GREVE ESTADUAL DA EDUCAÇÃO CONTINUA FORTE

Primeiramente, é necessário lembrar que a reivindicação inicial apresentada pelo SINTE à categoria e à governadora, a partir da qual foi deflagrada a greve, não era apenas o piso, que é muito baixo, mas a revisão do Plano de Carreira e a equiparação salarial às demais categorias de nível superior da administração direta. Isso representaria praticamente o salário mínimo calculado pelo DIEESE, uma reivindicação histórica do movimento.
A primeira proposta do governo, no entanto, só veio após 30 dias de greve, e não passava do cumprimento da Lei do Piso, com o percentual pago em prestações e somente a partir de setembro. Diante da consensual recusa da proposta em assembleia pelo seu caráter rebaixado, mas sobretudo porque ela não tocava na questão dos funcionários, a greve foi mantida.
A segunda proposta do governo veio com a manutenção do mesmo percentual parcelado, acrescida do engodo do enquadramento dos funcionários que foram excluídos da medida eleitoreira do ex-governador Iberê (PSB), que durante a campanha contemplou uma parte desse segmento, prometendo estender o benefício do enquadramento aos demais caso fosse eleito.
Agora, Rosalba mantém a mesma proposta, partindo para uma covarde jogada de marketing, afirmando que está oferecendo 34% de aumento aos professores. O que a governadora não diz é que esse percentual só seria aplicado, na verdade, aos professores de nível médio que hoje recebem o escandaloso salário de R$ 660,00, e que os demais receberiam um percentual irrisório, o que colocaria fim à carreira da categoria, conquistada com muita luta. Tal política de acabar com a carreira da categoria, aliás, tem sido apresentada como proposta para o término das greves em todo o Brasil e vem sendo rechaçada nacionalmente.
O Piso Nacional é lei e o Governo tem obrigação de cumpri-la. O enquadramento dos funcionários já foi garantido com muita luta e a partir das greves. Portanto, é mais uma obrigação e mais uma dívida do governo.
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