VOCÊ CONHECE A SÍNDROME DE
BURNOUT, QUE AFETA PRINCIPALMENTE PROFESSORES?
Antes de iniciar a última
assembleia dos servidores da Educação de São Gonçalo do Amarante, a dirigente
do sindicato, Socorro Ribeiro, fez uma explanação sobre um ponto político: Por
que os profissionais em Educação adoecem com tanta facilidade?
Durante sua fala, a sindicalista
expos que entre os principais fatores para esse desgaste físico e mental estão
o número de alunos em sala de aula, os programas do governo que desvirtuam o
propósito inicial da docência e sobrecarregam os profissionais com muito mais
trabalho, o assédio moral nas escolas, insegurança nos locais de trabalho e
também o contexto social onde a escola encontra-se inserida, sem falar na
tripla jornada que muitos professores acabam se submetendo devido aos baixos
salários.
Entre os problemas mais comuns, a
professora citou a síndrome do pânico, problemas na voz, nas costas e
esgotamento físico e mental. O caminho para vencer essa situação que também
oprime os trabalhadores é a luta pela melhoria nas condições de trabalho, a
redução no número de alunos em sala de aula e mais investimentos em educação.
A professora chamou atenção ainda
para uma doença que afeta muitos trabalhadores em educação, mas que é de difícil
diagnóstico por ainda ser uma doença pouco conhecida. Trata-se da Síndrome de
Burnout. Você conhece essa síndrome?
SÍNDROME DE BURNOUT:
A síndrome de Burnout, também
chamada de síndrome do esgotamento profissional, foi assim denominada pelo
psicanalista nova-iorquino Freudenberger, após constatá-la em si mesmo, no
início dos anos 1970.
A dedicação exagerada à atividade
profissional é uma característica marcante de Burnout, mas não a única. O
desejo de ser o melhor e sempre demonstrar alto grau de desempenho é outra fase
importante da síndrome: o portador de Burnout mede a autoestima pela capacidade
de realização e sucesso profissional. O que tem início com satisfação e prazer
termina quando esse desempenho não é reconhecido. Nesse estágio, a necessidade
de se afirmar e o desejo de realização profissional se transformam em
obstinação e compulsão; o paciente nesta busca sofre, além de problemas de
ordem psicológica, forte desgaste físico, gerando fadiga e exaustão. É uma
patologia que atinge membros da Segurança Pública, da Saúde Pública, setor
bancário, Educação, Cartorários, Tecnologia da informação, Gerentes de
Projetos. Os sintomas são variados: fortes dores de cabeça, tonturas, tremores,
muita falta de ar, oscilações de humor, distúrbios do sono, dificuldade de
concentração e problemas digestivos.
A burnout de professores é
conhecida como uma exaustão física e emocional que começa com um sentimento de
desconforto e pouco a pouco aumenta à medida que a vontade de lecionar
gradualmente diminui. Sintomaticamente, a burnout geralmente se reconhece pela
ausência de alguns fatores motivacionais: energia, alegria, entusiasmo,
satisfação, interesse, vontade, sonhos para a vida, idéias, concentração,
autoconfiança e humor.
Atenção, se você sente sintomas
parecidos, procure ajuda profissional.
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