terça-feira, 6 de novembro de 2012

Balanço da gestão

DE UM LADO, OS ATAQUES DO PREFEITO. DO OUTRO, A LUTA E A RESISTÊNCIA DO SINTE

Abel Neto ao lado do prefeito Jaime Calado. Juntou-se ao inimigo.
São muitos os ataques da Prefeitura contra os servidores públicos de São Gonçalo do Amarante. Entre os piores, está o congelamento de todas as promoções dos trabalhadores. Alegando impedimento em função do processo do FGTS, o prefeito suspendeu as mudanças de nível dos servidores e achatou os salários da categoria. Tudo isso com o apoio dos ex-sindicalistas Célia e Abel Neto, que agora ocupam cargos na secretaria de educação e negam direitos básicos dos educadores como se fosse algo normal.

Para piorar, depois de traírem a confiança dos trabalhadores, estes mesmos ex-sindicalistas agora acusam a atual direção do Sinte de ser radical, de não saber negociar e de fazer ataques ao prefeito Jaime Calado. Dizem que é por isso que não se avança nas conquistas. Pura mentira. O Sindicato dos Servidores Municipais, cujo presidente é amigo do prefeito, não alcança vitórias para a categoria há muito tempo. Os ex-sindicalistas Abel e Célia querem que a direção do Sinte rasteje aos pés da Prefeitura, como eles mesmos fazem. Mas isso nunca vai acontecer.

São Gonçalo nunca teve um prefeito tão truculento como esse em toda a sua história. Muito menos apoiado por quem a bem pouco tempo se dizia defensor dos direitos dos trabalhadores. Desde que a nova direção assumiu o Sinte, a Prefeitura não teve mais sossego. A atual diretoria do sindicato dirigiu duas grandes greves. A segunda, inclusive, de forma unificada com o Sindsaúde. Foi uma greve forte, na qual se conquistou a legalidade do movimento por duas vezes na justiça. 

Mas a situação dos servidores era muito difícil, com salários rebaixados, promoções e outros direitos congelados, além de boa parte dos educadores trabalharem em dupla jornada com um salário inferior. Isso ajudou a enfraquecer o movimento. Era o que queriam Célia e Abel.

Se todas as lutas travadas não alcançaram conquistas, não foi porque a direção do Sinte não lutou ou deixou de organizar os trabalhadores. Ao contrário. Não faltou disposição de luta e coragem aos atuais diretores para enfrentar a ditadura do prefeito. Ter um governo perseguidor e ex-sindicalistas ao lado do inimigo dificultou bastante.

Atual direção do Sinte trouxe mudanças para o sindicato
Antes, o Sinte era usado para garantir privilégios aos diretores. O dinheiro dos sócios servia para dar ajuda de custo e financiar acréscimos aos salários dos dirigentes. Até os celulares eles usavam como propriedade particular. Quando a nova diretoria assumiu, essas regalias acabaram. “Dinheiro dos trabalhadores é para organizar a luta dos próprios trabalhadores, e não para privilégios de diretores.”, explica Francisco Varela, da atual direção.

Com o corte desses gastos, a nova direção do Sinte contratou assessorias de comunicação e jurídica. Ambas em conjunto com o Sindsaúde. Assim, dividindo as despesas, sobraram mais recursos para organizar as lutas. A situação da secretária do sindicato, que estava irregular, foi normalizada e a trabalhadora teve a carteira de trabalho assinada. Um equipamento de som para as assembleias também foi comprado pela nova direção. 

A atual diretoria ainda adquiriu um carro para o sindicato, equipado com caixa de som para facilitar os atos públicos e as denúncias contra os ataques da Prefeitura. Além disso, o Sinte criou um blog, um boletim informativo para os trabalhadores, cartazes, panfletos e vídeos.

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