quarta-feira, 20 de julho de 2011

São Gonçalo do Amarante

TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO PROTESTAM EM FRENTE À CÂMARA MUNICIPAL E COBRAM DIREITOS

Na manhã desta terça-feira, dia 19, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação de São Gonçalo do Amarante (Sinte/RN) realizou, em conjunto com professores e funcionários, um ato público em frente à Câmara Municipal. A manifestação cobrou dos vereadores do município e do prefeito Jaime Calado (PR) a devolução dos 30% da regência de classe e o cumprimento do Piso Nacional do Magistério. Em 2009, o novo Plano de Cargos, elaborado pela Prefeitura e aprovado pelos vereadores, incorporou a regência de classe dos professores para chegar ao valor do piso, o que resultou em perdas salariais para a categoria.

“Contrariando uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), maior instância da justiça brasileira, o prefeito Jaime Calado insiste em não cumprir a Lei do Piso Nacional e continua utilizando os 30% da regência de classe para completar os salários do Magistério. Isso é inconstitucional.”
, denunciou Socorro Alves, diretora do sindicato.


O protesto também expôs a situação precária das escolas de São Gonçalo. Escolas sem estrutura adequada, merenda insuficiente e de baixa qualidade, ausência de material escolar e servidores desvalorizados. “A todo instante, a gente descobre uma realidade chocante na educação do município. Na escola Poti Cavalcante, por exemplo, os próprios alunos se viram obrigados a pintar suas salas de aula. E o professor de Português, da modalidade da EJA, teve que tirar do próprio bolso dinheiro para fazer o material didático dos alunos.”, destacou Socorro.

Desde que assumiu o mandato, o prefeito Jaime Calado tem apenas piorado as já ruins condições das escolas São Gonçalo. Não há carteiras suficientes, as paredes estão rachadas e cheias de infiltração, falta material didático e a merenda sofre com o completo descaso. Até alimento fora da data de validade já foi encontrado nas escolas, além de todo tipo de animais em algumas dependências.


“Além disso, os funcionários das escolas trabalham sem adicional de insalubridade e ainda não foram incorporados ao Plano de Cargos, o que já deveria ter acontecido desde 1997.”
, reclamou a diretora do Sinte.


A manifestação contou ainda com a participação do Sindsaúde de São Gonçalo, que denunciou as péssimas condições da saúde no município.

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