quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Deu na Imprensa

Município descumpre acordo com técnicos de enfermagem

Repressão e usurpação de direitos. É desta forma que, segundo os técnicos de enfermagem da Maternidade Prof. Leide Morais, a Secretaria Municipal de Saúde vem se comportando diante da greve iniciada pelos servidores semana passada. Eles decidiram paralisar os trabalhos quando receberam os contracheques e visualizaram que os adicionais de insalubridade, adicional noturno, produtividade e gratificação específica de maternidade (Geaon), não haviam sido incluídos. Esta é a quarta vez que o acordo é descumprido pela Prefeitura de Natal. Como represália, o secretário municipal de Saúde, Thiago Trindade, ameaçou cortar o ponto dos grevistas e ainda transferir cinco profissionais lotados naquela unidade.

Segundo enfermeiros que trabalham no hospital, o salário recebido atualmente é três vezes menor do que o devido pelo município. “Recebemos hoje R$ 496. Nosso salário bruto deveria ser de R$ 1,6 mil”, avalia o técnico de enfermagem Eugênio Pacelli. Somente da gratificação específica de maternidade, Geaon, os técnicos deveriam receber R$ 525. “A gente se reúne e nada é resolvido. O secretário está nos ameaçando, não nos recebeu na última reunião marcada segunda passada”.

As ameaças citadas por Eugênio Pacelli partiram de Thiago Trindade segundo informações de uma das diretoras do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (Sindsaúde), Ana Cristina. “O secretário disse que iria transferir cinco funcionários e cortar o ponto de todos. Isso é coação. Greve é um direito do trabalhador”, analisa Ana. Ela comenta, ainda, que a prefeitura deveria ter publicado o nome dos 37 técnicos que cobram o pagamento dos adicionais no Diário Oficial do Município, porém só publicou o nome de dez.

Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde, a prefeita de Natal, Micarla de Sousa, recebeu uma comissão formada pelos técnicos da Maternidade Leide Morais durante a inauguração do Ambulatório Médico Especializado (AME), em Brasília Teimosa, e garantiu resolver a situação deles. Os técnicos enfatizam que só voltarão a trabalhar quando as gratificações forem, de fato, publicadas.

Fonte: Tribuna do Norte - 01/12/2010

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