Nesta semana que passou o Brasil viu nascer um movimento forte de luta que, primeiramente, se manifestou de maneira pacífica contra o aumento da passagem de ônibus em São Paulo e que agora toma proporções gigantescas na luta por um Brasil melhor, sem corrupção e que valorize o cidadão brasileiro e garanta o direito a serviços públicos de qualidade.
O movimento tem sido vítima da truculência da polícia e da violência ideológica promovida pela grande imprensa, que ainda insiste em criminalizar as manifestações. Por mais que surjam na internet vídeos, fotos e provas de que a força policial está ultrapassando todos os limites da coerência e de que o estado em si está tratando a situação com requintes ditatoriais, os grandes jornais e as principais emissoras de TV e sites do país continuam chamando os manifestantes de vândalos.
Essas mesmas pessoas que a mídia chama de vândalos são trabalhadores e estudantes que cansaram da miséria social em que vivemos, que cansaram do descaso do poder público e que agora estão se levantando , ganhando as ruas e provando que não se deixarão intimidar pela força bruta!
Os protestos agora se multiplicam em várias cidades do país. Aqui no RN não seria diferente. Desde a semana passada novos protestos contra o aumento das passagens de ônibus em Natal foram realizados na Zona Sul da capital. Novas manifestações estão marcadas para esta semana que se inicia hoje. Aqui em São Gonçalo do Amarante devemos manter essa chama de luta acesa e comparecer ao ato público em prol da educação do município, às 9h, em frente ao Fórum de São Gonçalo.
Nós, dos Sindicatos dos Trabalhadores em Educação e Saúde (Sinte e Sindsaúde), núcleos de São Gonçalo, apoiamos as manifestações que estão tomando conta do Brasil e nos solidarizamos com os companheiros da luta em São Paulo. Repudiamos a ação da PM e a cobertura fascista feita pela grande mídia nacional.
Leia agora a nota da CSP-Conlutas publicada neste domingo (16) sobre os protestos e entenda melhor os motivos de nossa luta:
Trabalhadores aderem: Todos aos atos contra a repressão e o aumento de passagens!
Os estudantes saíram na frente contra o aumento dos preços das passagens e vão ganhar o reforço de trabalhadores. Nesta segunda-feira (17), na manifestação marcada em São Paulo já haverá a adesão dos metalúrgicos de São José dos Campos, trabalhadores rurais do interior paulista, operários da construção civil e funcionários do comércio, por exemplo.
A decisão foi tomada no sábado (15) pela manhã em reunião com cerca de 100 representantes de várias entidades. Entre elas, a CSP-Conlutas e sindicatos filiados, a Anel, o MPL, o PSTU, o Psol e o próprio Movimento Passe Livre, que vem organizando os protestos na cidade de São Paulo.
“Estamos fazendo neste final de semana uma convocação geral para que, inclusive, nas fábricas e locais de trabalho, as pessoas possam avaliar que agora é o momento de também protestar contra a repressão e ditadura do governo Alckmin”, diz o membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas.Zé Maria de Almeida.
Em São Paulo, os protestos que começaram com a indignação com o reajuste da tarifa do transporte, sob bandeira “Se a tarifa não baixar, a cidade vai parar”, agora já tomar outras dimensões. A repressão exacerbada ampliou a simpatia de outros setores e ganhou maiores dimensões com a insatisfação de segmentos da sociedade na forma de condução das esferas de governo – federal, estaduais e municipais. Na última manifestação era possível observar os cartazes: “Copa Fifa: R$ 33 bi, Olímpiada: R$ 24 bi, corrupção: R$ 50 bi, salário mínimo: R$ 678. E você ainda acha que é por 20 centavos?”.
FONTE: CSP-Conlutas
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