AUDIÊNCIA SOBRE ANTEPROJETO QUE LIMITA DIREITO DE GREVE É
SUSPENSA
Nesta quinta-feira (7), os servidores públicos fizeram
pressão e conseguiram adiar a audiência da Comissão Mista do Senado que votaria
o Projeto de Lei que limita o direito de greve da categoria. A nova audiência
será realizada no dia 20, às 13 horas.
Na segunda-feira (4), o Fórum das Entidades do Funcionalismo
Federal, integrado também pela CSP-Conlutas, orientou que os sindicatos e
entidades se mobilizassem para barrar a aprovação o anteprojeto.
O Fórum também elaborou um documento para a comissão mista
do Congresso reafirmando posição contrária ao projeto, que, se aprovado, acaba
com o direito de greve dos servidores públicos.
Na próxima
segunda-feira (11), haverá nova reunião entre as centrais para definir os
próximos da luta.
O anteprojeto está sendo apresentado pelo senador Romero
Jucá (PMDB-RR), e pelo texto, ao menos 50% dos servidores terão de continuar
trabalhando em um período de greve, sendo que, se a paralisação ocorrer em um
setor considerado essencial, tal porcentagem sobe para 60%. São considerados
como essenciais os serviços de assistência médico-hospitalar, abastecimento de
água, captação e tratamento de lixo, distribuição de energia, transporte
coletivo e serviços de telecomunicações.
Mas o senador ainda apresenta uma série de outras medidas,
igualmente autoritárias, como a suspensão imediata do pagamento dos salários de
dias não trabalhados e a necessidade de os trabalhadores comunicarem, com 15
dias de antecedência, ao órgão sobre a greve.
Esse projeto é similar ao apresentado pelo senador Aloysio
Nunes (PSDB-SP), no ano passado, o PLS 710/11, com o mesmo objetivo de
“regulamentar” a greve dos servidores.
A CSP-Conlutas defende que qualquer tentativa de regulamentação da greve
do funcionalismo seja feita à luz da Convenção 151 da OIT (Organização
Internacional do Trabalho, da ONU) que estabelece o princípio da negociação
coletiva entre trabalhadores públicos e os governos das três esferas –
municipal, estadual e federal, promulgada pelo Congresso Nacional.
Fonte: CSP-Conlutas
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