SERVIDORES DA EDUCAÇÃO DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE PROMOVEM
AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE AS ESCOLAS MUNICIPAIS NESTA QUARTA-FEIRA (15)
O sindicato convocou representantes da
prefeitura, vereadores, Juizado e Ministério Público para a audiência. O
objetivo é discutir os principais problemas, como a estrutura das escolas, a
falta de professores e a falta de segurança
Nesta quarta-feira, 15 de abril, os servidores da Educação
de São Gonçalo do Amarante promoverão uma audiência pública para discutir com o
poder público soluções para os problemas da rede municipal de educação. O
encontro será às 9h da manhã, no Teatro Municipal Poti Cavalcante (Rua Pedro de
Alcântara Cavalcanti), em frente à prefeitura de São Gonçalo.
Falta de professores e 1/3 da hora-atividade
Algumas escolas do município ainda não começaram o ano
letivo devido à falta de professores. É o caso da Creche Padre Thiago Theisen,
no Plaza Garden, inaugurada em janeiro deste ano. Na mesma situação está a
Creche Municipal Professor Luzenildo Bezerra, no Golandim.
Os servidores ainda afirmam que a falta de professores é um
dos principais entraves à implantação definitiva do 1/3 da hora-atividade, que
é o tempo assegurado por lei que o professor deve ter fora da sala de aula para
planejar suas aulas. Como não há professores suficientes nas escolas, os alunos
têm voltado para casa nos dias de planejamento.
Segundo a categoria, a prefeitura ainda não chamou nem 20%
dos aprovados no último concurso (de 2011, que perderá a validade no final
deste ano). Os servidores ainda afirmam que as vagas que deveriam ser
preenchidas pelos concursados estão sendo assumidas por estagiários. A
Promotoria de Justiça do município visitou algumas escolas e verificou pelo
menos 60 estagiários em situação irregular.
Estrutura precária
A estrutura das escolas de São Gonçalo continua precária e
prejudicando o aprendizado dos alunos. Há relatos de salas superlotadas,
goteiras, infiltrações e falta de lâmpadas. Há pias quebradas nos banheiros e
falta material em sala de aula. A maioria das escolas não tem quadra de esportes
e as salas de informática estão quase sempre sem funcionar devido à falta de
internet e de profissionais capacitados para operar as máquinas.
Insegurança
Os educadores também reclamam da falta de segurança nas
escolas e denunciam o tráfico de drogas nas portas de algumas delas, como nas
Escolas Municipais Poti Cavalcanti, Genésio Cabral e Roberto Freire. Há também
relatos de roubo de celulares em sala de aula e de arrombamentos.
A categoria espera que a audiência desta quarta-feira (15)
encontre soluções para esses problemas que afetam diretamente as condições de
trabalho dos servidores e também o aprendizado dos alunos.
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