Entidades sindicais e servidores prestam solidariedade à dirigente sindical Simone Dutra
Na manhã da última terça-feira (21), servidores públicos e entidades sindicais, entre elas a CSP-Conlutas, se concentraram em frente à Delegacia de Polícia Civil de São Gonçalo do Amarante/RN para prestar solidariedade à dirigente sindical Simone Dutra. A manifestação de apoio à diretora do Sindsaúde no município ocorreu durante a segunda audiência sobre a agressão sofrida pela sindicalista na Unidade de Saúde de Jardim Lola, em novembro passado. Enquanto tentava realizar uma reunião com trabalhadores da unidade, Simone Dutra foi intimidada e chamada de "vagabunda" pelo gerente do posto de saúde, Jean Queiroz. Os manifestantes permaneceram na porta da Delegacia até o final da audiência, que colheu os depoimentos das testemunhas do caso.
O técnico de enfermagem, Tarcísio Nascimento, que estava presente na reunião no momento da agressão, confirmou em seu testemunho a denúncia feita pela sindicalista Simone Dutra. Tarcísio afirmou que, assim que a diretora do Sindsaúde chegou à unidade, o gerente Jean Queiroz começou a segui-lá por todo o local. Após o início da reunião, Simone Dutra pediu ao gerente do posto que se retirasse da sala, já que a reunião trataria de assuntos de interesse apenas dos servidores. Nesse momento, Tarcísio Nascimento ouviu quando Jean Queiroz afirmou que não sairia do local porque estava a mando do prefeito (Jaime Calado). Diante da recusa do gerente, Simone passou a fotografá-lo para registrar a tentativa de intimidação. O técnico de enfermagem viu quando Jean Queiroz partiu de forma agressiva para cima da sindicalista, gritando: "Simone, não tire essas fotos! Sua vagabunda, sua vagabunda!".
Tarcísio Nascimento ainda afirmou que teve a impressão de que o gerente iria agredir fisicamente a diretora do sindicato. "Ele chegou a se armar para agredi-la e ficou com o dedo muito próximo ao rosto dela.", o disse o técnico de enfermagem.
A testemunha trazida por Jean Queiroz, a recepcionista da Unidade de Jardim Lola Maria de Fátima, deu um depoimento absurdo e inconsistente. Ela afirmou que Simone já chegou ao posto de saúde empurrando o gerente e que ele não esboçou nenhuma reação. Quanto ao ocorrido na sala em que se realizou a reunião, Maria de Fátima disse não ter visto nada porque estava na frente da unidade, na recepção.
Outras duas testemunhas também compareceram à delegacia para confirmar a versão da diretora do Sindsaúde, pois estavam na reunião no momento da agressão. Mas não foi preciso colher seus testemunhos. A polícia de São Gonçalo já encaminhou o caso para o Juizado de Pequenas Causas do município, que dará continuidade ao processo em audiência marcada para o dia 25 de fevereiro de 2011.
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