanço sobre o resultado da paralisação na rede estadual de ensino do Rio Grande do Norte. Neste vídeo, a Oposição à direção do Sinte/RN aponta os responsáveis pelo resultado da greve.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Nacional

QUEM FICA COM A METADE DO BOLO?

Você trabalhador conhece a saúde e a educação pública no país. Certamente já ficou indignado em um hospital ou escola pública. Sabe que os hospitais estão lotados e que o atendimento é ruim. Deve ter alguém na família que não conseguiu ser atendido, com consequências sérias. Também conhece algum trabalhador da saúde e sabe que eles ganham pouco e trabalham muito.

Com toda certeza sabe da situação das escolas públicas. Você mesmo sofreu, assim como seus filhos hoje, com a qualidade ruim do ensino público. As escolas de seu bairro seguramente têm problemas com a conservação e com a segurança. Você vê os professores fazendo greve querendo salários melhores.

É justa sua indignação com a situação da educação e da saúde públicas. É claro que falta dinheiro para a manutenção e ampliação dos hospitais e escolas, assim como para aumentar os salários dos profissionais de educação e saúde. É bem provável que apóie Dilma, como a maioria dos trabalhadores do país. E acha que ela não tem nada a ver com isso, ou que ainda não teve tempo para mudar a situação.

Mas ninguém disse a você que, com o orçamento aprovado por Dilma para seu governo em 2011, a situação dos serviços públicos vai piorar. O primeiro orçamento de Dilma separa 49,5% de tudo o que é arrecadado no país, entre impostos e taxas, para os banqueiros. Enquanto isso, apenas 2,92% vai para a educação e 3,53% para a saúde. Os seja, quem vai ficar com a metade do bolo são banqueiros.

Isso nunca aconteceu, é como se você tivesse entregando metade de todo seu imposto de renda e das taxas sobre os produtos que você compra para os bancos. É por isso que falta dinheiro para a saúde e educação. Tudo isso deve ser uma grande surpresa. Afinal, Lula disse que "pagou a dívida" e que não devíamos mais nada. Mas isso, infelizmente, não é verdade, e agora o governo tem de esconder que a dívida está maior do que nunca, e para pagá-la tem de gastar metade do orçamento com os agiotas da dívida.

Na verdade o que o governo Lula fez foi aumentar as reservas internacionais em dólares, em um volume semelhante ao da dívida externa. Ou seja, as reservas do país seriam suficientes para pagar a dívida. Mas a dívida continua aí. Não foi paga, como dizem. A dívida externa continua altíssima e, pior, agora existe uma dívida interna ainda maior.

Os trabalhadores são sérios com suas contas. Quando você compra uma geladeira, um televisor, paga suas prestações. Os defensores do governo fazem essa comparação para defender que se continue pagando a dívida do país com os banqueiros. No entanto, existem duas grandes diferenças.

A primeira é que não existe uma “geladeira”, ou “televisor”. Não foram os trabalhadores que fizeram essa dívida, e ela não beneficiou em nada os trabalhadores. Ao contrário, nem você e nenhum trabalhador sequer sabe da existência dessa dívida, apesar de termos de pagar por ela todos os dias.

A segunda diferença é que essa é uma típica dívida de agiota, daquelas que quanto mais se paga, mais se deve. A dívida externa era de 148 bilhões de dólares no início do governo FHC. Em seus dois governos, Fernando Henrique pagou U$ 348 bilhões, ou seja, mais que duas vezes seu valor total. Mas a dívida externa aumentou para US$ 236 bilhões ao final do governo FHC. Hoje está em 284 bilhões de dólares.

Em relação à dívida interna é a mesma coisa: era de R$ 670 bilhões no começo do governo Lula. Em seus dois governos, Lula pagou cerca de dois trilhões de reais em parcelas e juros aos banqueiros, ou seja, três vezes o valor da dívida que encontrou. No entanto, a dívida aumentou para outros dois trilhões de reais.

É como se um banco começasse a cobrar uma dívida a todos os moradores de seu bairro. Uma dívida que nenhum deles fez. Para pagar essa dívida, os salários dos trabalhadores são cortados, assim como o dinheiro para conservar as escolas e hospitais. Esse pesadelo é real: você está sendo roubado todos os dias em seu salário, na educação e na saúde pública a que tem direito, para pagar uma dívida que não fez.

Os defensores dos banqueiros dizem que não se pode dar um calote na dívida. Mas defendem o que está sendo feito hoje, que é um calote social. Existe um calote social de enorme crueldade, que sacrifica a vida, a educação e a saúde de milhões de trabalhadores para garantir que não haja um calote nos banqueiros. Os governos FHC, Lula e agora Dilma se recusam a enfrentar os banqueiros e preferem continuar sem investir seriamente na saúde e educação.

Você ainda acredita no governo Dilma. Mas pode e deve, junto conosco, exigir que ela pare de pagar aos banqueiros e destine já 10% do PIB para a educação como reivindicam as entidades da educação, como o ANDES-SN e a ANEL. Pode e deve, junto conosco, reivindicar um investimento mínimo de 6% do PIB para a saúde. Assim, as verbas para a saúde e educação poderiam ser mais que dobradas.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Subiu

FUNBEB DE SÃO GONÇALO APRESENTA CRESCIMENTO

O prefeito Jaime Calado (PR) diz que o município não tem dinheiro para reajustar os salários de professores e funcionários. Não é o que os números dizem. Entre 2009 e 2010, o FUNDEB aumentou 18,5%, ou R$ 3,2 milhões a mais. Até junho deste ano, já cresceu 28,6%, um acréscimo de R$ 2,9 milhões em comparação com o mesmo período de 2010. Um total acumulado de 47%.

Para onde estão indo os recursos da educação?

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Rio Grande do Norte

GREVE ESTADUAL DA EDUCAÇÃO CHEGA AO FIM

Após mais de 80 dias de paralisação, terminou na tarde desta quarta-feira, dia 20, a mais longa greve dos trabalhadores da educação do Rio Grande do Norte. Em assembleia realizada na E.E. Winston Churchill, os servidores encerraram o movimento mesmo sem aceitar a proposta do governo e sem alcançar as reivindicações desejadas. O fim da greve foi votado depois de mais uma rodada de negociação com o intransigente governo de Rosalba Ciarlini (DEM), representado pela Secretária de Educação, Betânia Ramalho.

Na reunião, o governo manteve a proposta de escalonamento do reajuste salarial de 34% entre setembro e dezembro deste ano e a implementação dos 21,7% previstos para aumento do piso salarial nacional em janeiro de 2012. A opinião dos trabalhadores é de que financeiramente não houve avanço nenhum. A categoria acabou a greve diante de muitos ataques da governadora Rosalba, que ameaçou cortar salários, demitir professores e ainda teve a ajuda da justiça para tornar o movimento ilegal. “A multa diária contra o Sindicato pode subir para R$100 mil, R$ 500 mil ou até um milhão”, chegou a ameaçar o Procurador do Estado.

Para a professora Luciana Lima, da Oposição CSP-Conlutas na Educação, a direção do sindicato também é responsável pela derrota da greve. “A intransigência de Rosalba foi brutal contra os trabalhadores, mas a direção do Sinte se perdeu no movimento e nunca encaminhava as lutas aprovadas pela categoria nas assembleias. A direção é responsável porque não fortaleceu a greve nas ruas.”, disse Luciana.

Para a professora Amanda Gurgel, o sentimento dos trabalhadores não era o de encerrar a paralisação. “Essa decisão não reflete o sentimento da categoria. Muitos professores saíram dizendo que não sabiam como iriam olhar para os alunos por conta do constrangimento a que fomos submetidos e pelas ameaças feitas pela governadora e pelo Poder Judiciário”, revelou Amanda.

A professora, que também faz oposição à direção estadual do Sinte, ainda denunciou que muitas pessoas presentes à assembleia “não pisavam no sindicato há pelo menos dez anos, mas foram mobilizadas pela Secretaria de Educação para aprovar o fim da greve e manter seus cargos comissionados.”.

Foto: Tribuna do Norte

Comprovante de Residência

PREFEITURA DE SÃO GONÇALO IGNORA RECOMENDAÇÃO DA PROMOTORIA

No ano passado, o Núcleo do Sindsaúde de São Gonçalo fez uma denúncia à Promotoria de Defesa da Saúde sobre a insistência da Prefeitura em exigir comprovante de residência no nome dos pacientes para autorizar exames, consultas especializadas e cirurgias. Em março deste ano, a Promotoria da Saúde publicou no Diário Oficial do Estado uma RECOMENDAÇÃO para que a Secretaria Municipal de Saúde aceitasse a declaração de residência dos pacientes como documento legítimo.

O texto recomenda que a Secretária “determine a todos os órgãos e serviços da rede pública de saúde a aceitação de declaração de residência, firmada nos termos da Lei nº 7.115, de 29 de agosto de 1983, para fins de marcação de consultas, realização de procedimentos ou entrega de medicamentos, quando o usuário do Sistema Único de Saúde não possuir comprovante de residência ou estiver, por justo motivo, impossibilitado de apresentá-lo.”.

Entretanto, na Unidade de Saúde de Jardim Lola, por exemplo, cartazes ainda avisam que qualquer serviço de saúde só será autorizado mediante a apresentação do comprovante de residência no nome do paciente. Caso a Prefeitura continue descumprindo a recomendação, a Promotoria poderá entrar com uma Ação Civil Pública contra o município.

“A Secretaria Municipal de Saúde continua a exigir o comprovante de residência, dificultando ainda mais o acesso da população ao SUS. Isto demonstra, mais uma vez, a falta de respeito do prefeito Jaime Calado com a população de São Gonçalo. Exigimos o fim da exigência de comprovante de residência e o respeito ao direito da população à saúde.”, defendeu Simone Dutra, diretora do Sindsaúde.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

São Gonçalo do Amarante

TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO PROTESTAM EM FRENTE À CÂMARA MUNICIPAL E COBRAM DIREITOS

Na manhã desta terça-feira, dia 19, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação de São Gonçalo do Amarante (Sinte/RN) realizou, em conjunto com professores e funcionários, um ato público em frente à Câmara Municipal. A manifestação cobrou dos vereadores do município e do prefeito Jaime Calado (PR) a devolução dos 30% da regência de classe e o cumprimento do Piso Nacional do Magistério. Em 2009, o novo Plano de Cargos, elaborado pela Prefeitura e aprovado pelos vereadores, incorporou a regência de classe dos professores para chegar ao valor do piso, o que resultou em perdas salariais para a categoria.

“Contrariando uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), maior instância da justiça brasileira, o prefeito Jaime Calado insiste em não cumprir a Lei do Piso Nacional e continua utilizando os 30% da regência de classe para completar os salários do Magistério. Isso é inconstitucional.”
, denunciou Socorro Alves, diretora do sindicato.


O protesto também expôs a situação precária das escolas de São Gonçalo. Escolas sem estrutura adequada, merenda insuficiente e de baixa qualidade, ausência de material escolar e servidores desvalorizados. “A todo instante, a gente descobre uma realidade chocante na educação do município. Na escola Poti Cavalcante, por exemplo, os próprios alunos se viram obrigados a pintar suas salas de aula. E o professor de Português, da modalidade da EJA, teve que tirar do próprio bolso dinheiro para fazer o material didático dos alunos.”, destacou Socorro.

Desde que assumiu o mandato, o prefeito Jaime Calado tem apenas piorado as já ruins condições das escolas São Gonçalo. Não há carteiras suficientes, as paredes estão rachadas e cheias de infiltração, falta material didático e a merenda sofre com o completo descaso. Até alimento fora da data de validade já foi encontrado nas escolas, além de todo tipo de animais em algumas dependências.


“Além disso, os funcionários das escolas trabalham sem adicional de insalubridade e ainda não foram incorporados ao Plano de Cargos, o que já deveria ter acontecido desde 1997.”
, reclamou a diretora do Sinte.


A manifestação contou ainda com a participação do Sindsaúde de São Gonçalo, que denunciou as péssimas condições da saúde no município.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Educação Pública de São Gonçalo

EM DEFESA DO CUMPRIMENTO DO PISO NACIONAL E PELO RETORNO DOS 30% DA REGÊNCIA DE CLASSE

A cada dia que passa o cenário caótico da educação pública no Brasil piora ainda mais. Escolas sem estrutura adequada, merenda insuficiente e de baixa qualidade, ausência de material escolar e servidores desvalorizados. A todo instante, o país descobre uma realidade chocante na educação. No Rio Grande do Norte, mais uma vez São Gonçalo do Amarante é exemplo de desrespeito aos trabalhadores que fazem o ensino público. No município, o prefeito Jaime Calado, do PR, junto com os ex-sindicalistas Célia e Abel, do PCdoB e do PT, tem usado de todas as formas para piorar cada vez mais a educação pública e prejudicar a vida de professores, funcionários e da população.

Desde que assumiu o mandato, o prefeito tem apenas atacado as já ruins condições das escolas do município. Não há carteiras suficientes, as paredes estão rachadas e cheias de infiltração, falta material didático e a merenda sofre com o completo descaso. Até alimento fora da data de validade já foi encontrado nas escolas, além de todo tipo de animais em algumas dependências.

Se os estudantes sofrem com a falta de estrutura das escolas, os professores amargam salários miseráveis. Contrariando uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), maior instância da justiça brasileira, o prefeito Jaime Calado insiste em não cumprir a Lei do Piso Nacional e continua utilizando os 30% da regência de classe para completar os salários do magistério, de R$ 890. Além disso, os funcionários das escolas trabalham sem adicional de insalubridade e ainda não foram incorporados ao Plano de Cargos, o que já deveria ter acontecido desde 1997. Por isso, o Sinte de São Gonçalo convoca todos os trabalhadores da educação a não abrirem mão dos seus direitos diante dos desmandos de um prefeito que até agora só trouxe prejuízos para os servidores e para a população.

É preciso seguir o exemplo da professora potiguar Amanda Gurgel e dos Bombeiros do Rio de Janeiro, que não tiveram medo de enfrentar seus patrões para lutar por melhores salários e condições de trabalho. Devemos seguir pelo mesmo caminho neste segundo semestre. É possível lutar, é possível vencer.

Deu na Imprensa

Professores da rede municipal cobram salários atrasados

Com faixas e cartazes nas mãos e máscaras no rosto, funcionários terceirizados e professores contratados que trabalham em Escolas Públicas Municipais participaram ontem (18) de um ato de protesto em frente à Prefeitura de Natal. Eles reclamaram da falta de pagamento dos salários e dos vales-transportes que, para muitos destes funcionários, não saem desde maio. Intitulado de "Desmascarando Micarla", o protesto também denunciou o sucateamento das escolas e as condições de trabalho da educação do município.

De máscara, uma professora contratada para uma escola do ensino fundamental na Zona Leste de Natal, que se recusou a se identificar, disse que está sem receber dinheiro há quase dois meses e já não sabe o que fazer para honrar seus compromissos com cartão de crédito que cobra juros diários e correção. Outra professora recém-contratada, que também não quis se identificar, lamentou não terem dito que passaria três meses sem receber dinheiro. "Se tivessem me dito isto não teria aceitado, porque não tenho como pagar o transporte coletivo", disse ela. A reportagem visitou duas escolas da Zona Norte, confirmando a situação de falta de pagamento dos professores contratados e funcionários terceirizados.

Na Escola Municipal Vereador José Sotero, no conjunto Igapó, nenhum dos funcionários terceirizados e professores contratados recebeu salário este mês e alguns registram atrasos de até dois meses. A ASG Francisca da Silva disse que já não sabe o que fazer para pagar suas contas, pois tem um filho e mora em casa alugada. Um vigilante reclamou que está se virando pedindo dinheiro emprestado e outra ASG disse que sempre que liga para a empresa terceirizada CM3 ninguém atende para dar alguma justificativa.

Para a reportagem, a terceirizada Pré-Service disse que o dinheiro do pagamento dos funcionários referente ao mês de julho já havia sido depositado desde sexta-feira, mas um problema técnico no banco havia impossibilitado que fosse liberado, o que deverá acontecer até amanhã (20). Já o secretário municipal de Educação, Walter Fonseca, não pode atender ao telefone porque estava em reunião.

Fonte: Diário de Natal – 19/07/2011

segunda-feira, 18 de julho de 2011

São Gonçalo do Amarante

PSF: FALTAM MÉDICOS NAS UNIDADES E TRABALHADORES NÃO POSSUEM DIREITOS

Ao contrário do que se diz na TV e nos jornais, ninguém está feliz em São Gonçalo, a não ser o prefeito Jaime Calado (PR), seus assessores e os vereadores. Em várias comunidades, o PSF não tem médico; os prédios das unidades de saúde são pequenos, quentes e sem condições adequadas para funcionar um serviço de saúde. Em Novo Amarante II, a gerente da unidade chegou a ser agredida por um morador revoltado com a falta de atendimento. Hoje estão trabalhando com os portões fechados por falta de segurança.

Apesar de ter dado reajuste salarial apenas para os médicos, deixando os outros profissionais do PSF com os salários congelados, o prefeito ainda retirou direitos destes trabalhadores. Desde que assumiu a Prefeitura, os funcionários do PSF perderam o 13º salário, o direito de férias e a remuneração das férias. Além disso, a grande maioria foi contratada sem concurso público e pode ser demitida a qualquer momento.

Como se não bastasse, os técnicos de enfermagem recebem apenas o salário mínimo para trabalharem 8 horas diárias, uma remuneração menor do que a dos demais servidores que trabalham 6 horas. Esta é mais uma prova da falta de respeito do prefeito Jaime Calado com a população de São Gonçalo, pois trata com descaso os profissionais que prestam serviços à população.

Deu na Imprensa

Terceirizados protestam em frente à Prefeitura de Natal

Categoria reivindica o pagamento de salários atrasados além dos vales transporte e alimentação.


Os servidores terceirizados de oito escolas municipais realizaram na manhã desta segunda-feira (18) um protesto em frente ao Palácio Felipe Camarão, sede da Prefeitura de Natal. Eles estão sem receber três meses de salário, vale-transporte e auxílio alimentação.

De acordo com a professora e diretora da Escola Municipal Zuleide Fernandes, Luciana Lima, os servidores são contratados por três empresas (SS construções, Pré Service e CM3), para os serviços de vigilante, merendeiro, ASG, secretária, entre outras funções. Porém, as empresas alegaram que a Prefeitura não repassou os pagamentos e as categorias continuam sem receber.

A diretora comentou também que as escolas irão paralisar suas atividades por 48 horas até a Prefeitura sentar para conversar. “Nós estamos aqui lutando por um direito nosso, pois fazemos o nosso trabalho e merecemos receber por ele. Agora isso é uma falta de respeito com os terceirizados que tem famílias e contas a pagar. Entramos em consenso e vamos paralisar as atividades até o dialogo ser aberto”, informou a professora.

Outra servidora, que pediu para não ser identificada, informou que ao ir procurar informações relacionadas ao pagamento foi avisada de que se questionasse demais seria demitida do quadro de empregados.

“Quando fui à empresa a resposta é sempre a mesma, que o repasse ainda não foi feito e que estão dependendo apenas disso para efetuar os pagamentos. O pior que quando vamos a algumas empresas nos informar somos ameaçados por perguntar demais”, diz a servidora.

Informações do Portal No Minuto

Atenção Trabalhadores!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Absurdo

PREFEITURA DE SÃO GONÇALO TRANSFORMA CENTRO DE ZOONOSES EM DEPÓSITO DE PNEUS E GERA FOCOS DE DENGUE

Comunidade de Canaã, São Gonçalo do Amarante/RN, 11 de julho de 2011. A imagem que o diretor do Sindsaúde, Vivaldo Dantas, presenciou no local onde deveria funcionar o Centro de Zoonoses do município era inacreditável. No terreno que pertence ao espaço destinado ao centro, centenas de pneus estavam amontoados e expostos ao ar livre sem nenhum tipo de proteção. E o pior: dezenas deles tinham água acumulada e apresentavam focos de dengue. Segundo informações, os pneus são trazidos de outros lugares do município e depositados no local por orientação da Prefeitura, através da Coordenação de Endemias.

A denúncia foi feita por moradores da própria comunidade, que estão assustados com o perigo que a situação vem causando. Dona Izaurina dos Santos, de 82 anos, moradora do Canaã, contou que os pneus estão no lugar há mais ou menos dois anos. Ela informou também que a casa em frente ao Centro de Zoonoses pertence
ao filho dela e que ele decidiu colocar o imóvel à venda. “O meu filho saiu daqui com cinco crianças pequenas porque os meninos estavam adoecendo. Dois netos meus tiveram dengue e eu já tenho outra neta aqui que tá com os sintomas. Isso é responsabilidade do prefeito, que tem que tirar esses pneus daqui.”, disse dona Izaurina.

A jovem Teresa Raquel, de 24 anos, neta de dona Izaurina e também moradora da comunidade, disse que os pneus representam um risco para a população. “Isso daí é um risco. Esses pneus estão gerando o mosquito da dengue e prejudicando a saúde da população toda. Eu quero que a Prefeitura tome uma providência porque, inclusive, o coordenador de endemias, Flávio Tinoco, disse que aqui não tinha risco nenhum, que a gente fica
sse despreocupada. Mas não é o que está acontecendo. Aí tá cheio de mosquitos da dengue como vocês puderam comprovar.”, denunciou Teresa.

RN tem mais de 15 mil casos de dengue
No dia 1º de julho, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) divulgou o mais recente boletim da dengue, com dados coletados até o último dia 25 de junho. Em todo o Rio Grande do Norte foram notificados 15.722 casos da doença. Deste número, 5.656 foram confirmados.

Noventa e nove municípios do estado estão com incidência alta em dengue. Entre eles está São Gonçalo do Amarante, com 513 casos notificados. Do início do ano até agora, já ocorreram 34 óbitos no RN com suspeita de dengue. Doze mortes foram confirmadas. “O prefeito de São Gonçalo do Amarante, ao invés de contribuir para diminuir os casos crescentes de dengue no RN, está trazendo os focos para dentro da cidade. Não adianta de nada o agende de endemias fazer seu trabalho, tratando as casas no dia a dia, quando o principal responsável pela proliferação do mosquito é o próprio prefeito.”, afirmou Vivaldo Dantas, diretor do Sindsaúde.

O Centro de Zoonoses, que deveria combater o Calazar, está desativado. Informações dão conta de que, na verdade, ele nunca chegou a funcionar. Enquanto isso, a população fica exposta a todo tipo de doenças.

Agentes de Endemias amargam condições precárias de trabalho
Para combater a dengue em São Gonçalo, os agentes de endemias realizam verdadeiros sacrifícios. Muitos deles trabalham sem material de segurança e de expediente. É constante a falta de luvas, máscaras, lanternas, botas, fardamento, lápis, protetor labial e boné.

Como se não bastasse isso, os agentes ainda recebem o pior salário entre os municípios da Grande Natal. Mesmo São Gonçalo possuindo a 4º maior arrecadação do Estado, cerca de R$ 90,9 milhões (dados do Tesouro Nacional), a Prefeitura paga apenas R$ 545 de salário-base aos trabalhadores que lutam para combater a dengue na cidade. Doença que o prefeito, inclusive, está ajudando a espalhar.

Para se ter uma ideia de como é baixo o salário do agente de endemias, basta olhar o município de Extremoz. Com uma arrecadação de R$ 23,4 milhões, a cidade pagava no ano passado R$ 800 de salário-base a seus agentes. Ainda é um valor baixo, mas consegue ser bem maior do que o de São Gonçalo.

Abaixo, veja o vídeo feito no local.


quarta-feira, 13 de julho de 2011

Vídeo

Em vídeo, professora Amanda Gurgel fala da audiência pública do Congresso Nacional que discutiu o novo PNE

No dia 15 de junho, a professora Amanda Gurgel foi a Brasília para participar de uma audiência pública no Congresso Nacional sobre o novo PNE (Plano Nacional de Educação) – 2011/2020. A audiência teve a participação do ministro da educação Fernando Haddad. Na ocasião, a professora Amanda, reconhecida nacionalmente por seu discurso em defesa da educação, não pode se dirigir ao ministro. Entretanto, neste vídeo, ela explica de onde deve vir o dinheiro para custear o investimento imediato de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação pública.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Atenção Trabalhadores!

São Gonçalo do Amarante

ASSEMBLEIA DA EDUCAÇÃO DECIDE PARALISAR ATIVIDADES NESTA QUINTA

Reunidos em assembleia na última sexta-feira, dia 8, os trabalhadores da educação pública de São Gonçalo do Amarante/RN decidiram realizar uma paralisação de advertência nesta quinta-feira, dia 14. O protesto é para que o prefeito Jaime Calado (PR) atenda as reivindicações da categoria, entre elas o retorno da regência de sala dos professores e a criação do plano de cargos dos funcionários das escolas. O cumprimento do Piso Nacional e a reforma das unidades de ensino também estão na pauta. Como atividade da paralisação municipal, o sindicato da educação (Sinte) fará um ato público nesta quinta, às 8 horas, na Praça Eliane Barros, no Conjunto Amarante.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Corrupção

Cai mais um ministro do governo Dilma

Esquema de corrupção atingia ministério chave do governo; Partido da República (PR), ao qual o prefeito de São Gonçalo do Amarante/RN é filiado, comandava a roubalheira


Nem bem chegou à metade do primeiro ano de seu mandato, o governo Dilma já sofre sua segunda grande perda. Após a queda de Palocci, foi a vez do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento (PR), pedir demissão diante das inúmeras denúncias de corrupção que cercam seu posto.

Longe de ser figura secundária no governo, Alfredo Nascimento era um dos ministros mais antigos, nomeado ainda durante o governo Lula e há mais de sete anos no comando dos Transportes. Sua pasta conta com os maiores orçamentos da União e é um dos carros chefes do PAC. Para se ter uma ideia, só o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), órgão responsável pelas estradas federais, conta com orçamento de mais de R$ 10 bilhões, e controla obras cujo valor total supera os R$ 40 bilhões.

Mensalão do PR
Embora sempre envolto em denúncias, o ministério chefiado pelo PR se viu no meio do olho do furacão depois que edição da revista Veja, publicada no último dia 2 de julho, trazer em detalhes os esquemas de superfaturamento de obras e cobrança de propinas a empreiteiras e empresas de consultoria de engenharia. Segundo a revista, as propinas sobre os contratos milionários firmados pelo ministério chegavam a 4% e 5%, tudo centralizado pelo líder do partido, o deputado Valdemar da Costa Neto, também enrolado com as denúncias do mensalão.

Além de realizar licitações direcionadas às empreiteiras que pagavam a propina, o ministério superfaturava as obras depois de iniciadas, através de “termos aditivos”. Esse mecanismo permitia aumentar indefinidamente o valor original das obras. Segundo a Veja, a corrupção era tamanha que os recursos desviados começaram a inviabilizar as próprias obras. Em determinado momento, Dilma teria convocado uma reunião com os dirigentes do ministério para reclamar que eles estavam “descontrolados”. Só o orçamento de obras ferroviárias passou de R$ 12 bilhões em março de 2010 para R$ 16,4 bilhões um ano depois.

Após a revelação das denúncias, quatro dirigentes da cúpula do ministério foram afastados, incluindo o diretor do Dnit, Luiz Antonio Pagot. Em contrapartida, o Palácio do Planalto declarou total confiança no ministro Alfredo Nascimento. Mais ainda, incumbiu o então ministro de dirigir uma investigação em relação às denúncias de corrupção. No dia 6, porém, o jornal O Globo trouxe mais denúncias que afetavam diretamente Nascimento. Levantamento do jornal carioca mostra a evolução do patrimônio do filho de Nascimento, de 86.500% em apenas cinco anos. O filho de Alfredo Nascimento, Gustavo Pereira, é dono de empresas com negócios com o governo.

Dilma sabia
Boa parte da imprensa vem elogiando a atitude de Dilma, tratando Nascimento como uma espécie de herança maldita do governo Lula. Um esquema tão grande e duradouro, no entanto, não poderia ter funcionado sem o conhecimento do Planalto e da própria Dilma.

A reunião relatada por Veja que detalha a reclamação de Dilma com os sucessivos superfaturamentos do ministério, a ponto de inviabilizar o PAC, revela que, ao menos a presidente tinha conhecimento do que se passava por ali. E não só não demitiu o ministro como reafirmou, após a divulgação das denúncias, sua confiança nele.

Ainda durante o governo Lula, Dilma Roussef, como ministra-chefe da Casa Civil e coordenadora do PAC, tinha obrigatoriamente contato direto com Alfredo Nascimento e o seu ministério. Resta saber agora o quanto o Planalto e o PT estiveram implicados nesse esquema. Sabe-se, por exemplo, que o atual senador Blairo Maggi (PR-MT), um dos maiores produtores de soja do país, contribuiu com R$ 1 milhão para a campanha de Dilma.

Nesse dia 7, a seção Painel da Folha de S. Paulo revelou que Luiz Antônio Pagot procurou senadores do PR para contar que parte da campanha presidencial da então candidata petista foi paga com os tais aditivos do ministério.

Roubalheira vai aumentar
Agora, o ex-ministro Alfredo Nascimento retoma o seu posto como senador e líder do PR, ao mesmo tempo em que o partido continua no controle da pasta. Dilma já anunciou sua vontade de que o atual secretário-executivo do ministério, Paulo Sérgio Passos, que assumiu como ministro interino, permaneça no controle do ministério. Mas deve ser o PR quem vai dar a palavra final.

O Partido da República é o mesmo PL da época do mensalão no governo Lula, turbinado pelo nanico Prona e por um outro grupo aqui e ali, que vieram engrossar a legenda, como o ex-governador do Rio, Anthony Garotinho. A função do partido, porém, parece continuar a mesma: um duto destinado a desviar recursos públicos. É nas mãos desse partido que Dilma entrega o orçamento bilionário do ministério e das obras do PAC.

Assim como no escândalo envolvendo Palocci, se depender do governo ninguém será punido e tudo continuará na mesma. Mais ainda, enquanto Alfredo Nascimento entregava sua carta de demissão no final desse dia 6, o Senado aprovava o famigerado “Regime Diferenciado de Contratações” para as obras da Copa e das Olimpíadas. A medida, que vai agora para a sanção de Dilma, desobriga a divulgação de orçamentos para a contratação de grandes obras de infraestrutura.

Não é difícil prever o que vai acontecer. A medida é a institucionalização do “liberou geral” para as obras. Contrariando o jargão do deputado recém-eleito pelo PR, Tiririca, pior do que está fica sim.

Corrupção

Em vídeo, Alfredo Nascimento troca verbas por filiação ao PR

Foi à web um vídeo com cenas constrangedoras para Alfredo Nascimento (PR-AM), afastado nesta quarta (6) do cargo de ministro dos Transportes. Gravadas no gabinete ministerial em 24 de junho de 2009, as imagens foram trazidas à tona pelos repórteres Lúcio Vaz e Sérgio Pardellas.

A dupla redigiu notícia veiculada em edição antecipada da revista IstoÉ. O vídeo mostra uma reunião de Nascimento, à época ministro dos Transportes de Lula, com o deputado maranhense Davi Alves da Silva Júnior.

Além das vozes de Nascimento e de Silva Júnior, soa ao fundo o deputado Valdemar Costa Neto, secretário-geral do PR. Produziu-se na reunião uma negociata política. Nascimento liberou R$ 1,5 milhão do orçamento dos Transportes para uma obra rodoviária de interesse de Silva Júnior.

E o deputado, que havia sido eleito pelo PDT do Maranhão, transferiu-se para o PR, a legenda presidida por Nascimento. A alturas tantas, Nascimento diz ao deputado: “Rapaz, tu não tá nem no partido e já tá conseguindo arrancar as coisas daqui, imagina quando estiver no partido!”.

De fato, depois de consumada a migração de Silva Júnior para o PR, as portas do orçamento dos Transportes se abriram para ele. A gravação engrossou o caldeirão de denúncias que levou à queda do ministro e de quatro integrantes do seu staff.

Nascimento foi ao olho da rua nas pegadas da notícia de que mostrara-se sob ele um esquema de cobrança de propinas que variavam entre 4% e 5%. Por trás do esquema, o deputado Costa Neto. O mesmo que renunciara ao mandato, em 2005, depois de ter sido pilhado no mensalão.

Abaixo, a transcrição de trecho do diálogo filmado na sala de Alfredo Nascimento. Cuidava-se da liberação de verbas para a rodovia BR-010:

- Alfredo Nascimento: Já vou logo copiar aqui o pedido dele... Davi Alves da Silva Júnior, BR- 010, construção da travessia urbana...

- Valdemar Costa Neto: ... de Imperatriz.
- Davi Alves da Silva Júnior: Imperatriz, acesso a Davinópolis.
- Costa Neto: Já começou o projeto, não é, Davi?
- Davi Júnior: Já.
- Costa Neto: Já estão contratando, já está na fase final, viu, Alfredo?... Por isso que ele [deputado Davi Júnior] veio aqui te agradecer.
- Nascimento: Ah!... É aquele negócio que tu me pediste?
- Costa Neto: É, é...
- Nascimento: Pra ele? [referindo-se ao deputado Davi Alves].
- Costa Neto: É...
- Nascimento: Rapaz, tu não tá nem no partido e já tá conseguindo arrancar as coisas daqui, imagina quando estiver no partido! [risos].

Na sequência da conversa, o ministro lê o texto do documento que libera R$ 1,5 milhão para a obra. Assina o texto indicado por Costa Neto, que conduz a reunião.

- Nascimento: [lendo o documento] Informo que está sendo liberado nesta data limite adicional para movimentação do empenho, no valor de um milhão e meio de reais...
- Costa Neto: Um milhão e meio, você que liberou.
- Nascimento: [ainda lendo o documento... Ação... Estudo de viabilidade e projeto de infra-estrutura de transporte, travessia urbana, na divisa das cidades de Divinópolis e Imperatriz.
- Davi Júnior: Davinópolis [corrigindo o nome da cidade maranhense].
[…]
- Nascimento: É Davi ou Divinópolis?
- Davi Júnior: É Davi... Ah, que botaram Divinópolis aqui [olhando para o documento, é Davi... é Davi mesmo.
- Nascimento: Porra, você dono da cidade?
- Costa Neto: É Davi, por causa do nome dele, por causa do pai dele, o pai dele que fez a cidade, o pai dele era deputado federal, Alfredo.



Fonte: Blog do Josias de Souza

Movimento

RN: trabalhadores em greve acampam em frente à sede do governo

“Pra pressionar a governadora, unificar a classe trabalhadora!”. Esta foi uma das palavras de ordem que embalou a manifestação de centenas de servidores públicos na manhã desta quarta-feira, dia 6, em Natal. Com o objetivo de buscar uma negociação junto à governadora Rosalba Ciarlini (DEM), cerca de 400 trabalhadores estaduais unificaram suas reivindicações e fizeram um acampamento em frente à sede do governo. Dentre as categorias que permanecem em greve no Rio Grande do Norte, estiveram presentes no protesto servidores da Educação, do Detran/RN, da Tributação e da Universidade Estadual, além de setores da administração indireta.

O acampamento simbólico que unificou as lutas destes trabalhadores ocorreu junto com a paralisação nacional da educação e com o 13º Grito da Terra em Natal, organizado pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Norte (Fetarn). A pauta dos agricultores buscava mais investimentos e infra-estrutura para a agricultura familiar. A professora Amanda Gurgel participou do protesto e destacou a importância de unificar o movimento. “A ideia é unificar as lutas de todas as categorias em greve para alcançarmos um poder maior para pressionar o governo a negociar.”, defe
ndeu ela. Ao final do dia, o acampamento saiu com uma negociação marcada para esta quinta-feira.

“Ei, governo aí! Pague meu plano aí!”
Diante de diversas reivindicações específicas, uma já se tornou unanimidade entre os trabalhadores em greve no Estado. O descumprimento, por parte do governo, dos Planos de Cargos, Carreiras e Salários das categorias tem deixado os servidores com suas remunerações bastante defasadas. Somado a isso, está a inflação, que continua elevando o custo de vida para os trabalhadores. Utilizando a irreverência como uma forma de luta, os funcionários da Fundação José Augusto, que cuida do patrimônio cultural do Estado, alegraram a manifestação com parodias de famosas marchinhas de carnaval. “Ei, governo aí! Pague meu plano aí, pague meu plano aí! Vai pagar. Não p
aga não?! Então vai ver a grande confusão. Vou fazer greve, greve até pagar. Pague, pague já! Pague meu plano aí!”, cantavam todos.

Entretanto, outras reivindicações também fizeram parte do protesto unificado, como a exigência de melhores condições de trabalho e a realização de concurso público. Em greve há mais de 40 dias, os servidores do Detran/RN reforçaram a cobrança do cumprimento do Plano de Cargos e denunciaram a “enrolação” do governo para homologar o concurso do órgão, realizado no ano passado. “Nós queremos que a governadora Rosalba cumpra a lei e aplique as reformulações do Plano de Cargos que a categoria conquistou em 2010 com muita luta. Além disso, e
xigimos a imediata homologação do concurso e a nomeação dos 282 aprovados. Estamos fartos de enganação.”, afirmou Alexandre Guedes, funcionário do Detran e membro da coordenação da CSP-Conlutas/RN.

Servidores da educação não se intimidam com ameaça de corte de ponto
No dia 5, reunidos em assembleia, os servidores da educação estadual reafirmaram a continuidade da greve, que já dura mais de dois meses, mesmo sob a ameaça do governo de cortar o ponto dos grevistas. A justiça foi acionada para julgar o pedido de ilegalidade do movi
mento, mas isso não intimidou os trabalhadores. “A disposição de nossa categoria na greve e nas assembléias é a de permanecer na luta. Não estamos intimidados pela ameaça de corte de ponto. Nós estamos aqui (na sede do governo) para dizer que não concordamos com essa política de arrocho salarial e que nós não temos medo da governadora Rosalba. Não adianta nos ameaçar. É muito mais digno a gente passar um mês ou dois de dificuldade por causa dessa ameaça da governadora do que passar o resto da vida nessa mediocridade que a gente vive hoje.”, discursou a professora Amanda Gurgel durante o protesto.

Amanda ainda criticou a proposta de compor uma mesa de negociação com a justiça, e não com o governo. “A experiência que temos com a justiça não é nada boa. Nossas greves geralmente são julgadas ilegais. Não seria diferente agora. Se a justiça quer nos ajudar, então por que não obriga a governadora a cumprir a lei do Piso Nacional com efeito retroativo ao mês de janeiro?”, questionou. Além do cumprimento da lei do Piso, os servidores da educação reivindicaram ainda a equiparação dos salários dos professores de nível superior com os dos demais trabalhadores do serviço público.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Sindicato

OPOSIÇÃO CSP-CONLUTAS APRESENTA BALANÇO DO II CONGRESSO EXTRAORDINÁRIO DO SINDSAÚDE-RN

Nos dias 20 e 21 de maio, ocorreu em Caicó o 2º Congresso Extraordinário do Sindsaúde-RN. Com a participação de 314 delegados (as), os congressistas tiveram a tarefa de aprovar um novo estatuto para a entidade. Foram inscritas duas teses com um conjunto de propostas: a Tese 1, da diretoria do Sindsaúde, e a Tese 2, da Oposição CSP-Conlutas no Sindsaúde.

O congresso é a maior instância do nosso Sindicato, é nele que as principais decisões sobre a entidade e a categoria são tomadas. Sendo assim, todas as vezes que ocorram congressos deve haver um tempo de conhecimento prévio das teses para que a base possa debater e participar das decisões. Infelizmente, não foi o que aconteceu no 2º Congresso Extraordinário.

Os congressistas conheceram as teses no dia do congresso e em um dia e meio tiveram que votar propostas importantes para a categoria e para entidade. E o que poderia significar um avanço na democracia e na participação da base não aconteceu. Mesmo assim, houve as votações das teses e o estatuto da entidade foi alterado.

CONGRESSO ACABOU COM A SECRETARIA DE AGENTES DE SAÚDE
O fim da Secretaria de Agentes de Saúde pegou a maioria dos congressistas de surpresa. Nem a oposição adivinhou que a diretoria do Sindsaúde poderia sair com uma proposta desta. Na nossa avaliação, a única explicação para esta atitude é o enfraquecimento cada vez maior desta categoria dentro do Sindsaúde e a sua migração para outros sindicatos, como já está acontecendo em Natal.

Como retirar da organização de um sindicato a secretaria que pensa e constrói a luta dos agentes de saúde? O argumento utilizado pela direção do Sindsaúde foi o de que hoje esta categoria é igual às outras. Isso não é verdade. Muitos agentes ainda são da CLT, enquanto os servidores são estatutários, e quando são estatutários recebem baixos salários e não têm todos os direitos garantidos. Como equiparar a situação dos agentes de saúde com a de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem? Não são iguais e precisam muito do apoio e do fortalecimento do Sindsaúde nas suas lutas.

Com esta atitude, a diretoria do Sindsaúde abre as portas da entidade para que os agentes de saúde ingressem no Sindas. Este foi o sentimento dos agentes de saúde do Seridó, de Mossoró e da maioria das outras regiões que viram perplexas o plenário do congresso extinguir a Secretaria de Agentes de Saúde. É lamentável!

PROPOSTAS DA TESE 2 QUE DEIXARAM DE SER APROVADAS

• A criação de três coordenações para descentralizar o poder de comando do Sindsaúde, que hoje é dirigido por um único diretor;

• O conhecimento prévio pela base das teses inscritas nos congressos num período de 3 meses;
• A participação da base nas comissões de organização dos congressos;
• A eleição do Conselho Fiscal através de uma lista nominal e não integrada às chapas para dar mais autonomia e independência na fiscalização das contas do Sindicato;
• O aumento do repasse para as coordenadorias regionais de 50% para 60%, possibilitando descentralizar recursos da diretoria estadual para que as regionais possam ter melhores condições de funcionamento, assessorias de comunicação, assessoria jurídica, transporte, entre outros;
• A criação de uma secretaria dos servidores de Natal para que esta tivesse mais autonomia e organização para dar respostas às necessidades desta categoria, uma vez que os mesmos diretores que encaminham as lutas do estado também têm a tarefa de encaminhar as de Natal.

Nossa Tese apresentou propostas que não foram acatadas pela maioria dos congressistas, mas que sabemos que a falta de conhecimento prévio e de debate na base foram definidores para que estas propostas não passassem e para que a diretoria do Sindsaúde aprovasse a maioria das suas propostas.

A falta de democracia marcou todo o processo de organização do congresso. Já na sua convocação os sócios só ficaram sabendo da sua realização trinta dias antes do congresso. As assembleias para escolha de delegados só foram divulgadas dois dias antes de acontecerem. Assim, trabalhadores que não estavam de plantão nos dias não tiveram oportunidade de se organizar e disputar as vagas do seu local de trabalho.

No entanto, enquanto a maioria só soube das assembleias para escolha de delegados (as) dois dias antes, os diretores do Sindicato já se articulavam pessoalmente com alguns sócios, coletando nomes e documentos para assegurar a sua ida para o congresso um mês antes. De fato, se utilizaram de informações privilegiadas para já garantirem sua maioria no congresso.

A ausência de debate das teses na base das categorias e a falta de transparência e democracia na escolha dos delegados foram as táticas utilizadas para garantir a maioria no congresso. Afirmamos isto com convicção, pois jamais a base seria a favor de, por exemplo, acabar com a secretaria de agentes de saúde num momento em que o Sindsaúde disputa esta categoria com outros sindicatos.

Enquanto o debate sobre os rumos do Sindsaúde não forem descentralizados para as bases dos trabalhadores, nenhum congresso poderá ser chamado de democrático, pois os delegados que lá estiveram só conheceram as propostas das teses no dia do congresso e já tiveram que tomar decisões pelos 17 mil sócios que representavam. De fato, não representaram a sua base, mas a si mesmos.

COOPERATIVA DE CRÉDITO
Um dos pontos do debate que ocorreu no congresso foi a denúncia que representantes da Tese 2 fizeram sobre a falta de democracia nas decisões de questões importantes que atingem os sócios do Sindsaúde, como o caso da decisão da diretoria de participar da criação de uma cooperativa financeira que terá como objetivo gerar lucro para o sindicato, funcionando como um banco. Esta decisão se deu sem discussão com a base, demonstrando que a atual diretoria do Sindsaúde não tem nenhum respeito pelo que pensa o conjunto dos trabalhadores. Esta discussão forçou a aprovação de uma proposta da Tese 2, que estabeleceu que qualquer investimento financeiro e compra de bens do sindicato deve ser decidido em assembleia estadual mobilizada com um mês de antecedência.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Educação Pública

Professora Amanda Gurgel participa de dia da independência na Bahia

RAÍZA ROCHA, de Salvador (BA)

No dia em que se comemora a Independência da Bahia, 2 de julho, a professora Amanda Gurgel esteve na capital baiana e participou do cortejo que aglutina movimentos sociais, partidos políticos e a população nas ruas do centro histórico de Salvador para resgatar as mobilizações do recôncavo baiano que expulsaram as últimas tropas dos colonizadores portugueses do Brasil em 1823.

Amanda Gurgel participou do Bloco da Assembleia Nacional dos Estudantes Livre (ANEL-BA) e, ao lado da juventude baiana, lançou no Estado a campanha Nacional contra o novo Plano de Educação (PNE) do Governo Dilma e por 10% do PIB para Educação. Com faixas, palavras de ordem, batucadas, o bloco foi muito bem recebido pela população. Moradores e trabalhadores que assistiam ao cortejo parabenizavam a campanha e declaravam seu apoio à luta em defesa da Educação, saudando a garra de Amanda Gurgel que na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte denunciou a atual situação da Educação no Estado e em todo o país.

Amanda ainda esteve presente no Bloco da Oposição à atual direção da APLB (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia) e no bloco dos professores das Universidades Estaduais Baianas que recentemente estiveram em greve por melhores salários e contra o corte de verbas no Ensino Superior.

Atenção Trabalhadores!

Revolta

ALUNOS PROTESTAM CONTRA DESCASO NA EDUCAÇÃO E PINTAM ESCOLA EM SÃO GONÇALO DO AMARANTE

Escola Municipal Poti Cavalcanti, bairro Novo Amarante, município de São Gonçalo do Amarante/RN. Revoltados com o descaso do prefeito Jaime Calado (PR), alunos do projeto para Educação de Jovens e Adultos (EJA) resolveram pintar a própria escola em sinal de protesto. Os estudantes dos 2º e 3º níveis do EJA pintaram as salas e ainda doaram o restante do material para a direção da escola. As tintas e o material de pintura foram comprados com o próprio dinheiro dos estudantes.

Durante a manifestação, os alunos denunciaram as condições precárias do prédio, a insuficiência de pessoal de apoio (ASG's) e a falta até de material didático. Para se ter uma ideia do abandono, as paredes da escola estão sujas e cheias de rachaduras, o piso está quebrado em vários locais, há muitas carteiras quebradas e falta iluminação na quadra de esportes.

A situação é tão dramática que o professor de Língua Portuguesa se viu obrigado a elaborar uma apostila, no valor de R$ 3,50, para que os alunos não estudassem sem material didático. Segundo o professor, ele procurou a Secretaria de Educação para que o órgão custeasse a apostila, mas recebeu uma negativa como resposta.

Abaixo, confira o vídeo feito pelos alunos da escola.

Educação Pública

Educação Pública

DIREÇÃO DO SINTE SÃO GONÇALO PARTICIPA DE AUDIÊNCIA COM A PREFEITURA NESTA SEGUNDA

A direção do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de São Gonçalo do Amarante (Sinte/RN) participa de uma audiência com a Prefeitura do município na manhã desta segunda-feira, dia 4. O objetivo é debater os imensos problemas que enfrenta a educação pública. Abaixo, veja a pauta a ser discutida.

• Revogação do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) dos professores;
• Implementação do PCCS dos funcionários;
• Prestação de contas do FUNDEB 60 e 40;
• Adicional de Insalubridade para o pessoal de apoio;

• Concurso Público;
• Reforma das escolas;
• A volta dos 30% da regência, que de acordo com a Lei do Piso não poderia ser utilizada para chegar ao valor do mesmo.

• O cumprimento do Piso Nacional;
• Proposta de reajuste salarial para os trabalhadores em Educação;

• O pagamento da UVA;
• Descongelamento das promoções, qüinqüênios e licenças prêmios;
• Equipamentos de Proteção Individual dos funcionários;

• Esclarecimentos sobre a junta médica do IPREV.

domingo, 3 de julho de 2011

São Gonçalo do Amarante

ARRAIÁ DOS ARRETADOS LEVA MUITA ALEGRIA PARA SERVIDORES DA SAÚDE E DA EDUCAÇÃO

Organizada em conjunto pelo Sindsaúde e Sinte de São Gonçalo do Amarante, a festa junina também marcou a posse da nova direção do sindicato da saúde

Na noite do dia 1º de julho, no Espaço Kaçuá, a alegria tomou conta dos servidores da saúde e da educação de São Gonçalo do Amarante. O Arraiá dos Arretados, festa junina organizada pelo Sindsaúde e pelo Sinte do município, reuniu centenas de trabalhadores, amigos e familiares. O festejo contou com um trio de forrozeiros, uma quadrilha matuta, sorteio de balaios e bastante forró no salão, além de comida, bebida e muita animação.

A festa também marcou a posse da nova direção do Núcleo do Sindsaúde, eleita com 77% dos votos com a missão de continuar combatendo os ataques do prefeito Jaime Calado (PR) e de qualquer outro gestor que queira retirar direitos dos trabalhadores. A comemoração ainda teve a importante participação da professora Amanda Gurgel, que ficou conhecida nacionalmente após denunciar o caos da educação pública no Rio Grande do Norte. O professor e representante da Central Sindical e Popular - Conlutas (CSP-Conlutas), Dário Barbosa, também marcou presença.


Forró no salão

Diretora Sinte, Socorro Alves, caindo no forró

Trio de forró animou o Arraiá dos Arretados

Diretora do Sindsaúde, Elineuza Maria, e seu companheiro Ari

A diretora do Sindsaúde, Simone Dutra, e a diretora do Sinte Cristiane Nunes

A Rainha do Arraiá

Irreverência também marcou a festa

Simone Dutra e a advogada do Sinte e do Sindsaúde, Juliana Leite

Servidores e familiares no salão

A nova direção do Núcleo do Sindsaúde: 77% dos votos

Espaço Kaçuá ficou pequeno para tantos trabalhadores

A mascote do Sindsaúde, Chica da Saúde

Diretores do Sinte e do Sindsaúde ao lado da professora Amanda Gurgel

Amanda Gurgel prestigiou a festa dos servidores de São Gonçalo

O mascote do Sinte, Zé do Giz

Servidora da saúde, Márcia Régia anunciou a nova direção do sindicato

Cristiane Nunes fez parte da comissão eleitoral durante as eleições do Sindsaúde

Eleito pela segunda vez para a direção do Núcleo, Vivaldo Jr. agradeceu a confiança dos servidores na luta e independência do sindicato

Socorro Alves (Sinte) e Vivaldo Jr. (Sindsaúde) comandaram a festa

Eleita para a nova direção do Sindsaúde São Gonçalo, a servidora Fátima Silva convocou todos os trabalhadores a participarem das lutas

A diretora do Sindsaúde Elineuza Maria saudou os presentes

A nova diretora do Sindsáude, Ivete Varela, agradecendo os votos e a confiança na nova geração

Vanilson França, o Dino, deixando seu recado como a voz dos agentes de endemias na direção do Sindsaúde

A mascote Chica da Saúde ladeada pela diretora Cristiane Nunes e sua filha

A criançada encheu a festa de beleza e alegria


Vivaldo Jr. e Socorro Alves com o representante do Sindicato dos Ferroviários, José Cherlinton

Servidores aproveitando o Arraiá dos Arretados









A funcionária do Sinte, Alba, ao lado da diretora Cristiane Nunes

Servidores foram sorteados com balaios juninos