terça-feira, 3 de agosto de 2010

São Gonçalo do Amarante

Trabalhadores em Educação fazem Parada de Advertência e ato em frente à Prefeitura

Na manhã desta terça-feira (03), cerca de 50 trabalhadores da educação de São Gonçalo do Amarante protestaram em frente à sede da Prefeitura municipal. A manifestação fez parte da programação da Parada de Advertência da categoria, convocada para hoje pelo Núcleo do Sinte, com o objetivo de denunciar o caos vivido na educação do município, fruto da política do prefeito Jaime Calado. Entre os principais problemas, estão a falta de estrutura física das escolas, a merenda e o fardamento de péssima qualidade, os baixos salários dos profissionais e a perda de direitos da categoria. Os manifestantes também realizaram uma caminhada pelas ruas do Centro da cidade.

Caminhada seguiu pelas ruas do Centro

Para o pedagogo João Batista, professor da escola Maria de Lourdes de Lima, a educação do município é um retrato do completo abandono. "Na minha escola, não há sala de professores, biblioteca, espaço de lazer para os alunos e nem refeitórios. No Maria de Lourdes, as crianças comem no chão.", denunciou o professor.

Professor João Batista

Os problemas relatados por João Batista também são compartilhados por Francisco de França, professor na Escola Francisco Potiguar Cavalcanti. "Os problemas são muitos. Faltam funcionários, só temos um em cada turno. O forro de PVC de uma de nossas salas está caindo, colocando em risco a segurança dos alunos. Além disso, existem treze ventiladores no chão da escola, esperando instalação. A merenda também é de má qualidade.", afirmou Francisco de França.

Manifestação em frente à Prefeitura

Durante o ato, a diretora do Sinte de São Gonçalo, Socorro alves, lembrou com revolta a política de arrocho salarial do prefeito Jaime Calado (PR). "Em junho, o prefeito de São Gonçalo, Jaime Calado (PR), concedeu um reajuste de 8% aos servidores municipais e aos cargos comissionados da Prefeitura. Entretanto, professores e funcionários que recebem até um salário mínimo, maioria na cidade, ficaram de fora do aumento. Em São Gonçalo, os professores recebem o pior salário da Grande Natal.", disse a diretora.

Ela também rebateu a propaganda mentirosa da Prefeitura. "Ao contrário do que é dito pela Prefeitura, as escolas não têm estrutura adequada e os profissionais trabalham insatisfeitos. O fardamento e a merenda são de péssima qualidade. Muitas vezes servem apenas bolachas com suco e as crianças ainda merendam no chão, porque não há refeitórios.", destacou.

Saúde em luta

O Núcleo do Sindsaúde em São Gonçalo também participou do protesto e denunciou a situação de calamidade da saúde do município. "Mesmo tendo a quarta maior arrecadação do Rio Grande do Norte, no valor de mais de R$ 73 milhões, o prefeito de São Gonçalo ainda paga o pior salário da Grande Natal aos Agentes de Saúde e retirou direitos dos servidores do PSF, como o décimo terceiro e as férias. Além disso, os gerentes das Unidades de Saúde seguem praticando o assédio moral e população continua sofrendo com a cobrança do comprovante de residência.", falou o diretor do Sindsaúde, Vivaldo Júnior.

Vivaldo Júnior, diretor do Núcleo do Sindsaúde

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