SERVIDORES DA EDUCAÇÃO EM GREVE REALIZAM ATO PÚBLICO NO
GANCHO DE IGAPÓ
Atividade será unificada com os professores de Extremoz e
Ceará-Mirim. Nova assembleia de São Gonçalo acontece na quinta (13)
Desde a última quinta-feira (6), os trabalhadores em educação de São Gonçalo do Amarante paralisaram suas atividades por tempo indeterminado por causa do descaso da prefeitura municipal com os trabalhadores e a educação pública de maneira geral.
O retorno da greve de agosto de 2013 vem em um momento
importantíssimo para a luta dos educadores do Rio Grande do Norte, que
atualmente se encontram em greve também na rede estadual. Além disso, outros
municípios da região metropolitana somam-se à nossa greve, provando que ela é
legítima. Extremoz foi a primeira a enfrentar a truculência do governo
municipal e, na última sexta-feira (7), foi a vez de Ceará-Mirim voltar à
greve.
Nesta terça-feira (11), às 8h, os servidores da educação
desses três municípios irão unir suas forças e farão um grande ato público na
Av. Tomaz Landim, na Zona Norte, no trecho mais conhecido como gancho de Igapó,
denunciando à população a falência das escolas públicas da Grande Natal. Desde
a semana passada, o Sinte-RN, núcleo de São Gonçalo, vem percorrendo as escolas
municipais conversando com professores, pais e alunos sobre a necessidade da
greve, o ato desta terça-feira será um grande passo para o fortalecimento da
categoria. Por isso, convocamos todos os servidores a participar.
Já na quinta-feira (13), a categoria de São Gonçalo se reúne
em nova assembleia para avaliar a primeira semana de greve e tirar
encaminhamentos para os próximos dias de luta. O encontro será no Clube dos
Correios, às 8h. Todos devem comparecer!
CAOS NAS ESCOLAS E RESISTÊNCIA DA PREFEITURA
Quase uma semana desde que a greve foi anunciada e até agora
a prefeitura de São Gonçalo não se manifestou para tentar negociar com os
servidores. Essa é a hora de nossa categoria mostrar sua força para este
governo que não se cansa de perseguir os trabalhadores, negando e até retirando
nossos direitos.
A prefeitura não respeita o piso salarial dos professores e
nem o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). Nossos salários estão
extremamente defasados. Professores com graduação ganham praticamente a mesma
coisa que professores com nível médio. E ainda temos dificuldades para conseguir
mudanças de letras, quinquênios e licenças prêmios, direitos históricos
conquistados pelos professores em muitos anos de luta.
Os ASGs e merendeiros não ganham insalubridade e ainda
trabalham sem equipamentos de higiene dentro das escolas. Os alunos assistem
aulas em salas inadequadas, sem ventilação e sem material básico para desenvolverem
suas habilidades em busca de conhecimento.
Vamos lutar também por uma gestão democrática dentro das
escolas, pelo 1/3 da carga horária em atividades extra sala de aula, para que
os professores tenham o direito de planejar seus projetos e possam melhorar a
aprendizagem dos alunos.
Não vamos nos calar diante de todo o descaso do governo.
Somos uma só categoria e, portanto, precisamos nos unir. Não adianta nada ter
alguns dentro da greve e outros dando aula como se nada estivesse acontecendo.
Estamos falando de nossas vidas e da vida de nossos alunos, que estão sendo
desvalorizadas. Vamos à luta porque juntos venceremos!
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