ASSEMBLEIA DA EDUCAÇÃO DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE APROVA
CONTINUIDADE DA LUTA PELO 1/3 DA HORA-ATIVIDADE
A assembleia também aprovou indicativo de greve para o
início do segundo semestre
Na manhã desta quinta-feira, 14 de maio, os servidores da educação de São Gonçalo do Amarante compareceram à assembleia da categoria vestidos de preto, em homenagem aos professores grevistas do Paraná (que apanharam covardemente da polícia durante uma manifestação semanas atrás) e em luto pela Educação pública de São Gonçalo. A categoria também fez um ato no Amarante, em frente ao Clube dos Correios assim que a assembleia acabou.
Logo de início, a categoria foi pega de surpresa com uma
notícia jurídica negativa com relação ao 1/3 da hora-atividade. Nesta semana, o
juiz julgou procedente em parte a nossa ação que pede a implantação do 1/3 da
hora-atividade. O juiz reconheceu o direito dos professores, mas considera que
a jornada de trabalho dos professores deve ser contada em hora-relógio e não em
hora-aula. Ou seja, o juiz entende que se a carga horária é de 30 horas
semanais, o professor deve trabalhar 6h por dia (de segunda à sexta), das 7h às
11h30 em sala de aula e das 11h30 às 13h30 em regime de planejamento de aula.
Ele também julgou improcedente o nosso pedido de retroativo
com relação ao 1/3 da hora-atividade, pois não haveria como verificar a jornada
de trabalho de cada professor individualmente.
Para o sindicato, o entendimento do juiz é equivocado e só
demonstra que ele não conhece a realidade das escolas e do trabalho dos
professores, uma vez que esse modelo de trabalho que ele propõe desorganizaria
todo o funcionamento das escolas. Se o turno da manhã só vai até 11h30, como
obrigar que o professor fique até 13h30, entrando no turno da tarde?
Nesta sexta-feira (15), a assessoria jurídica do sindicato
entrará com um recurso de apelação para tentar resolver esse impasse. Com esse
pedido de apelação, a sentença do juiz é temporariamente SUSPENSA! Ou seja, ela
não tem aplicação imediata, por mais que a Secretaria Municipal de Educação já
esteja espalhando a informação nas escolas. Não devemos ceder! Nossa luta pelo
1/3 da hora-atividade deve continuar e vamos continuar com a implantação do
terço nas escolas!
Também devemos organizar uma comissão permanente de 20
pessoas para a discussão dos processos jurídicos com nossa assessora jurídica.
Quem estiver interessado em acompanhar de perto esses processos, deve procurar
o sindicato ou a direção do sindicato para informar seu interesse em participar
da comissão.
MAIS UM BAQUE PARA A CATEGORIA
Infelizmente as notícias negativas não se restringem ao 1/3
da hora-atividade. O juiz também julgou improcedente a nossa ação que pede a
implantação dos quinquênios e licenças-prêmio para a Educação. Essa sentença
inclusive chocou até a assessoria jurídica do sindicato, pois o mesmo juiz
julgou procedente o mesmo pedido para a saúde! Segundo a assessora, tratava-se
do mesmo texto, alterando apenas a categoria e, mesmo assim, o juiz julgou
procedente para a saúde e improcedente para a Educação.
O sindicato já entrou com recurso de apelação para esse
caso, mas a sentença do juiz não impede que continuemos a entrar com ações
individuais. Por isso, a orientação da assessoria jurídica é de que quem tem
quinquênios e licenças-prêmio pendentes deve procurar a advogada no sindicato
para dar entrada a ações individuais!
OUTROS ENCAMINHAMENTOS DA ASSEMBLEIA
Além da questão do 1/3 da hora-atividade, os servidores da
Educação, diante de tantos ataques por parte da prefeitura e também da Justiça,
aprovou um indicativo de greve para o início do próximo semestre letivo, em
julho.
Também iremos solicitar uma audiência com a prefeitura para
o próximo dia 19 de maio e enviaremos um ofício solicitando que a Secretaria de
Educação envie também até o dia 19 de maio a proposta do Plano Municipal de
Educação de São Gonçalo para todas as escolas, para que os professores tomem
conhecimento do plano e possam discuti-lo e tirar propostas de estratégias na
quinta-feira, dia 21 de maio, às 8h, no Clube dos Correios.
Sobre os sábados letivos, a assembleia aprovou o envio de
ofício à prefeitura e uma circular às escolas, informando que já foi negociado
com a Secretaria de Educação a reposição de conteúdo e que não haveria aula aos
sábados!
A categoria também se comprometeu a apoiar a luta dos
professores e do pessoal de apoio que são terceirizados e estão com os salários
atrasados.
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