SERVIDORES MUNICIPALIZADOS SE REÚNEM NA SECRETARIA ESTADUAL DE ADMINISTRAÇÃO PARA NEGOCIAR
ISONOMIA SALARIAL
Para a Sesap, isonomia é impossível em 2014, mas Sindsaúde
levou uma contraproposta de parcelamento por níveis. Sesap irá considerar
Na final da manhã desta quarta-feira (2), o Sindsaúde e os
servidores municipalizados foram recebidos pelo secretário estadual de
Administração, Antônio Albert Nóbrega, para discutir a isonomia salarial dos
servidores da saúde do estado que foram cedidos aos municípios de Natal e
também do interior e que estão sem reajuste desde 2010. A reunião, ocorrida na
Secretaria Estadual de Administração e Recursos Humanos (Searh), contou também
com a presença do secretário-adjunto de Saúde, Marcelo Bessa.
O Sindsaúde levou para a mesa o impacto financeiro feito
pela Sesap, que é de R$ 1.407.425,25, valor considerado baixo pelos presentes,
mas que irá beneficiar 1.893 servidores. Mesmo assim, o secretário-adjunto de
saúde se apressou em dizer que seria inviável conceder essa isonomia em 2014,
já que o estado passa por sérios problemas financeiros. “A gente não está
conseguindo nem pagar o 13º direito, imagine só”, foram as palavras de Marcelo
Bessa. O secretário também disse que seria complicado estabelecer prazos para o
ano que vem, já que isso não seria justo com o próximo governo.
Diante dessa afirmação, Rosália Fernandes, diretora do
Sindsaúde-RN, argumentou que esse problema dos municipalizados foi criado em
2012, no governo Rosalba e que ele precisa ser corrigido ainda neste governo.
“Desde o ano passado estamos pedindo para que essa situação seja resolvida. A
gente entende que a situação do estado não está boa, mas a situação desses
servidores está muito pior! Sem falar que é até inconstitucional que o estado
pague salários-base diferentes aos seus servidores”, completou Rosália.
Desde 2010 os servidores municipalizados estão sem reajuste.
Em 2012, houve reajuste apenas na GAE e Jornada Especial, gratificações que os
municipalizados não recebem. Em 2013, essas gratificações começaram a ser
incorporadas aos salários dos servidores, mas como os municipalizados não
recebem essas gratificações, mais uma vez ficaram sem nada.
Uma das servidoras que participaram da reunião deu um
depoimento sobre a sua situação: “Já tenho 34 anos de serviço público e mesmo
assim meu salário atual é de R$ 790,00. Sou auxiliar de saúde no PSF de
Nordelândia e só recebo a mais a gratificação do PSF, que não levarei para a
minha aposentadoria. Não é justo que depois de tanto tempo de trabalho e
dedicação eu receba um pouco mais de um salário mínimo”, desabafou a servidora.
Diante do impasse, o Sindsaúde propôs que o pagamento fosse
feito de forma escalonada, por níveis, já que o mesmo foi feito com outras
categorias. “O governo, inclusive, fez acordo com a polícia até 2016. O valor
que estamos negociando aqui é baixo e vai melhorar a vida de muitos
servidores”, defendeu Rosália.
Segundo a contraproposta do sindicato, o nível elementar
seria pago em novembro de 2014 (já que nada poderá ser concedido até outubro,
período de eleições), o nível médio em fevereiro de 2015 e o nível superior em
março de 2015. Os secretários absorveram a proposta e ficaram de conversar com
o secretário de saúde, Luiz Roberto Fonseca, e com a governadora. Embora os
secretários não tenham marcado uma nova reunião com o Sindsaúde e os
municipalizados, um novo encontro ficou sinalizado para acontecer possivelmente
no dia 14 de julho.
Fonte: Sindsaúde-RN Estadual
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