segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Em São Gonçalo, a ditadura está de volta?

PREFEITO JAIME CALADO PERSEGUE SERVIDORES DA SAÚDE QUE PARTICIPARAM DA GREVE

A ditadura está de volta em São Gonçalo do Amarante. Na terra dos mártires de Uruaçu, o prefeito Jaime Calado (PR) resolveu transformar a vida dos servidores do município em um verdadeiro martírio. Após quase dois meses de uma forte greve, os profissionais da saúde pública estão enfrentando a perseguição da Prefeitura. Os trabalhadores que paralisaram suas atividades em defesa de seus direitos, melhores salários e condições de trabalho agora são alvo da raiva e do desrespeito do prefeito. Até o momento, duas servidoras do PSF foram transferidas de seus postos por participarem da greve. Uma enfermeira da unidade de saúde de Regomoleiro e uma dentista de Jardim Petrópolis. Ambas tiveram presença marcante no movimento.

A verdade é que o prefeito Jaime Calado odeia servidor público e administra São Gonçalo como se fosse um ditador. Persegue quem luta por um serviço público de qualidade e pune os que ousam enfrentar seus desmandos. Na prática, o prefeito gostaria mesmo é de acabar com o direito de greve, conquistado com a luta e a vida de muitos trabalhadores. Prova disso foi a medida autoritária que a Prefeitura tomou ao descontar os salários dos servidores durante a paralisação deste ano, mesmo com a justiça julgando o movimento legítimo e legal. É assim que age o prefeito Jaime Calado, administrando a cidade como se estivesse acima das leis e dos direitos dos funcionários. Não é à toa que entre os servidores ele já é considerado o pior prefeito que São Gonçalo já teve.

Como se não bastasse ser um ditador, o senhor Jaime Calado ainda transformou a Prefeitura em um grande cabide de emprego. As secretarias estão lotadas de cargos comissionados. Na Secretaria de Assistência Social, por exemplo, existem mais 100 de pessoas em cargos de confiança, a maioria recebendo um salário superior ao de um servidor efetivo. Na educação pública, a situação não é diferente. Segundo dados da própria Prefeitura, o custo da folha de pagamento dos comissionados da Secretaria de Educação é maior do que o da folha dos servidores de carreira. Os cargos de comissão custam R$ 60 mil, contra R$ 50 mil de professores e funcionários. É a comprovação de que o prefeito Jaime Calado utiliza os recursos do município para favorecer seus aliados e apadrinhados políticos.

Esse escândalo precisa ter um fim. A resposta dos trabalhadores de São Gonçalo do Amarante precisa ser dada nas ruas, com protestos e denúncias, e nas urnas, com a população da cidade rejeitando o ditador que se apropriou do município. O Sindsaúde vai permanecer firme na luta contra os ataques do prefeito aos servidores públicos e não dará trégua nessa batalha. A organização desse movimento está só começando.

Nenhum comentário:

Postar um comentário