terça-feira, 8 de setembro de 2015

Nacional: Cortes na Saúde

A TESOURA DA DILMA ATACA NOVAMENTE: MAIS CORTES NA SAÚDE

Investimento do governo federal em saúde entre janeiro e julho caiu 32% em relação ao ano passado


Segundo uma matéria publicada pela Folha de S. Paulo, na última quarta-feira (02), o governo federal reduziu os gastos com investimento na saúde, diminuindo o percentual em 32%. Ainda, segundo a Folha, de janeiro a julho de 2014, o desembolso para construção de unidades de saúde e compra de equipamentos médicos chegou a R$ 2,5 bilhões. Neste ano, o montante não passou de R$ 1,7 bilhão.

Os novos cortes decorrem do aprofundamento da crise econômica e a consequente queda na arrecadação do governo. A tesoura da Dilma cortou R$ 13 bilhões do Ministério da Saúde, em seu orçamento original. Isso mostra que mais uma vez a saúde permanece distante do foco de prioridades dos governos.

Enquanto o governo preserva o lucro dos patrões, ao mesmo tempo coloca em prática medidas que afetam diretamente os trabalhadores. O corte nos recursos federais previstos para a saúde em 2015 acelera o desmonte da saúde, prejudicando quem necessita desse serviço e abrindo espaço para propostas de cobrança no SUS.

Achou pouco? Espera que tem mais pela frente

Nesse mesmo período, as verbas para estruturação de unidades de atenção especializada em saúde, chegaram a R$ 495,9 milhões. Nos primeiros sete meses deste ano, o montante foi de R$ 252,3 milhões (redução de 49%). A construção de UBSs (Unidades Básicas de Saúde) também caiu 62%, de R$ 478 milhões para R$ 183 milhões em gastos efetivos.

Os dados do Tribunal de Contas da União (TCU) apontam que das 14.425 mil Unidades Básicas de Saúde previstas, 3.326 foram concluídas. No Nordeste teriam que ser construídas 6.893 unidades básicas, mas apenas 1.572 foram entregues. Quanto às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), 483 deveriam ser entregues, mas apenas 39 foram construídas em todo o Brasil. No Nordeste, das 150 UPAs previstas, somente 11 foram finalizadas.

A situação da saúde do Rio Grande do Norte é dramática

 A população pobre sofre com as filas, atendimento precário, falta de leitos, medicamentos. As cenas de pacientes jogados nos corredores e as histórias de muitas mortes que poderiam ser evitadas fazem parte do cotidiano das famílias que não têm condições de pagar um convênio e precisam do Sistema Único de Saúde (SUS). Na última segunda-feira (31), o Walfredo Gurgel, maior hospital do estado, tinha cerca de 65 pacientes nos corredores e em outros locais inapropriados, sendo um deles entubado em uma maca no chão.

O governador Robinson Faria também mostra a total falta de prioridade com a saúde pública e caminha de mãos dadas com o Governo Federal. Os servidores da saúde do estado em greve há mais de 80 dias, pedem não somente ajuste salarial, mas condições de trabalho. O mínimo que o Estado deveria proporcionar. A categoria vem lutando por melhorias nos hospitais públicos, mas até o momento a saúde continua na mesma situação. O governador alegando a crise econômica joga a responsabilidade do caos na saúde nas costas dos trabalhadores. A saúde é direito de todos e dever do Estado. E só com muita luta é possível exigir dos governos mais investimentos e que a saúde seja uma prioridade.


Fonte: Sindsaúde-RN Estadual

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