NOTA DE ESCLARECIMENTO AOS SERVIDORES DA SAÚDE DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE
Nas últimas semanas, uma polêmica
se instaurou entre os servidores da rede municipal de saúde de São Gonçalo do
Amarante, a respeito do horário de fechamento das unidades básicas do
município. O Ministério Público Estadual (MPE) notificou a Secretaria Municipal
de Saúde para que as unidades básicas voltem a funcionar até às 17h e 18h, como
ocorria até o início de 2013. O problema é que essa medida irá desestruturar
mais uma vez a vida dos servidores. Por isso, o Sindsaúde-RN núcleo de São
Gonçalo vem à categoria explicar o que de fato ocorreu, para que não haja mal
entendidos.
No início de 2013, a Prefeitura
de São Gonçalo do Amarante, seguindo uma política arbitrária de contenção de
gastos, resolveu reduzir o funcionamento das unidades básicas até às 15h, desmontando
o atendimento que ia até às 17h e 18h. Com isso, os servidores que trabalhavam
no horário vespertino estavam sendo obrigados a iniciarem seu expediente às 9h
ou às 10h e encerrando às 15h. Mas esse novo horário acabou prejudicando vários
servidores, principalmente os que tinham outros vínculos pela manhã. Dessa
forma, eles não viam outra solução a não ser pedir a exoneração.
Na época, o Sindsaúde-RN realizou
várias reuniões nas unidades para apurar o que estava acontecendo e a própria
categoria pedia para que o horário das 17h e 18h fossem mantidos! Assim, o
sindicato procurou a intervenção do Ministério Público através de um ofício no
dia 9 de abril de 2013, mas somente agora, em 2014, o MPE se pronunciou, quando
todos os servidores já se reorganizaram no novo horário de fechamento, que é às
15h!
Além disso, o Sindsaúde-RN
relatou vários problemas graves que estavam ocorrendo na saúde pública, e não
apenas essa questão do horário. Porém, o MPE arquivou os demais pontos e
somente notificou a Secretaria de Saúde com relação a esse problema do horário.
Ficaram de fora as transferências de servidores, como psicólogos,
nutricionistas e assistentes sociais entre 2 e 5 unidades, os pedidos de
demissão e afastamento sem remuneração, devido à falta de flexibilidade da
secretaria em negociar as cargas horárias semanais, a exigência de comprovante
de residência em nome dos pacientes para a realização de exames simples e a
falta de insumos básicos até para fazer curativos.
Portanto, o Sindsaúde-RN vem à
público dizer que não é contra o horário de fechamento às 15h, desde que não
haja nenhum prejuízo para os servidores. Da maneira que a Secretaria de Saúde
expõe o fato, dá a entender que o sindicato está contra os interesses da
categoria, quando na verdade só estava reivindicando um pedido feito pelos
próprios servidores em 2013. O problema é que a resposta da justiça chegou
tarde demais e o governo municipal está se aproveitando disso para atacar o
Sindsaúde-RN, jogando os servidores contra o sindicato.
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