ENTIDADES APROVAM JORNADA DE LUTA NACIONAL DE 07 A 09 DE
ABRIL
A reunião do Espaço de Unidade de Ação que aconteceu na
sexta-feira (20) no Sindicato dos Metroviários de São Paulo contou com a
presença de diversas entidades de trabalhadores, estudantes e movimentos
sociais. O centro do debate foi a conjuntura nacional à luz dos recentes
acontecimentos no país e a preparação dos próximos passos das lutas unificadas
dos trabalhadores em defesa de seus direitos. O tom do debate foi “Nem dia 13,
nem dia 15! Vamos construir uma alternativa da classe trabalhadora, um campo
independente de governos e patrões”.
Para os que estavam presentes, o desafio dos movimentos que
estão no campo da esquerda é se diferenciar das bandeiras levantadas pelo setor
capitaneado pela direita e que foi às ruas no último dia 15 de março; assim como
se diferenciar dos setores governistas que seguem sustentando o governo mesmo
com o ajuste fiscal, a privatização da Petrobras e a rejeição à desastrosa
política econômica que afeta diretamente a classe trabalhadora.
Entre as resoluções, a reunião apontou como primeiro passo a
participação no 26 de março, Dia Nacional de Luta em Defesa da Educação,
convocado inicialmente por organizações estudantis como Anel, Juntos e Esquerda
da UNE. A data já foi incorporada por outras entidades do setor como os sindicatos
de profissionais da educação estadual do Rio de Janeiro, Sepe, e Minas Gerais,
SindRede BH, assim como o Andes-SN e o Sinasefe. Representante do coletivo
Juntos, Natália Bittencourt ressaltou a reunião como um espaço privilegiado
para o debate e chamou o reforço ao dia de luta em defesa da educação pública.
Ainda no dia 26 de março haverá um protesto na Petrobrás,
durante a reunião do Conselho Administrativo da empresa. A Federação Nacional
dos Petroleiros (FNP) e outras entidades farão panfletagem e ato contra a venda
de ativos anunciada recentemente, “que na prática é mais um passo na
privatização da empresa” alertou um dos dirigentes da FNP, Clarkson Nascimento.
Também houve acordo na construção de uma jornada de
mobilização com paralisações a serem realizadas de 7 a 9 de abril, coincidindo
com as jornadas de mobilização dos servidores públicos federais e outras
categorias em luta. Os operários da construção civil do Ceará e os metalúrgicos
de São José dos Campos e região, por exemplo, vão realizar paralisações.
Além disso, foi frisada a importância de que essas
mobilizações sejam organizadas a partir de reuniões ou plenárias nos estados,
ou seja, pela base dos trabalhadores. “Essas atividades devem ser ampliadas e
fortalecidas com a presença de entidades e movimentos locais”, chamou atenção o
dirigente da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Sebastião Pereira,
o Cacau, ao propor os encaminhamentos da atividade.
Entre as bandeiras comuns estão a luta contra as demissões
que vem ocorrendo no país, os cortes orçamentários e ataque aos direitos dos
trabalhadores, representados principalmente pelas medidas provisórias 664 e
665, editadas pelo governo Dilma e a reedição do projeto de lei 4330 que
aprofunda as terceirizações e a precarização do trabalho, assim como a defesa
da Petrobras 100% estatal e bandeiras específicas de categorias em seus
estados.
Fonte: Sindsaúde-RN, com informações da CSP-Conlutas
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