domingo, 10 de março de 2013

Descaso na educação pública


CANSADOS DE ESPERAR, PROFESSORES DE SÃO GONÇALO REALIZAM ATO CONTRA DESCASO NA EDUCAÇÃO PÚBLICA

Na manhã desta segunda-feira (11), às 8h, os professores de São Gonçalo do Amarante, região metropolitana de Natal (RN), realizam ato em frente à Secretaria Municipal de Educação da cidade em busca de uma solução definitiva para a situação calamitosa em que se encontra a educação pública do município.

O protesto, organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do RN, núcleo de São Gonçalo de Amarante (Sinte/RN), é um grito de socorro, informando aos dirigentes da cidade que a sociedade está cansada de esperar por uma educação de qualidade para seus filhos.

O mês de março já está quase na metade e muitos alunos da rede pública ainda não iniciaram o ano letivo devido à negligência e ao descaso da prefeitura. A situação é pior na Escola Municipal Maria das Neves, que está prestes a ter o turno da noite fechado, relocando os alunos para a Escola Municipal Vicente de França Monte, distante da primeira.

Os alunos do Maria das Neves chegaram a fazer um abaixo assinado para que possam continuar estudando em sua escola de origem. Além da dificuldade de deslocamento que a mudança traria, professores alegam que há rixas entre os jovens de bairros diferentes e a mudança de escola também pode trazer problemas nesse sentido.

Além disso, o Sinte/RN aponta irregularidades trabalhistas. Os professores do Maria das Neves foram relocados verbalmente, sem documentação adequada.

A Secretaria de Educação ainda se recusa a convocar os concursados aprovados, dessa forma, demonstra que não há interesse em sanar a falta de professores em sala de aula. A prefeitura alega contenção de gastos, mas utilizou dinheiro público para pagar aulão realizado por uma escola particular de Natal.

Para o ato desta segunda-feira, os trabalhadores da educação convocam estudantes e pais para se juntarem à luta. Nas escolas, os estudantes já estão pedindo pelo apoio das instâncias jurídicas estaduais e também da imprensa para denunciar os abusos cometidos contra o direito à educação.


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