SERVIDORES DA SAÚDE E DA EDUCAÇÃO DE SÃO GONÇALO LOTAM
GALERIAS DA CÂMARA MUNICIPAL EM AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE O PCCS DOS SERVIDORES
No dia 16 de abril, os servidores da saúde e da educação de São Gonçalo do Amarante lotaram as galerias da Câmara Municipal durante a Audiência Pública sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos servidores municipais.
Para a surpresa dos servidores, apenas 4 dos 17 vereadores
compareceram à audiência, o que decepcionou as categorias. Para os servidores,
a ausência dos demais vereadores só comprovou a indiferença e o desinteresse da
Câmara pelas questões do funcionalismo público.
De qualquer maneira, os vereadores Chanxe Dantas, Alexandre
Cavalcanti, Maria Erivalda e o presidente da casa, Geraldo Veríssimo
participaram do encontro e ouviram a apresentação dos servidores sobre a
arrecadação de São Gonçalo, a 4ª maior do estado. Os servidores comprovaram que
o município possui sim recursos suficientes para arcar com a implantação do
PCCS e garantir os direitos dos servidores.
Os servidores solicitaram a audiência pública para pedir o
apoio dos vereadores para que o PCCS (que teve sua lei aprovada em 1993, sem
nunca ter sido respeitada) finalmente saia do papel e se torne uma realidade
para os servidores. “Nós viemos aqui para dizer que nós servidores queremos o
que é nosso por direito e que não vamos nos calar diante da política de
migalhas da prefeitura. Nós só queremos que a lei do PCCS, que é de 1993, seja colocada
em prática e que os vereadores façam o seu papel, que é o de fiscalizar o poder
executivo”, afirmou Vivaldo Dantas, diretor do Sindsaúde-RN, núcleo de São
Gonçalo.
Já Socorro Alves, diretora do Sinte-RN núcleo de São Gonçalo
afirmou que, com o plano de carreiras garantido, os servidores não precisariam
lutar todos os anos para que direitos já adquiridos sejam cumpridos e ainda
citou a perda salarial e o congelamento de direitos estatutários ao longo dos
anos: “Com o PCCS sendo desrespeitado ano após ano nós paramos em nossas
carreiras. É inadmissível que uma merendeira trabalhe por 20 ou 25 anos e não
evolua em sua carreira, tendo apenas o reajuste do mínimo todos os anos”.
A sindicalista ainda questionou a maneira pela qual a
prefeitura trata seus servidores: “A prefeitura de São Gonçalo trata seus
servidores como inimigos, mas eu não entendo como isso pode ser possível se nós
estamos em nossos locais de trabalho justamente para servir à população que
elege o prefeito. Por que nos tratar como inimigos então?”, indagou Socorro.
Após a fala de vários servidores, que também mostraram sua
indignação principalmente pela ausência dos demais vereadores, os sindicatos presentes
propuseram que fosse criada uma CPI do PCCS. Diante da proposta, os vereadores
recuaram e não se mostraram favoráveis à CPI.
Os servidores então propuseram que os vereadores se
reunissem com uma comissão de servidores para discutir a possibilidade de se
colocar em votação na Câmara essa CPI e também pediram que os vereadores se
comprometessem a conversar com o prefeito sobre uma possível reunião que
tratasse apenas do PCCS dos servidores. O vereador Chanxe, inclusive, afirmou
que poderia participar de qualquer reunião proposta pelos sindicatos, mas que
só iria em respeito aos servidores, uma vez que já sabia as respostas da
prefeitura: “Posso garantir que conversarei com o prefeito, só não posso
garantir que ele irá receber”, foram as palavras do vereador Chanxe.
De qualquer forma, a reunião entre os vereadores e a
comissão de servidores ficou acertada para esta sexta-feira (24), embora já
tenha sido adiada nesta quinta-feira (24). A Câmara Municipal ficou de informar
os servidores sobre a nova data para o encontro. Nessa reunião também será
discutida a participação dos vereadores em uma coletiva de imprensa com órgãos
da imprensa estadual. Durante a audiência pública na Câmara, os vereadores
presentes se comprometeram a dar entrevista aos jornalistas dando apoio à causa
do PCCS dos servidores.
PARALISAÇÃO E MARCHA
No mesmo dia 16 de abril, os servidores da educação do
município de São Gonçalo realizaram uma paralisação, que teve grande adesão dos
servidores. Já a marcha que seria feita com início na Câmara Municipal até a
prefeitura foi adiada devido à chuva e também ao atraso ocorrido para o início
da audiência pública, já que os vereadores demoraram a chegar.
Confira mais fotos da audiência pública:
Confira mais fotos da audiência pública:
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