quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Nacional

"Não, não, não à corrupção... eu quero meu dinheiro pra saúde e educação"

Neste 7 de Setembro, além do tradicional Grito dos Excluídos, as ruas foram tomadas por atos contra a corrupção. O caso de Brasília, em razão da absolvição de Jaqueline Roriz, indignou muita gente. Na capital, o ato reuniu 20 mil pessoas, em São Paulo foram 1000 pela manhã. Em Belo Horizonte, também reuniu uma quantidade expressiva. Em outras capitais o ato ocorreu, mas com uma pequena participação.

Nas redes sociais, a manifestação chegou a ter 130 mil confirmados, mostrando que o tema preocupa um setor importante dos brasileiros, em especial da juventude. A grande maioria dos trabalhadores acredita que a "faxina" de Dilma é uma tentativa honesta de combater a corrupção. Infelizmente, isso não é verdade. A presidente está tentando evitar novos escândalos e os corruptos continuarão impunes. Não devolveram um centavo do dinheiro que roubaram e seguem soltos, vivendo muito bem em suas mansões.

A direita não tem moral para levantar essa bandeira
Diante do envolvimento do PT e do Governo Dilma em casos de corrupção, a oposição de direita tenta ganhar espaço. É uma hipocrisia. O PSDB e o DEM estão ainda mais envolvidos na lama da corrupção. O jornal O Globo divulgou neste dia 8 que o Democratas é o partido que lidera o ranking dos políticos cassados, reunindo 20,4 % deles.

Desconfiança dos partidos
Uma característica marcante dos atos foi a forte desconfiança diante dos partidos políticos. Depois do aumento de mais de 60% dos salários dos deputados, dos 265 votos favoráveis à deputada Jaqueline Roriz e do envolvimento da absoluta maioria dos partidos nos casos de corrupção, o descrédito tomou conta dos setores que se indignaram com a roubalheira.

Alguns setores se aproveitam disso para coibir a presença de partidos políticos e negar a política em geral. Por isso, apareceu tantas vezes o adjetivo apartidário nas mobilizações. Mas nem todos os partidos são iguais, nem todos estão do lado da corrupção, dos governos e dos grandes empresários. Negar o direito democrático dos partidos de existirem e atuarem politicamente, levando suas bandeiras e divulgando suas idéias é uma ideologia conservadora, que no fim das contas acaba privilegiando a direita e os corruptos.

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