PREFEITURA DE SÃO GONÇALO TRANSFORMA CENTRO DE ZOONOSES EM DEPÓSITO DE PNEUS E GERA FOCOS DE DENGUE
Comunidade de Canaã, São Gonçalo do Amarante/RN, 11 de julho de 2011. A imagem que o diretor do Sindsaúde, Vivaldo Dantas, presenciou no local onde deveria funcionar o Centro de Zoonoses do município era inacreditável. No terreno que pertence ao espaço destinado ao centro, centenas de pneus estavam amontoados e expostos ao ar livre sem nenhum tipo de proteção. E o pior: dezenas deles tinham água acumulada e apresentavam focos de dengue. Segundo informações, os pneus são trazidos de outros lugares do município e depositados no local por orientação da Prefeitura, através da Coordenação de Endemias.
A denúncia foi feita por moradores da própria comunidade, que estão assustados com o perigo que a situação vem causando. Dona Izaurina dos Santos, de 82 anos, moradora do Canaã, contou que os pneus estão no lugar há mais ou menos dois anos. Ela informou também que a casa em frente ao Centro de Zoonoses pertence ao filho dela e que ele decidiu colocar o imóvel à venda. “O meu filho saiu daqui com cinco crianças pequenas porque os meninos estavam adoecendo. Dois netos meus tiveram dengue e eu já tenho outra neta aqui que tá com os sintomas. Isso é responsabilidade do prefeito, que tem que tirar esses pneus daqui.”, disse dona Izaurina.
A jovem Teresa Raquel, de 24 anos, neta de dona Izaurina e também moradora da comunidade, disse que os pneus representam um risco para a população. “Isso daí é um risco. Esses pneus estão gerando o mosquito da dengue e prejudicando a saúde da população toda. Eu quero que a Prefeitura tome uma providência porque, inclusive, o coordenador de endemias, Flávio Tinoco, disse que aqui não tinha risco nenhum, que a gente ficasse despreocupada. Mas não é o que está acontecendo. Aí tá cheio de mosquitos da dengue como vocês puderam comprovar.”, denunciou Teresa.
RN tem mais de 15 mil casos de dengue
No dia 1º de julho, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) divulgou o mais recente boletim da dengue, com dados coletados até o último dia 25 de junho. Em todo o Rio Grande do Norte foram notificados 15.722 casos da doença. Deste número, 5.656 foram confirmados.
Noventa e nove municípios do estado estão com incidência alta em dengue. Entre eles está São Gonçalo do Amarante, com 513 casos notificados. Do início do ano até agora, já ocorreram 34 óbitos no RN com suspeita de dengue. Doze mortes foram confirmadas. “O prefeito de São Gonçalo do Amarante, ao invés de contribuir para diminuir os casos crescentes de dengue no RN, está trazendo os focos para dentro da cidade. Não adianta de nada o agende de endemias fazer seu trabalho, tratando as casas no dia a dia, quando o principal responsável pela proliferação do mosquito é o próprio prefeito.”, afirmou Vivaldo Dantas, diretor do Sindsaúde.
O Centro de Zoonoses, que deveria combater o Calazar, está desativado. Informações dão conta de que, na verdade, ele nunca chegou a funcionar. Enquanto isso, a população fica exposta a todo tipo de doenças.
Agentes de Endemias amargam condições precárias de trabalho
Para combater a dengue em São Gonçalo, os agentes de endemias realizam verdadeiros sacrifícios. Muitos deles trabalham sem material de segurança e de expediente. É constante a falta de luvas, máscaras, lanternas, botas, fardamento, lápis, protetor labial e boné.
Como se não bastasse isso, os agentes ainda recebem o pior salário entre os municípios da Grande Natal. Mesmo São Gonçalo possuindo a 4º maior arrecadação do Estado, cerca de R$ 90,9 milhões (dados do Tesouro Nacional), a Prefeitura paga apenas R$ 545 de salário-base aos trabalhadores que lutam para combater a dengue na cidade. Doença que o prefeito, inclusive, está ajudando a espalhar.
Para se ter uma ideia de como é baixo o salário do agente de endemias, basta olhar o município de Extremoz. Com uma arrecadação de R$ 23,4 milhões, a cidade pagava no ano passado R$ 800 de salário-base a seus agentes. Ainda é um valor baixo, mas consegue ser bem maior do que o de São Gonçalo.
Abaixo, veja o vídeo feito no local.
A denúncia foi feita por moradores da própria comunidade, que estão assustados com o perigo que a situação vem causando. Dona Izaurina dos Santos, de 82 anos, moradora do Canaã, contou que os pneus estão no lugar há mais ou menos dois anos. Ela informou também que a casa em frente ao Centro de Zoonoses pertence ao filho dela e que ele decidiu colocar o imóvel à venda. “O meu filho saiu daqui com cinco crianças pequenas porque os meninos estavam adoecendo. Dois netos meus tiveram dengue e eu já tenho outra neta aqui que tá com os sintomas. Isso é responsabilidade do prefeito, que tem que tirar esses pneus daqui.”, disse dona Izaurina.
A jovem Teresa Raquel, de 24 anos, neta de dona Izaurina e também moradora da comunidade, disse que os pneus representam um risco para a população. “Isso daí é um risco. Esses pneus estão gerando o mosquito da dengue e prejudicando a saúde da população toda. Eu quero que a Prefeitura tome uma providência porque, inclusive, o coordenador de endemias, Flávio Tinoco, disse que aqui não tinha risco nenhum, que a gente ficasse despreocupada. Mas não é o que está acontecendo. Aí tá cheio de mosquitos da dengue como vocês puderam comprovar.”, denunciou Teresa.
RN tem mais de 15 mil casos de dengue
No dia 1º de julho, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) divulgou o mais recente boletim da dengue, com dados coletados até o último dia 25 de junho. Em todo o Rio Grande do Norte foram notificados 15.722 casos da doença. Deste número, 5.656 foram confirmados.
Noventa e nove municípios do estado estão com incidência alta em dengue. Entre eles está São Gonçalo do Amarante, com 513 casos notificados. Do início do ano até agora, já ocorreram 34 óbitos no RN com suspeita de dengue. Doze mortes foram confirmadas. “O prefeito de São Gonçalo do Amarante, ao invés de contribuir para diminuir os casos crescentes de dengue no RN, está trazendo os focos para dentro da cidade. Não adianta de nada o agende de endemias fazer seu trabalho, tratando as casas no dia a dia, quando o principal responsável pela proliferação do mosquito é o próprio prefeito.”, afirmou Vivaldo Dantas, diretor do Sindsaúde.
O Centro de Zoonoses, que deveria combater o Calazar, está desativado. Informações dão conta de que, na verdade, ele nunca chegou a funcionar. Enquanto isso, a população fica exposta a todo tipo de doenças.
Agentes de Endemias amargam condições precárias de trabalho
Para combater a dengue em São Gonçalo, os agentes de endemias realizam verdadeiros sacrifícios. Muitos deles trabalham sem material de segurança e de expediente. É constante a falta de luvas, máscaras, lanternas, botas, fardamento, lápis, protetor labial e boné.
Como se não bastasse isso, os agentes ainda recebem o pior salário entre os municípios da Grande Natal. Mesmo São Gonçalo possuindo a 4º maior arrecadação do Estado, cerca de R$ 90,9 milhões (dados do Tesouro Nacional), a Prefeitura paga apenas R$ 545 de salário-base aos trabalhadores que lutam para combater a dengue na cidade. Doença que o prefeito, inclusive, está ajudando a espalhar.
Para se ter uma ideia de como é baixo o salário do agente de endemias, basta olhar o município de Extremoz. Com uma arrecadação de R$ 23,4 milhões, a cidade pagava no ano passado R$ 800 de salário-base a seus agentes. Ainda é um valor baixo, mas consegue ser bem maior do que o de São Gonçalo.
Abaixo, veja o vídeo feito no local.
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