SECRETÁRIO
DE EDUCAÇÃO DIZ QUE NÃO É OBRIGADO A ENTREGAR DOCUMENTO ASSINADO POR ESCRITO E
AS NEGOCIAÇÕES POUCO AVANÇAM
Em
audiência ocorrida ontem (14), na Secretaria Municipal de Educação de São
Gonçalo do Amarante, o secretário de educação, Abel Neto (PT), recebeu o Sindicato
dos Trabalhadores da Educação Pública do RN, núcleo de São Gonçalo de Amarante
(Sinte/RN) e disse que não vai mais entregar documentos assinados ao Sinte já
que não é obrigado a nada.
Provavelmente
o secretário não se considera na obrigação de prestar contas aos trabalhadores
da educação, confirmando mais uma vez o descaso com que trata a educação
pública da nossa cidade.
A
audiência foi concedida somente após a pressão dos trabalhadores, que
realizaram ato público na segunda-feira (11), em frente à secretaria, exigindo
que o secretário entregasse as respostas por escrito da pauta de reivindicações
feita pela categoria semanas atrás. Porém, pouco se avançou nas negociações.
Sobre
a situação dos concursados, Abel Neto disse que só poderá resolver quando tiver
em mãos o levantamento (que o sindicato cobra desde o ano passado) sobre a
situação do quadro de funcionários da educação. Esse levantamento abrange os
profissionais que estão em desvio de função, os que foram cedidos a outros órgãos,
os que estão em readaptação, os que foram exonerados ou estão em processo de
exoneração e de aposentadoria, os que já estão aposentados e os falecidos.
Enquanto
isso, o secretário comunicou que está contratando trabalhadores em dupla
jornada para ocupar a vaga dos funcionários efetivos que não se encontram em
seus locais de origem. Segundo ele, os nomes dessas pessoas estão sendo
incluídas nos encaminhamentos. O Sinte de São Gonçalo está fiscalizando para
ver se essas vagas ocupadas com dupla jornada são mesmo dos efetivos cedidos ou
se são as vagas dos concursados.
O
secretário cobra também que os trabalhadores que não se encontram em seus
locais de origem se apresentem à secretaria até o fim do mês, caso contrário
ficarão sem o pagamento do mês de março e também sem o reajuste de 7,97%, que
será concedido ainda em abril apenas para os professores que estão em sala de
aula e para aqueles que realizam outras funções dentro da escola.
Já
o descongelamento das promoções de letras, quinquênios e licenças prêmios dependem
do estudo que a secretaria diz estar fazendo sobre o impacto desses acréscimos na
folha de pagamentos.
Com
relação às escolas municipais Maria das Neves e Vicente de França Monte, o
secretário reconheceu estar errado, mas afirmou que a situação ficará como
está. Os alunos do turno da noite da modalidade Eja, matriculados na escola
Vicente de França Monte dos níveis III e IV, foram obrigados a frequentar a
escola Maria das Neves. Já os alunos matriculados no turno da noite da escola
Maria das Neves, no nível II da Eja foram obribados a estudar na escola Vicente
de França, mesmo contra a vontade.
Essa
atitude do secretário de educação está fazendo com que muitos alunos desistam
de estudar, por diversas razões, inclusive pelas dificuldades de locomoção.
Essa
situação apenas precariza ainda mais a educação pública. A política exercida
pela prefeitura apenas prejudica os serviços que deveriam ser oferecidos em sua
totalidade à população. Não podemos permitir que a administração de São Gonçalo
continue pisando no trabalhador e na própria população.
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