GREVE DA EDUCAÇÃO CONTINUA EM SÃO
GONÇALO DO AMARANTE: SEMANA SERÁ MARCADA POR MANIFESTAÇÕES DE RUA
A greve dos servidores da
Educação de São Gonçalo do Amarante (SGA) já dura 11 dias. Na sexta-feira
passada (11), os servidores se reuniram em assembleia e aprovaram a continuação
da greve, após audiência não satisfatória e negociação sem avanços com o
prefeito Jaime Calado na quinta-feira (10), que chegou a debochar da categoria,
dizendo que “os professores de São Gonçalo estão no céu”.
Na assembleia, a categoria também
aprovou um novo calendário de greve, que pretende maximizar as manifestações de
rua e as mobilizações nas escolas. “A audiência só confirmou o que a gente já
sabia: que o prefeito não prioriza a educação pública e nem trata nossa causa
ou os problemas das escolas com respeito, chegando a debochar da gente.
Qualquer um que visite a maioria de nossas escolas perceberá que nós não
estamos no ‘céu’, mas sim num verdadeiro caos. Achamos a atitude do prefeito
uma falta de responsabilidade”, comentou Jaciguara Rodrigues, diretora do
Sinte-RN núcleo de São Gonçalo do Amarante.
Agenda da greve:
Nesta segunda-feira (14), o
comando de greve está percorrendo as escolas que ainda estão funcionando,
mobilizando servidores, pais e alunos sobre os motivos da greve e a importância
da paralisação.
Amanhã (15), às 8h, os grevistas
farão um ato em frente à Secretaria Municipal de Educação de SGA e, logo após,
uma caminhada até o Ministério Público.
Na quarta-feira (16), a
manifestação será às 8h, no gancho de Igapó, nas imediações do supermercado
Nordestão, com a participação de servidores da Educação de Ceará-Mirim e
Extremoz. A categoria fará um ato unificado denunciando os problemas da
Educação Pública nos 3 municípios.
Na quinta-feira, os grevistas de
SGA farão uma nova assembleia, às 14h (local ainda a definir), para avaliar a
situação da greve e aprovar ou não a continuidade dela.
Situação das escolas:
Embora o prefeito Jaime Calado
tenha ironizado a greve, afirmando que “os professores de São Gonçalo estão no
céu”, há poucos dias o comando de greve visitou duas escolas que desmentem o
prefeito. Na Escola Maurício Fernandes, por exemplo, na cozinha improvisada em
um beco, sem pia de cozinha adequada, não cabe nem um fogão industrial,
indispensável para fazer as merendas escolares dos alunos. Veja fotos:
Já na Escola Roberto Freire, que
há anos enfrenta problemas estruturais, flagramos sala de aula sem quadro negro,
evidenciando a falta de condições básicas para que os professores consigam dar suas
aulas. Veja foto:
Confira mais fotos da assembleia e da caminhada da Educação:
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