SERVIDORES DA SAÚDE DE NATAL REALIZAM ATO UNIFICADO EM
DEFESA DE SEUS DIREITOS
Servidores da saúde foram às ruas em protesto contra a
privatização da saúde e o PL 4330, que amplia a terceirização
Cerca de 150 pessoas saíram às ruas na manhã desta
terça-feira (07), para dizer não ao Projeto de Lei 4330 que amplia a
terceirização e contra os ataques do governo aos direitos trabalhistas. Após a
concentração em frente ao Sindsaúde, às 9h, os servidores da saúde caminharam
pela Av. Rio Branco até a agência do Banco do Brasil, que estava parcialmente
paralisada e onde foi realizado um ato com bancários, vigilantes e
técnicos-administrativos da UFRN e partidos como o PSTU e PSOL.
O ato fez parte da Jornada Nacional de Luta promovida pela
central CSP-Conlutas e outras entidades contra os ataques aos direitos trabalhistas
e também marca o período do lançamento da campanha salarial da saúde neste ano,
que exige condições de trabalho, reajuste e melhorias na saúde pública.
O objetivo da Jornada de Luta que deu início em todo o País
nesta terça (07) e vai até quinta (09), é lutar contra os efeitos da crise
econômica que atinge o País com reflexos no Estado e Municípios e recai nas
costas dos trabalhadores. “Os governos já estão tentando transferir a conta da
crise para os trabalhadores: Dilma mexeu nos direitos trabalhistas; Robinson
usa o dinheiro do Fundo Previdenciário e os deputados querem ampliar a
terceirização. E a inflação está levando embora os salários”, denuncia Simone
Dutra, coordenadora-geral do Sindsaúde-RN.
Câmara dos Deputados aprovou nesta semana o PL 4330, que
amplia a terceirização no país para as chamadas ‘atividades fim’. Ou seja, com
essa lei outras profissões poderiam ser terceirizadas, como enfermeiros,
técnicos de enfermagem, bancários, jornalistas, reduzindo direitos e salários.
Em todo o País, protestos são realizados contra o PL. Trabalhadores de todo o
País, incluindo uma delegação do RN, acompanham a votação no Congresso
Nacional.
Falando em nome do Movimento Mulheres em Luta (MML), a
servidora Célia Dantas denunciou o impacto do projeto para as mulheres.
"As mulheres são a maioria no trabalho terceirizado, recebendo os piores
salários e sofrendo com o assédio e a precarização. Somos nós, mulheres negras,
que iremos sofrer mais com a crise e com a terceirização", afirma.
Fonte: Sindsaúde-RN Estadual
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