Intransigência do governo força continuidade da greve nas universidades federais
Servidores federais em greve acampam na Esplanada dos Ministérios; neste dia 18 ocorre grande marcha a Brasília
Servidores federais em greve acampam na Esplanada dos Ministérios; neste dia 18 ocorre grande marcha a Brasília
A intransigência do governo Dilma está forçando a continuidade da greve dos professores nas universidades federais, que já entra em seu segundo mês e atinge 57 das 59 unidades, além de 34 dos 38 institutos federais, uma das maiores greves da história no setor.
Os docentes estão parados desde o dia 17 de maio, exigindo a reestruturação do Plano de Carreira, promessa do governo em 2011 que até agora não saiu do papel, além de recomposição das perdas salariais e a reversão da precarização que atinge as instituições federais.
Após enfrentarem a intransigência e “enrolação” do Governo Federal, que marcou e desmarcou reuniões com o movimento sem maiores explicações, houve por fim uma rodada de negociações nesse dia 13 de julho, em Brasília. Ao mesmo tempo em que representantes do Ministério do Planejamento se reuniam com os professores grevistas, o ministro da Educação Aloizio Mercadante e a de Planejamento, Miriam Belchior, iam à imprensa informar o “fim da greve” com uma proposta que supostamente garantiria 45% de reajuste.
A realidade, porém, passa ao largo das cifras divulgadas pelo governo e a proposta, ao invés de melhorar, piora a situação dos docentes.
Manobra para acabar com a greve
Segundo o Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), a proposta apresentada pelo governo “sequer recompõe as perdas inflacionárias dos salários de grande parte da categoria”. Segundo análise do Comando Nacional de Greve, as propostas “apresentam um rebaixamento do valor real da remuneração dos professores”. Além disso, ao contrário do que reivindicam os docentes, a estruturação de uma única carreira, o governo aposta na divisão da categoria.
Os 45% de reajuste foram amplamente divulgados pela imprensa. Mas os cálculos do governo partem de uma manobra, tomando como referência os salários de julho de 2010 e simplesmente desconsiderando a inflação nos próximos três anos (35% de acordo com levantamento do Comando de Greve a partir da inflação dos últimos 30 meses) para chegar ao valor de 45%. A proposta do governo, na verdade, garante apenas um pequeno aumento para uma classe de professores que está no topo da carreira e que representa menos de 10% da categoria.
Intensificar a mobilização
A greve nas universidades federais já é uma das maiores greves do setor desde 2001, pelo menos. Começou com os docentes cruzando os braços no dia 17 de maio, sendo seguidos pelos funcionários, que pararam no dia 13 de junho e pelos estudantes, que decretaram greve estudantil em dezenas de universidades e elegeram um Comando Nacional de Greve para exigir suas próprias reivindicações. A força da mobilização e a ação unificada desses três setores vêm expondo a dura realidade das universidades federais em todo o país, como a estrutura precária e a falta de docentes.
Esta semana deve ser decisiva para a greve nas universidades e no funcionalismo público federal. Neste dia 16 os servidores começaram a montar um acampamento em Brasília, parte da agenda de mobilizações do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais. Já neste dia 18, quarta-feira, os servidores devem tomar Brasília em uma grande marcha. Os estudantes, por sua vez, participam também de uma reunião ampliada do Comando Nacional de Greve, dia 19, também em Brasília.
Os docentes estão parados desde o dia 17 de maio, exigindo a reestruturação do Plano de Carreira, promessa do governo em 2011 que até agora não saiu do papel, além de recomposição das perdas salariais e a reversão da precarização que atinge as instituições federais.
Após enfrentarem a intransigência e “enrolação” do Governo Federal, que marcou e desmarcou reuniões com o movimento sem maiores explicações, houve por fim uma rodada de negociações nesse dia 13 de julho, em Brasília. Ao mesmo tempo em que representantes do Ministério do Planejamento se reuniam com os professores grevistas, o ministro da Educação Aloizio Mercadante e a de Planejamento, Miriam Belchior, iam à imprensa informar o “fim da greve” com uma proposta que supostamente garantiria 45% de reajuste.
A realidade, porém, passa ao largo das cifras divulgadas pelo governo e a proposta, ao invés de melhorar, piora a situação dos docentes.
Manobra para acabar com a greve
Segundo o Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), a proposta apresentada pelo governo “sequer recompõe as perdas inflacionárias dos salários de grande parte da categoria”. Segundo análise do Comando Nacional de Greve, as propostas “apresentam um rebaixamento do valor real da remuneração dos professores”. Além disso, ao contrário do que reivindicam os docentes, a estruturação de uma única carreira, o governo aposta na divisão da categoria.
Os 45% de reajuste foram amplamente divulgados pela imprensa. Mas os cálculos do governo partem de uma manobra, tomando como referência os salários de julho de 2010 e simplesmente desconsiderando a inflação nos próximos três anos (35% de acordo com levantamento do Comando de Greve a partir da inflação dos últimos 30 meses) para chegar ao valor de 45%. A proposta do governo, na verdade, garante apenas um pequeno aumento para uma classe de professores que está no topo da carreira e que representa menos de 10% da categoria.
Intensificar a mobilização
A greve nas universidades federais já é uma das maiores greves do setor desde 2001, pelo menos. Começou com os docentes cruzando os braços no dia 17 de maio, sendo seguidos pelos funcionários, que pararam no dia 13 de junho e pelos estudantes, que decretaram greve estudantil em dezenas de universidades e elegeram um Comando Nacional de Greve para exigir suas próprias reivindicações. A força da mobilização e a ação unificada desses três setores vêm expondo a dura realidade das universidades federais em todo o país, como a estrutura precária e a falta de docentes.
Esta semana deve ser decisiva para a greve nas universidades e no funcionalismo público federal. Neste dia 16 os servidores começaram a montar um acampamento em Brasília, parte da agenda de mobilizações do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais. Já neste dia 18, quarta-feira, os servidores devem tomar Brasília em uma grande marcha. Os estudantes, por sua vez, participam também de uma reunião ampliada do Comando Nacional de Greve, dia 19, também em Brasília.
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